(UEMG) Em 31/10/1517, o então Padre Martinho Lutero publica as suas 95 teses, onde deixa clara sua contrariedade com a forma religiosa Católica e com seu representante máximo, o então Papa Leão X. Dois princípios incomodavam muito Lutero: o primeiro era a venda das indulgências e o segundo a Infalibilidade Papal.
Sobre a indulgência, Lutero disse:
27ª Tese: “Pregam futilidades humanas quantos alegam que, no momento em que a moeda soa ao cair na caixa, a alma se vai do purgatório.”
28ª Tese: “Certo é que, no momento em que a moeda soa na caixa, vem o lucro, e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.”
A reforma luterana, de questionamento ao Papa e à sua autoridade, produziu profundas mudanças religiosas, políticas e sociais. Sendo a indulgência um erro, então, o povo não deveria obediência irrestrita, estava se estimulando o livre pensar, o livre agir, o poder gradativamente voltar-se da igreja para o homem. O alinhamento com qualquer ensino religioso deveria ser movido pela consciência, e não mais pela imposição papal.
Estava, portanto, em curso uma nova sociedade, reformada, que iria produzir