(UESC) No final da década de 1960, Motoo Kimura demonstrou matematicamente que era possível haver evolução por deriva genética na ausência de seleção natural, mesmo em grandes populações e por longas escalas de tempo. A seleção é uma força determinista que leva ao aumento da frequência de alelos favoráveis e à extinção de alelos deletérios. Mas quando os alelos são neutros, não há forças deterministas atuando e os alelos estão livres para flutuar em frequência ao longo do tempo. Essa teoria neutralista da evolução, em vez de ser percebida como um avanço espetacular, foi tomada como uma ameaça ao status quo e uma afronta ao darwinismo tradicional. [...] Dialeticamente, pode-se dizer que do conflito entre o neutralismo e o selecionismo emergiu uma nova teoria sintética da evolução, mais abrangente, mais robusta e com maior poder de explicação.
PENA, Sérgio Danilo. À flor da pele: reflexões de um geneticista. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2007.
Com base nas informações presentes no texto e nas novas abordagens utilizadas para uma melhor compreensão dos mecanismos que envolvem a evolução biológica, é correto afirmar: