(UESC) No final da década de 1960, Motoo Kimura demonstrou matematicamente que era possível haver evolução por deriva genética na ausência de seleção natural, mesmo em grandes populações e por longas escalas de tempo. A seleção é uma força determinista que leva ao aumento da frequência de alelos favoráveis e à extinção de alelos deletérios. Mas quando os alelos são neutros, não há forças deterministas atuando e os alelos estão livres para flutuar em frequência ao longo do tempo. Essa teoria neutralista da evolução, em vez de ser percebida como um avanço espetacular, foi tomada como uma ameaça ao status quo e uma afronta ao darwinismo tradicional. [...] Dialeticamente, pode-se dizer que do conflito entre o neutralismo e o selecionismo emergiu uma nova teoria sintética da evolução, mais abrangente, mais robusta e com maior poder de explicação.
PENA, Sérgio Danilo. À flor da pele: reflexões de um geneticista. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2007.
Com base nas informações presentes no texto e nas novas abordagens utilizadas para uma melhor compreensão dos mecanismos que envolvem a evolução biológica, é correto afirmar:
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- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão,
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse;
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
[…]
ANDRADE, Carlos Drummond de. E agora, José?. In: Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2004. p. 20.
Na quinta estrofe, quase todos os versos começam da mesma forma, “Se você”. Esse recurso é utilizado para:
- Química | 3.6 Reações Orgânicas
(UNIPÊ)
As festas Raves são eventos de longa duração, geralmente se estendem por 12 horas, em que DJs e artistas plásticos,visuais e performáticos apresentam seus trabalhos e interagem com o público e, geralmente, acontecem em sítios ou galpões, longe dos centros urbanos. Existem as festas indoor, que são as Raves realizadas em locais fechados, ao som de música eletrônica, acompanhada do uso de drogas sintéticas, tocadas pelo prazer e pela necessidade de consumo, mesmo que a vida possa acabar em um único instante. No Brasil, o “Boa Noite Cinderela”, caracterizado pela ingestão, sem que a vítima saiba, de substâncias capazes de promover um estado modificado de consciência, evidenciado no indivíduo por incapacidade de reagir, lutar ou fugir, propicia abordagem inadequada à vítima, geralmente de cunho sexual. Várias substâncias podem ser usadas nesse golpe e a mais utilizada em festas Raves, com o nome de “Líquido-X”, é o ácido gama-aminoidroxibutírico, GHB, derivado do neurotransmissor GABA, denominada droga do “abuso”, do “estupro” e do furto, que pode ser potencializada quando misturada à bebida alcoólica. A ketamina, usada também nessas festas, é uma substância hipnótica, alucinógena, conhecida como “Special K”, anestésico de uso oral em humanos e veterinário e causa dependência química.
Considerando-se essas informações sobre as festas Raves e os efeitos de utilização de drogas sintéticas de forma recreativa, é correto afirmar:
- Filosofia | 1. Introdução à Filosofia
Narciso era um belo rapaz, filho do deus Céfiso e da ninfa Liríope. Por ocasião de seu nascimento, seus pais consultaram o oráculo Tirésias para saber qual seria o destino do menino. A resposta foi que ele teria uma longa vida, se nunca visse a própria face. Muitas moças e ninfas apaixonaram-se por Narciso, quando ele chegou à idade adulta. Porém, o belo jovem não se interessava por nenhuma delas. A ninfa Eco, uma das mais apaixonadas, não se conformou com a indiferença de Narciso e afastou-se amargurada para um lugar deserto, onde definhou até que somente restaram dela os gemidos. As moças desprezadas pediram aos deuses para vingá-las. Nêmesis apiedou-se delas e induziu Narciso, depois de uma caçada num dia muito quente, a debruçar-se numa fonte para beber água. Descuidando-se de tudo o mais, ele permaneceu imóvel na contemplação ininterrupta de sua face refletida e assim morreu. No próprio Hades ele tentava ver nas águas do Estige as feições pelas quais se apaixonara.
