(FUVEST 2019 1° FASE)
Décio Villares, A República (Museu Republicano, RJ, ca 1900)
Produzida no contexto da implantação da ordem republicana no Brasil, esta imagem
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.01 Estrutura do Texto
TEXTO I
Voluntário
Rosa tecia redes, e os produtos de sua pequena indústria gozavam de boa fama nos arredores. A reputação da tapuia crescera com a feitura de uma maqueira de tucum ornamentada com a coroa brasileira, obra de ingênuo gosto, que lhe valera a admiração de toda a comarca e provocara a inveja da célebre Ana Raimunda, de Óbidos, a qual chegara a formar uma fortunazinha com aquela especialidade, quando a indústria norte-americana reduzira à inatividade os teares rotineiros do Amazonas.
SOUSA, I. Contos amazônicos. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
TEXTO II
Relato de um certo oriente
Emilie, ao contrário de meu pai, de Dorner e dos nossos vizinhos, não tinha vivido no interior do Amazonas. Ela, como eu, jamais atravessara o rio. Manaus era o seu mundo visível. O outro latejava na sua memória. Imantada por uma voz melodiosa, quase encantada, Emilie maravilha-se com a descrição da trepadeira que espanta a inveja, das folhas malhadas de um tajá que reproduz a fortuna de um homem, das receitas de curandeiros que veem em certas ervas da floresta o enigma das doenças mais temíveis, com as infusões de coloração sanguínea aconselhadas para aliviar trinta e seis dores do corpo humano. “E existem ervas que não curam nada”, revelava a lavadeira, “mas assanham a mente da gente. Basta tomar um gole do líquido fervendo para que o cristão sonhe uma única noite muitas vidas diferentes”. Esse relato poderia ser de duvidosa veracidade para outras pessoas, mas não para Emilie.
HATOUM, M. São Paulo: Cia. das Letras, 2008.
As representações da Amazônia na literatura brasileira mantêm relação com o papel atribuído à região na construção do imaginário nacional. Pertencentes a contextos históricos distintos, os fragmentos diferenciam-se ao propor uma representação da realidade amazônica em que se evidenciam:
- História | 1.3 União Ibérica
Refúgio de judeus, cristãos-novos e comerciantes ibéricos perseguidos pela Inquisição, a Holanda tornou-se o principal centro de transações econômicas da Europa no início do século XVIII. O Banco de Amsterdã era a mais sólida e prestigiada instituição financeira europeia no período. A proibição de relações mercantis entre Holanda e Portugal, por ordem da monarquia espanhola foi um duro baque na economia dos flamengos. A situação não tardou a se transformar em conflito aberto. O litoral brasileiro e africano foram os alvos de várias invasões holandesas:
CAMPOS, F. de; CLARO, R. Oficina de História. São Paulo: Editora Leya, 2012. VOT2021.
Na primeira metade do século XVII, o Brasil foi alvo de duas invasões holandesas. De acordo com o texto, essas invasões estão inseridas num contexto marcado por
- Física | 2.3 Trabalho, Potência e Energia
A luz solar que atinge a parte superior da atmosfera terrestre chega a uma taxa constante de 135,2 mW/cm². Dessa radiação, apenas 50% conseguem chegar à superfície, pois parte dela é refletida pelas nuvens e absorvida pela atmosfera. A radiação solar pode ser aproveitada para aquecer água de reservatórios, entre outras aplicações. Um sistema básico para transformar energia solar em térmica é ilustrado na figura ao lado acima. Esse sistema é constituído de coletores solares e de um reservatório térmico, chamado boiler. Os coletores solares, geralmente, são feitos de materiais que absorvem bem a radiação solar, e o calor gerado nos coletores é transferido para a água que circula no interior de suas tubulações de cobre. A água aquecida é armazenada no boiler. Dessa forma, a água é mantida quente para consumo posterior. A caixa de água fria alimenta o boiler, mantendo-o sempre cheio.
Disponível em: www.icb.ufmg.br. Acesso em: 22 jun. 2008 (adaptado).
É correto afirmar que os coletores solares permitem boa economia de energia, pois
- História - Fundamental | 05.3. Registros da história: a nossa cultura
No texto a seguir, o médico e escritor Dráuzio Varella, que pertence a uma família de imigrantes italianos, descreve a casa onde ele e sua família moravam que ficava localizada no bairro do Brás na cidade de São Paulo.
“[...]era uma moradia coletiva, para três famílias, comum nos bairros operários.[...] Para entrar, subíamos uma escadinha de cinco degraus e chegávamos num pequeno alpendre: à esquerda ficava a cozinha, com fogão a lenha e uma chaminé; à direita, uma porta dava acesso à sala, que tinha uma mesa de jantar e um guarda-louça.[...] Atravessando a sala, vinha o quarto, com a cama dos meus pais, os criado-mudos e duas caminhas, uma de cada lado; em frente, uma camiseira e o guarda-roupa de casal. Os móveis eram de madeira escura, pesados de arrastar,
Seguindo o corredor de entrada, depois da nossa cozinha vinha o banheiro - um só para as três famílias -, com chuveiro frio e um cheiro de bolor que nunca esqueci.”[...]
a) Qual o nome do tipo de moradia coletiva descrita no texto?
b) Por que esse tipo de moradia era comum nessa época?
c) Em 1904, o presidente da república, Rodrigues Alves, resolveu modificar o centro da cidade do Rio de Janeiro, que, naquela época, era a capital do país. Com a ajuda do prefeito da cidade, Francisco Pereira Passos, as casas mais velhas e precárias e os cortiços foram destruídos.
Para onde se mudaram os moradores dos cortiços e das regiões mais pobres da cidade?
- Matemática - Fundamental | 3.3 Centena
Raquel estava brincando com a calculadora. Ela digitou alguns dígitos e apareceu o número 43 no visor. O que ela deve fazer para transformar o algarismo 4 em um algarismo 6?