Especialistas do Instituto Internacional de Águas de Estocolmo estimam que cada pessoa necessita de, no mínimo, 1.000 m3 de água por ano, para consumo, higiene e cultivo de alimentos. Sabe-se, também, que o Rio Amazonas despeja 200.000 m3 de água no mar por segundo.
ScientificAmerica Brasil, setembro de 2008, p. 62.Revista Veja, julho de 2008, p. 104.
Por quanto tempo seria necessário coletar as águas que o Rio Amazonas despeja no mar para manter a população da cidade de São Paulo, estimada em 20 milhões de pessoas, por um ano?
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- História | 6.15 Descolonização
Tendo encarado a besta do passado olho no olho, tendo pedido e recebido perdão e tendo feito correções, viremos agora a página — não para esquecê-lo, mas para não deixá-lo aprisionar-nos para sempre. Avancemos em direção a um futuro glorioso de uma nova sociedade sul-africana, em que as pessoas valham não em razão de irrelevâncias biológicas ou de outros estranhos atributos, mas porque são pessoas de valor infinito criadas à imagem de Deus.
Desmond Tutu, no encerramento da Comissão da Verdade na África do Sul. Disponível em:http://td.camara.leg.br. Acesso em: 17 dez. 2012 (adaptado).
No texto, relaciona-se a consolidação da democracia na África do Sul à superação de um legado
- Língua Espanhola | 1. Interpretação de Textos
La Casa de Papel
[1] A través de Tokio como narradora, la serie de
televisión La Casa de Papel nos cuenta la historia de un
atraco a la Fábrica Nacional de Moneda y Timbre. Liderados
[4] desde el exterior por El Profesor, un hombre planificador
hasta lo enfermizo que ve en este atraco la posibilidad de
hacer justicia por el trato que tuvo su padre años antes, la
[7] banda tendrá la difícil misión de fabricar y sacar todo el
dinero que puedan mientras intentan mantener a raya tanto a
la policía como a los rehenes.
[10] Hay un tema que me parece fascinante y es la
perversión del concepto de héroe a través del rol de
atracador. El Profesor, Berlín, Tokio y Nairobi y el hecho de
[13] que más que gente mala, estén ahí por “decisiones
cuestionables en la vida", tal y como se les retrata a la
mayoría, hacen que nos creamos sus discursos de que lo que
[16] están haciendo no es un delito, sino justicia social, tras todo
O desescalabro económico da crise e os bancos de capitais.
Al igual que no faltan conversaciones sobre cómo
[19] Van ganando apoyo del ciudadano de a pie e incluso de los
propios rehenes nosotros como espectadores también
deseamos que el atraco salga adelante, que la policía fracase
[22] y que nuestros héroes delincuentes triunfen.
Mención aparte merece el enfoque de los personajes
y sus relaciones. Si bien es cierto, y todos los que alguna vez
[25] Hemos Estado en un clima de convivência y semiaislamiento
(un campamento o un viaje largo con amigos, por ejemplo)
podemos atestiguarlo, que las relaciones humanas se
[28] intensifican al máximo en pocos días, tengo la sensación de
que se han pasado un par de vueltas a la hora de desarrollar
las dinámicas románticas.
[31] Lo que han logrado con La Casa de Papel, con una
Combinación entre un reparto estupendo, una realización a la
que se le puede poner muy poços y pequeños peros y un
[34] Guion que logra enganchar episodio a episodio, se ve pocas
veces en la televisión nacional.
Internet: <www espinof com> (con adaptaciones)
En conformidad con las ideas del texto La Casa de Papel,
el Profesor es un personaje que padece una grave enfermedad y planea muy bien el atraco que es llevado a cabo.
- História | 1.6 Crise do Sistema Colonial e Ciclo da Mineração
(PUC-CAMPINAS) Cronista sem assunto
Difícil é ser cronista regular de algum periódico. Uma crônica por semana, havendo ou não assunto... É buscar na cabeça uma luzinha, uma palavra que possa acender toda uma frase, um parágrafo, uma página inteira – mas qual? 1Onde o ímã que atraia uma boa limalha? 2Onde a farinha que proverá o pão substancioso? O relógio está correndo e o assunto não vem. Cronos, cronologia, crônica, tempo, tempo, tempo... Que tal falar da falta de assunto? Mas isso já aconteceu umas três vezes... Há cronista que abre a Bíblia em busca de um grande tema: os mandamentos, um faraó, o Egito antigo, as pragas, as pirâmides erguidas pelo trabalho escravo? Mas como atualizar o interesse em tudo isso? O leitor de jornal ou de revista anda com mais pressa do que nunca, 3e, aliás, está munido de um celular que lhe coloca o mundo nas mãos a qualquer momento.
Sim, a internet! O Google! É a salvação. 4Lá vai o cronista caçar assunto no computador. Mas aí o problema fica sendo o excesso: ele digita, por exemplo, “Liberdade”, e 5lá vem a estátua nova-iorquina com seu facho de luz saudando os navegantes, ou o bairro do imigrante japonês em São Paulo, 6ou a letra de um hino cívico, ou um tratado filosófico, até mesmo o “Libertas quae sera tamen*” dos inconfidentes mineiros... Tenta-se outro tema geral: “Política”. Aí mesmo é que não para mais: vêm coisas desde a polis grega até um poema de Drummond, salta-se da política econômica para a financeira, chega-se à política de preservação de bens naturais, à política ecológica, à partidária, à política imperialista, à política do velho Maquiavel, ufa.
Que tal então a gastronomia, mais na moda do que nunca? 7O velho bifinho da tia ou o saudoso picadinho da vovó, receitas domésticas guardadas no segredo das bocas, viraram nomes estrangeiros, sob molhos complicados, de apelido francês. Nesse ramo da alimentação há também que considerar o que sejam produtos transgênicos, orgânicos, as ameaças do glúten, do sódio, da química nociva de tantos fertilizantes. Tudo muito sofisticado e atingindo altos níveis de audiência nos programas de TV: já seremos um país povoado por cozinheiros, quer dizer, por chefs de cuisine?**
Temas palpitantes, certamente de interesse público, estão no campo da educação: há, por exemplo, quem veja nos livros de História uma orientação ideológica conduzida pelos autores; 8há quem defenda uma neutralidade absoluta diante de fatos que seriam indiscutíveis. 9Que sentido mesmo tiveram a abolição da escravatura e a proclamação da República? E o suicídio de Getúlio Vargas? E os acontecimentos de 1964? Já a literatura e a redação andam questionadas como itens de vestibular: mas sob quais argumentos o desempenho linguístico e a arte literária seriam dispensáveis numa formação escolar de verdade?
Enfim, 10o cronista que se dizia sem assunto de repente fica aflito por ter de escolher um no infinito cardápio digital de assuntos. Que esperará ler seu leitor? 11Amenidades? Alguma informação científica? A quadratura do círculo encontrada pelo futebol alemão? A situação do cinema e do teatro nacionais, dependentes de financiamento por incentivos fiscais? Os megatons da última banda de rock que visitou o Brasil? O ativismo político das ruas? Uma viagem fantasiosa pelo interior de um buraco negro, esse mistério maior tocado pela Física? A posição do Reino Unido diante da União Europeia?
12Houve época em que bastava ao cronista ser poético: o reencontro com a primeira namoradinha, uma tarde chuvosa, um passeio pela infância distante, um amor machucado, 13tudo podia virar uma valsa melancólica ou um tango arrebatador. Mas hoje parece que estamos todos mais exigentes e utilitaristas, e os jovens cronistas dos jornais abordam criticamente os rumores contemporâneos, valem-se do vocabulário ligado a novos comportamentos, ou despejam um humor ácido em seus leitores, 14num tempo sem nostalgia e sem utopias.
É bom lembrar que o papel em que se imprimem livros, jornais e revistas está sob ameaça como suporte de comunicação. 15O mesmo ocorre com o material das fitas, dos CDs e DVDs: o mundo digital armazena tudo e propaga tudo instantaneamente. Já surgem incontáveis blogs de cronistas, onde os autores discutem on-line com seus leitores aspectos da matéria tratada em seus textos. A interatividade tornou-se praticamente uma regra: há mesmo quem diga que a própria noção de autor, ou de autoria, já caducou, em função da multiplicidade de vozes que se podem afirmar num mesmo espaço textual. Num plano cósmico: quem é o autor do Universo? Deus? O Big Bang? A Física é que explica tudo ou deixemos tudo com o criacionismo?
Enquanto não chega seu apocalipse profissional, o cronista de periódico ainda tem emprego, o que não é pouco, em tempo de crise. Pois então que arrume assunto, e um bom assunto, para não perder seus leitores. Como não dá para ser sempre um Machado de Assis, um Rubem Braga, um Luis Fernando Veríssimo, há que se contentar com um mínimo de estilo e uma boa escolha de tema. A variedade da vida há de conduzi-lo por um bom caminho; é função do cronista encontrar algum por onde possa transitar acompanhado de muitos e, de preferência, bons leitores.
(Teobaldo Astúrias, inédito)
* Liberdade ainda que tardia.
** chefes de cozinha.
O texto Cronista sem assunto faz referência à Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil no final do século XVIII, que teve como motivação o rompimento com o domínio colonial português. Pode-se afirmar que essa rebelião
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