(http://tempo-de-ler.blogspot.com)
Toda narrativa mítica veicula uma espécie de lição de ordem moral, comportamental, podendo mesmo estabelecer algum tipo de censura ou coerção, no âmbito das relações de convívio interpessoal, familiar ou social. Concorre para a dimensão trágica do mito narcísico a ocorrência descomedida do traço de sua personalidade literária, identificado como
- Física | B. Vetorial
(ESPCEX (AMAN)) Um projétil é lançado obliquamente, a partir de um solo plano e horizontal, com uma velocidade que forma com a horizontal um ângulo α e atinge a altura máxima de 8,45 m/s. Sabendo que, no ponto mais alto da trajetória, a velocidade escalar do projétil é 9,0 m/s, pode-se afirmar que o alcance horizontal do lançamento é:
Dados: intensidade da aceleração da gravidade g= 10 m/s²; despreze a resistência do ar
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Texto base: O texto a seguir serve de base para a questão. ENTREVISTA Stephenie Meyer “Os Excluídos me fascinam” Em entrevista de sua casa no Arizona, ela conta que se baseia em pessoas reais para criar personagens proscritos e assustadores Época – Como você construiu o enredo de A hospedeira? É uma espécie de quadrado amoroso, não? Stephenie Meyer – Isso, eu pensei em um triângulo amoroso excêntrico. Esse tipo de situação faz parte da vida cotidiana, a gente sempre se defronta com a dúvida, o ciúme e o desejo. É o assunto mais batido da literatura. Então pensei em lhe dar um pouco de frescor. Como seria a relação entre dois homens e uma mulher cujo corpo está habitado por duas almas femininas? Esse ângulo deu gatilho para sair inventando. Época – A situação de Peregrina ⁄ Melanie se relacionar ao mesmo tempo com dois homens, com a complacência deles, é inusitada. Como você lidou com o erotismo na trama? Stephenie – Eu imaginei um mundo em que as convenções caíram, até porque a humanidade vive em uma espécie de fim de mundo, próxima ao estado de barbárie. Viver o amor com intensidade, dando ao corpo o direito de prazer, é algo difícil de alcançar quando tudo é permitido. E, na verdade, o que meu livro revela é o amor profundo entre quatro almas. Época – A certa altura, o leitor pode pensar em uma solução de convivência a três, como no filme Jules e Jim, de François Truffaut. Você chegou a cogitar esse arranjo? Stephenie – Seria um desdobramento interessante (risos), mas levaria a história para outro caminho. Quis mostrar a força do amor apesar das barreiras, como relacionar-se com alienígenas ou conviver com duas almas em um só corpo. Época – Você virou modelo para milhões de adolescentes. A hospedeira dá uma boa lição, mesmo sendo um livro com carga erótica? Stephenie – Abordei situações mais sensuais e levei os personagens a dilemas amorosos. Isso não quer dizer que seja um mau exemplo. Ao contrário, o livro traz uma lição positiva de amor sincero e resistente. Não quero prejudicar minhas leitoras. Época – Você é religiosa. Sua fé interfere na criação literária, em especial em histórias que abordam sugadores de sangue, invasores de corpos e transmigração das almas? Stephenie – A religião interfere no sentido positivo. As grandes questões por que passam os personagens têm a ver com o anseio religioso. De onde vêm, para onde vão, o que significa ser humano em um mundo estranho. São perguntas que a religião se faz. (Época, outubro de 2009, nº. 595, p. 125)
Enunciado:
Stephenie Meyer é autora da famosa saga Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer que chegou a vender 2,3 milhões de livros no Brasil. Nessa entrevista, a autora descreve seu novo romance A hospedeira – um livro que retoma um dos assuntos “mais batidos da literatura”: um triângulo amoroso. Para dar frescor e inovação a um tema tão comum no mundo da escrita, a autora: