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LISBOA: AVENTURAS
tomei um expresso
cheguei de foguete
subi num bonde
desci de um elétrico
pedi um cafezinho
serviram-me uma bica
quis comprar meias
só vendiam peúgas
fui dar descarga
disparei um autoclismo
gritei ‘ó cara!”
responderam-me “ó pá”
positivamente
as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam
como lá.
PAES, J. P. A poesia está morta, mas juro que não fui eu. São Paulo: Duas cidades, 1988.
No texto, a diversidade linguística é apresentada pela ótica de um observador que entra em contato com uma comunidade linguística diferente da sua. Esse observador é um: