Uma decoradora de interiores deseja colocar um relógio de parede circular dentro de uma moldura, como na imagem.
A moldura possui formato hexagonal regular com 15 cm de lado. A madeira utilizada na confecção da moldura possui √3 cm de espessura. Considere 1,7 como valor aproximado para √3. Para ser adequadamente encaixado na parte interna da moldura, o maior diâmetro que o relógio pode ter é, em centímetros,
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As brincadeiras de crianças na atualidade
- Língua Portuguesa - Fundamental | 8.01 Carta Pessoal e Carta ao Leitor
Leia o texto a seguir para responder à questão. A B arca de Gleyre, obra em dois volumes, reúne a correspondência ativa de Monteiro Lobato com o escritor mineiro Godofredo Rangel entre 1903 e 1943. Relata seus sonhos, as lutas do cotidiano, as realizações e frustrações de seu trabalho de editor nas primeiras décadas do século XX. Trecho IX - S. Paulo, 20.2.43 Rangel: Pois é. Perdi meu segundo filho, o Edgar, um menino de ouro, tal qual o Guilherme. Impossível filhos melhores que os meus, e talvez por isso, foram chamados tão cedo. (...) Eu não me desespero com mortes porque tenho a morte como alvará de soltura. Solta-nos deste estúpido estado sólido para o gasoso - dá-nos invisibilidade e expansão, exatamente o que acontece ao bloco de gelo que se passa a vapor. (...) E assim vamos também nós morrendo. Morrendo nos filhos, pedaços de nós mesmos que seguem na frente. Morrendo nas tremendas desilusões em que desfecham nossos sonhos. Disponível em http://universodetrovas.wordpress.com/category/resumo/. Acesso em 16 dez 2013.
Pelo teor da carta, redija um texto, esclarecendo que tipo de relacionamento havia entre remetente e destinatário?
- Língua Portuguesa | A. Estrutura e Formação das Palavras
(UECE) O Verbo For
1Vestibular de verdade era no meu tempo. 2Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. 4Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário - evidentemente o condizente com a nossa condição 13provecta -, tudo sairia fora de controle, mais do que já está. O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora e talvez até desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas (ao dicionário outra vez; domingo, dia de exercício).
5O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão 12ruybarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente.
Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora. Tirava-se o ponto 10(sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje.
O maior público das provas orais era o que já tinha ouvido falar alguma coisa do candidato e vinha vê-lo "dar um show". Eu dei show de português e inglês. O de português até que foi moleza, em certo sentido. O professor José Lima, de pé e tomando um cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras aladas:
- Dou-lhe dez, se o senhor me disser qual é o sujeito da primeira oração do Hino Nacional!
- As margens plácidas - respondi instantaneamente e o mestre quase deixa cair a xícara.
- Por que não é indeterminado, "ouviram, etc."?
- Porque o "as" de "as margens plácidas" não é craseado. Quem ouviu foram as margens plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que existem no hino. "Nem teme quem te adora a própria morte": sujeito: "quem te adora." Se pusermos na ordem direta...
- Chega! - 11berrou ele. - Dez! Vá para a glória! A Bahia será sempre a Bahia!
Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato(a) ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra "for" tanto podia ser do verbo "ser" quanto do verbo "ir". Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.
- Esse "for" aí, que verbo é esse?
6Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.
- Verbo for.
- Verbo o quê?
- Verbo for.
- Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.
- 9Eu fonho, tu fões, ele fõe - 8recitou ele, impávido. - Nós fomos, vós fondes, eles fõem.
7Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. 3Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.
RIBEIRO, João Ubaldo. O Conselheiro Come.
Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 2000. p. 20-23.
No texto, a expressão “ruybarbosianamente” (ref. 12) significa:
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Sim, convém destacar a primeira esquisitice desse terrível entardecer de maio. Não só perto do quiosque, mas também em toda a aleia paralela à rua Málaia, não havia vivalma. Naquela hora, quando não se tinha forças nem para respirar, quando o sol, após incandescer Moscou, mergulhava numa neblina seca, ninguém viera para a sombra das tílias, ninguém se sentara no banco, a aleia estava vazia.
— Uma água com gás – pediu Berlioz.
— Não tem – respondeu a mulher do quiosque, e sabe-se lá por que se ofendeu.
— Tem cerveja? – quis saber Bezdômny, com a voz rouca.
— Vão trazer mais tarde – respondeu a mulher.
— Então tem o quê? – perguntou Berlioz.
— Refresco de damasco, e só quente – disse a mulher.
— Então vai, pode ser, pode ser!…
O refresco de damasco formou uma espuma densa e amarela, surgiu no ar um cheiro de cabeleireiro. Depois de beberem, os literatos imediatamente começaram a soluçar, pagaram e sentaram-se no banco, de frente para o lago. […]
Nesse momento, ocorreu a segunda esquisitice, que só tinha a ver com Berlioz. Ele parou de soluçar repentinamente, seu coração bateu e, num rufo, sentiu como se tivesse despencado para algum lugar e depois voltado, mas com uma agulha cega cravada nele. Além disso, Berlioz foi tomado por um medo infundado, mas tão forte, que teve vontade de sair correndo imediatamente, sem olhar para trás. Empalideceu, enxugou a testa com um lenço e pensou: “O que está acontecendo comigo? Nunca senti isso… o coração está falhando… estou esgotado…”.
Na mesma hora, o ar tórrido condensou-se diante dele e desse ar fez-se um cidadão transparente, de aspecto estranhíssimo. Na pequena cabeça, um boné de jóquei, um paletó xadrez apertado e também vaporoso… Um cidadão de estatura colossal, mas de ombros estreitos, incrivelmente magro e de fisionomia, quero destacar, zombeteira. Empalidecendo ainda mais, ele esbugalhou os olhos e pensou, confuso: “Isso não pode ser real!”.
Nesse instante, o pavor tomou conta de Berlioz de tal forma que ele fechou os olhos. Quando os abriu, viu que tudo tinha acabado, a miragem evaporara, o xadrez desaparecera e, a propósito, a agulha cega se desprendera de seu coração.
— Ê, diabo! – exclamou o editor. — Sabe, Ivan, quase tive um ataque cardíaco por causa do calor! Tive até mesmo um tipo de alucinação… – Tentou sorrir, mas a aflição ainda saltava aos olhos e as mãos tremiam. Acalmou-se aos poucos e abanou-se com o lenço.
Vocabulário:
aleia – caminho de parque com árvores ou arbustos; alameda
tília – árvore nativa da Europa
No último parágrafo do texto, Berlioz se dirige a Ivan. Esse nome não aparece em nenhum trecho do texto. No entanto, pelo contexto, podemos deduzir que Ivan é
- Filosofia | 2.2 Clássica
(UEL) Não devemos admitir que também o discurso permite uma técnica por meio da qual se poderá levar aos ouvidos de jovens ainda separados por uma longa distância da verdade das coisas, palavras mágicas, e apresentar, a propósito de todas as coisas, ficções verbais, dando-lhes assim a ilusão de ser verdadeiro tudo o que ouvem e de que, quem assim lhes fala, tudo conhece melhor que ninguém?
PLATÃO. Sofista. 234c. Trad. Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo: Abril Cultural, 1972. p. 160. Coleção Os Pensadores
Com base no texto e nos conhecimentos da análise de Platão sobre a técnica retórica dos sofistas, assinale a alternativa correta.