No dia seguinte, os poucos francos que escaparam ao massacre manquejaram até o acampamento de Carlos Magno, muitos feridos, todos sujos e cobertos de sangue, os olhos expressando, eloquentes, o horror que haviam visto e suportado. Muitos também se mostravam envergonhados porque sobreviveram, enquanto seus companheiros jaziam mortos. Mas, na realidade, não tinham motivo para a vergonha, pois haviam lutado para sobreviver ao combate, e não fugido. Quando Carlos Magno soube o que sucedera a Rolando e seus pares, a resplandecente nata da cavalaria franca, ele chorou.
(Allan Massie. Carlos Magno. A vida do imperador do Sacro Império Romano.)
O texto trata da batalha de Roncesvales, episódio em que Rolando, sobrinho de Carlos Magno, morreu heroicamente. O episódio inspirou poemas intitulados "Canções de Gesta"; especialmente a "Canção de Rolando", poema que foi, para os homens da Idade Média, o que a "Ilíada" tinha sido para os helenos.
A derrota dos francos, em Roncesvales, deve ser relacionada: