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- Língua Portuguesa
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante 1 da pergunta “Você é feliz?”, dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em busca de uma resposta. 5Nesse processo, depara-se com armadilhas. 6Caso se tenha ganhado um aumento no emprego no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a expectativa futura. 11Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência que se impôs ao 1influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. 7Se ainda for pouco, que atinja o 2enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança.
“É a felicidade necessária?” é a chamada de capa da última revista New Yorker (22 de março) para um artigo que, assinado por Elizabeth Kolbert, analisa livros recentes sobre o tema. No caso, a ênfase está nas pesquisas sobre felicidade (ou sobre “satisfação”, como mais modestamente às vezes são chamadas) e no impacto que exercem, ou deveriam exercer, nas políticas públicas. Um dos livros analisados, de autoria do ex-presidente de Harvard Derek Bok (The Politics of Happiness: What Government Can Learn from the New Research on Well-Being), constata que nos últimos 35 anos o PIB per capita dos americanos aumentou de 17000 dólares para 27000, o tamanho médio das casas cresceu 50% e as famílias que possuem computador saltaram de zero para 70% do total. No entanto, 8a porcentagem dos que se consideram felizes não se moveu. Conclusão do autor, de lógica 3irrefutável e alcance revolucionário: se o crescimento econômico não contribui para aumentar a felicidade, 10“por que trabalhar tanto, arriscando desastres ambientais, para continuar dobrando e redobrando o PIB?”.
Outro livro, de autoria de Carol Graham, da Universidade de Maryland (Happiness Around the World: The Paradox of Happy Peasants and Miserable Millionaires), informa que 9os nigerianos, com seus 1400 dólares de PIB per capita, 12atribuem-se grau de felicidade equivalente ao dos japoneses, com PIB per capita 25 vezes maior, e que os habitantes de Bangladesh se consideram duas vezes mais felizes que os da Rússia, quatro vezes mais ricos. Surpresa das surpresas, os afegãos atribuem-se bom nível de felicidade, e a felicidade é maior nas áreas dominadas pelo Talibã. Os dois livros vão na mesma direção das conclusões de um relatório, também citado no artigo da New Yorker, preparado para o governo francês por dois detentores do Nobel de Economia, Amartya Sem e Joseph Stiglitz. Como exemplo de que PIB e felicidade não caminham juntos, eles evocam os congestionamentos de trânsito, “que podem aumentar o PIB, em decorrência do aumento do uso da gasolina, mas não a qualidade de vida”.
Embora embaladas com números e linguagem científica, tais conclusões apenas repisariam o 4pedestre conceito de que dinheiro não traz felicidade, não fosse que ambicionam influir na formulação das políticas públicas. O propósito é convidar os governantes a afinar seu foco, 13se têm em vista o bem-estar dos governados (e podem eles ter em vista algo mais relevante?). Derek Bok, o autor do primeiro dos livros, aconselha ao governo americano programas como estender o alcance do seguro-desemprego (as pesquisas apontam a perda de emprego como mais causadora de infelicidade do que o divórcio), facilitar o acesso a medicamentos contra a dor e a tratamentos da depressão e 14proporcionar atividades esportivas para as crianças. Bok desce ao mesmo nível terra a terra da mãe que trocasse o grandioso desejo de felicidade pelo de uma boa faculdade e um bom salário para o filho.TOLEDO, Roberto Pompeu. Veja. Março de 2010.
A relação de sentido estabelecida pelo nexo se em ... se o crescimento econômico não contribui para aumentar a felicidade, "por que trabalhar tanto, arriscando desastres ambientais, para continuar dobrando e redobrando o PIB?" (ref. 10) é de:
- Química | 3.6 Reações Orgânicas
(UFRGS) O Polietileno Verde possui essa denominação por ser obtido a partir do etanol proveniente da fermentação biológica da cana-de-açúcar, segundo a rota sintética representada abaixo.
CH3 – CH2 – OH → CH2 = CH2 →(CH2 – CH2)n -
As reações I e II podem ser classificadas, respectivamente, como
- Física | 7.1 Relatividade
(UPF) Em relação à teoria da relatividade restrita, formulada por Einstein, é correto afirmar:
- Biologia | 11.5 Sistema Nervoso
(FUVEST 2017 1° FASE) A reação da pessoa, ao pisar descalça sobre um espinho, é levantar o pé imediatamente, ainda antes de perceber que o pé está ferido. Analise as afirmações:
I. Neurônios sensoriais são ativados, ao se pisar no espinho.
II. Neurônios motores promovem o movimento coordenado para a retirada do pé.
III. O sistema nervoso autônomo coordena o comportamento descrito.
Está correto o que se afirma em
- Língua Portuguesa | 1.2 Percepção das Ideias do Texto
Você sabe a diferença entre comunicação síncrona e assíncrona?
A forma síncrona permite a comunicação entre as pessoas em tempo real, ou seja, o emissor envia uma mensagem para o receptor e este a recebe quase que instantaneamente, como numa conversa por telefone. São exemplos deste tipo de comunicação o chat e a videoconferência.
Já a forma assíncrona dispensa a participação simultânea das pessoas, ou seja, o emissor envia uma mensagem ao receptor, o qual poderá ler e responder esta mensagem em outro momento. São exemplos deste tipo de comunicação o correio eletrônico, o fórum e a lista de discussão.
Correio eletrônico — o que é e-mail?
Correio eletrônico, ou simplesmente e-mail (abreviatura de electronic mail), é uma ferramenta que permite compor, enviar e receber mensagens, textos, figuras e outros arquivos pela internet. É um modo assíncrono de comunicação, ou seja, independe da presença simultânea do remetente e do destinatário da mensagem, sendo muito prático quando a comunicação precisa ser feita entre pessoas que estejam muito distantes, em diferentes fusos horários.
BRASIL. MEC/Proinfo. Disponível em: www.eproinfo.mec.gov.br. Acesso em: 17 jan. 2014 (adaptado).
O texto evidencia que um dos fatores determinantes para a escolha do e-mail como uma forma de comunicação é o(a)