Em um estudo no qual se investigou a relação entre trabalho e lazer de trabalhadoras domésticas diaristas, constatou-se que essas mulheres têm baixa escolaridade, têm de realizar suas próprias tarefas domésticas (segunda jornada de trabalho), levam três horas para chegar ao trabalho e quatro para retornar à residência, saem de casa por volta de quatro e meia da manhã e chegam entre nove e dez da noite, além de trabalharem seis dias na semana. Nos discursos sobre o que fazem no lazer ou tempo livre, essas mulheres revelaram que: “o cansaço não deixa fazer outra coisa”, além de dormir ou assistir TV. A pesquisa revela como essas mulheres trabalhadoras têm uma enorme dificuldade de acesso ao lazer.
PALMA, A. Atividade física, processo saúde-doença e condições socioeconômicas: uma revisão de literatura. Revista Paulista de Educação Física, n. 1, jan.-jun. 2000 (adaptado).
De acordo com o texto, uma das dificuldades de acesso ao lazer das trabalhadoras domésticas diaristas é fruto das desigualdades de gênero na sociedade, na medida em que: