(ENEM 2014 3ª APLICAÇÃO) Meios de cultura são utilizados como fontes de nutrientes para o crescimento de microrganismos em laboratórios. Pesquisadores brasileiros avaliaram a viabilidade da produção de acido lático pela bactéria Leuconostoc mesenteroides B512F, utilizando na composição do meio de cultura um substrato a base de material obtido do aproveitamento de excedentes da agroindústria tropical local de caju. Os resultados obtidos mostraram que o meio de cultura enriquecido com xarope de caju propiciou um crescimento adequado desta bactéria.
GUILHERME. A.A.; PINTO, G.A.S.; RODRIGUES, S. AveUndo da produção de acido lático por Leuconostoc mesenteroides B512F em xarope de caju.
Ciência Tecnologia de Alimentos, 29(4), 2009 (adaptado).
O carboidrato presente no xarope de caju que auxiliou no crescimento desta bactéria foi a:
Questões relacionadas
- Biologia | 11.5 Sistema Nervoso
Pequenos cérebros de uma espécie humana já extinta são recriados em laboratório e então aprendendo a andar com auxílio de robôs. A pesquisa do geneticista brasileiro Alysson Muotri, em desenvolvimento nos EUA, primeiro desenvolveu “ minicérebros” de neandertais - eles tem quase o tamanho de uma ervilha. Esses minicérebros ainda são muito jovens, como conexões neurais parecidas com as de um bebê humano. Segundo o pesquisador, para que eles se desenvolvam, é necessário de explorem o ambiente.
MARINS, Carolina. Cientista brasileiro insere cerebro neandertal em robôs e ensina a andar. Disponivel em: https://noticiasuol.com.br/
De acordo com o texto, as regiões de conexão que estão sendo estimuladas para que os robôs possam aprender a andar são chamadas de:
- Língua Portuguesa | 1.03 Capacidade de Análise
Da corrida de submarino à festa de aniversário no trem
Leitores fazem sugestões para o Museu das Invenções Cariocas
“Falar ‘caraca!’ a cada surpresa ou acontecimento que vemos, bons ou ruins, é invenção do carioca, como também o ‘vacilão’.”
“Cariocas inventam um vocabulário próprio”. “Dizer ‘merrmão’ e ‘é merrmo’ para um amigo pode até doer um pouco no ouvido, mas é tipicamente carioca.”
“Pedir um ‘choro’ ao garçom é invenção carioca.”
“Chamar um quase desconhecido de ‘querido’ é um carinho inventado pelo carioca para tratar bem quem ainda não se conhece direito.”
“O ‘ele é um querido’ é uma forma mais feminina de elogiar quem já é conhecido.”
SANTOS, J. F. Disponível em: www.oglobo.globo.com. Acesso em: 6 mar. 2013 (adaptado).
Entre as sugestões apresentadas para o Museu das Invenções Cariocas, destaca-se o variado repertório linguístico empregado pelos falantes cariocas nas diferentes situações específicas de uso social.
A respeito desse repertório, atesta-se o(a):
- Física | 4.3 Refração da Luz
Uma lente de Fresnel é composta por um conjunto de anéis concêntricos com uma das faces plana e a outra inclinada, como mostra a figura (a). Essas lentes, geralmente mais finas que as convencionais, são usadas principalmente para concentrar um feixe luminoso em determinado ponto, ou para colimar a luz de uma fonte luminosa, produzindo um feixe paralelo, como ilustra a figura (b). Exemplos desta última aplicação são os faróis de automóveis e os faróis costeiros. O diagrama da figura (c) mostra um raio luminoso que passa por um dos anéis de uma lente de Fresnel de acrílico e sai paralelamente ao seu eixo.
Se sen (θ1)=0,5 e sen (θ2)=0,75 e o valor do índice de refração do acrílico é de
- Língua Portuguesa
Leia o excerto da crônica “Mineirinho” de Clarice Lispector (1925-1977), publicada na revista Senhor em 1962, para responder à(s) questão(ões).
É, suponho que é em mim, como um dos representantes de nós, que devo procurar por que está doendo a morte de um 1facínora. E por que é que mais me adianta contar os treze tiros que mataram 2Mineirinho do que os seus crimes. Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto. Vi no seu rosto a pequena convulsão de um conflito, o mal-estar de não entender o que se sente, o de precisar trair sensações contraditórias por não saber como harmonizá-las. Fatos irredutíveis, mas revolta irredutível também, a violenta compaixão da revolta. Sentir-se dividido na própria perplexidade diante de não poder esquecer que Mineirinho era perigoso e já matara demais; e no entanto nós o queríamos vivo. A cozinheira se fechou um pouco, vendo-me talvez como a justiça que se vinga. Com alguma raiva de mim, que estava mexendo na sua alma, respondeu fria: “O que eu sinto não serve para se dizer. Quem não sabe que Mineirinho era criminoso? Mas tenho certeza de que ele se salvou e já entrou no céu”. Respondi-lhe que “mais do que muita gente que não matou”.
Por quê? No entanto a primeira lei, a que protege corpo e vida insubstituíveis, é a de que não matarás. Ela é a minha maior garantia: assim não me matam, porque eu não quero morrer, e assim não me deixam matar, porque ter matado será a escuridão para mim.
Esta é a lei. Mas há alguma coisa que, se me faz ouvir o primeiro e o segundo tiro com um alívio de segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto desassossegada, o quinto e o sexto me cobrem de vergonha, o sétimo e o oitavo eu ouço com o coração batendo de horror, no nono e no décimo minha boca está trêmula, no décimo primeiro digo em espanto o nome de Deus, no décimo segundo chamo meu irmão. O décimo terceiro tiro me assassina — porque eu sou o outro. Porque eu quero ser o outro.
Essa justiça que vela meu sono, eu a repudio, humilhada por precisar dela. Enquanto isso durmo e falsamente me salvo. Nós, os sonsos essenciais. Para que minha casa funcione, exijo de mim como primeiro dever que eu seja sonsa, que eu não exerça a minha revolta e o meu amor, guardados. Se eu não for sonsa, minha casa estremece. Eu devo ter esquecido que embaixo da casa está o terreno, o chão onde nova casa poderia ser erguida. Enquanto isso dormimos e falsamente nos salvamos. Até que treze tiros nos acordam, e com horror digo tarde demais – vinte e oito anos depois que Mineirinho nasceu – que ao homem acuado, que a esse não nos matem. Porque sei que ele é o meu erro. E de uma vida inteira, por Deus, o que se salva às vezes é apenas o erro, e eu sei que não nos salvaremos enquanto nosso erro não nos for precioso. Meu erro é o meu espelho, onde vejo o que em silêncio eu fiz de um homem. Meu erro é o modo como vi a vida se abrir na sua carne e me espantei, e vi a matéria de vida, placenta e sangue, a lama viva. Em Mineirinho se rebentou o meu modo de viver.(Clarice Lispector. Para não esquecer, 1999.)
1facínora: diz-se de ou indivíduo que executa um crime com crueldade ou perversidade acentuada.
2Mineirinho: apelido pelo qual era conhecido o criminoso carioca José Miranda Rosa. Acuado pela polícia, acabou crivado de balas e seu corpo foi encontrado à margem da Estrada Grajaú-Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
“O décimo terceiro tiro me assassina — porque eu sou o outro.” (3º parágrafo)
Em relação à oração que a precede, a oração destacada tem sentido de:
- História - Fundamental | 01. A Primeira República no Brasil
. Em 1984, o artista Chico Buarque de Holanda lançou o álbum O Cronista, composto, entre outras, pela música “Vai passar”. Leia os trechos dessa música.
Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval
Vai passar (...)
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear...
HOLLANDA, Chico Buarque de. Vai Passar. O Cronista. 1984. Disponível em:< http://letras.mus.br/chico-buarque/45184/>. Acesso em: 22 jul. 2013
A música aborda um contexto de