A figura a seguir ilustra dois satélites, 1 e 2 que orbitam um planeta de massa M em trajetórias circulares e concêntricas, de raios R1 e R2 respectivamente.
Sabendo que o planeta ocupa o centro das trajetórias e que a distância mínima e máxima entre os satélites durante seu movimento é proporcional à razão 4/5 é CORRETO afirmar que a razão entre os módulos de suas velocidades tangenciais V1/V2 é igual a:
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- Química | 3.2 Hidrocarbonetos
(IFSUL) A molécula abaixo representa o β-caroteno, uma substancia encontrada na cenoura, que é precursora da vitamina A.
- Língua Portuguesa | 1.08 Figuras de Linguagem
Texto 1
Felicidade clandestina
[1] Ela era gorda, baixa, sardenta e de
cabelos crespos, meio arruivados. Tinha
um busto enorme, enquanto nós todas
ainda éramos achatadas. Como se não
[5] bastasse, enchia os dois bolsos da blusa,
por cima do busto, com balas. Mas possuía
o que qualquer criança devoradora de
histórias gostaria de ter: um pai dono de
livraria.
[10] Pouco aproveitava. E nós menos ainda.
Mas que talento tinha para a crueldade.
Ela toda era pura vingança, chupando
balas com barulho. Como essa menina
devia nos odiar, nós que éramos
[15] imperdoavelmente bonitinhas, esguias,
altinhas, de cabelos livres. Comigo
exerceu com calma ferocidade o seu
sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem
notava as humilhações a que ela me
[20] submetia: continuava a implorar-lhe
emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de
começar a exercer sobre mim uma tortura
chinesa. Como casualmente, informou-me
[25] que possuía As reinações de Narizinho, de
Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um
livro para se ficar vivendo com ele,
comendo-o, dormindo-o. E completamente
[30] acima de minhas posses. Disse-me que eu
passasse pela sua casa no dia seguinte e
que ela o emprestaria.
No dia seguinte, fui à sua casa
literalmente correndo. Não me mandou
[35] entrar. Olhando bem para meus olhos,
disse-me que havia emprestado o livro a
outra menina, e que eu voltasse no outro
dia para buscá-lo.
Mas não ficou simplesmente nisso. O
[40] plano secreto da filha do dono da livraria
era tranquilo e diabólico. No dia seguinte
lá estava eu à porta de sua casa, com um
sorriso e o coração batendo. Para ouvir a
resposta calma: o livro ainda não estava
[45] em seu poder, que eu voltasse no dia
seguinte.
E assim continuou. Quanto tempo? Não
sei. Ela sabia que era tempo indefinido,
enquanto o fel não escorresse todo de seu
[50] corpo grosso. Eu já começara a adivinhar
que ela me escolhera para eu sofrer, às
vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo,
às vezes aceito: como se quem quer me
fazer sofrer esteja precisando
[55] danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua
casa, sem faltar um dia sequer.
Até que um dia, quando eu estava à
porta de sua casa, ouvindo humilde e
[60] silenciosa a sua recusa, apareceu sua
mãe. Ela devia estar estranhando a
aparição muda e diária daquela menina à
porta de sua casa. Pediu explicações a nós
duas. Houve uma confusão silenciosa,
[65] entrecortada de palavras pouco
elucidativas. A senhora achava cada vez
mais estranho o fato de não estar
entendendo. Até que essa mãe boa
entendeu. Voltou-se para a filha e com
[70] enorme surpresa exclamou: mas este livro
nunca saiu daqui de casa e você nem quis
ler!
E o pior para essa mulher não era a
descoberta do que acontecia. Devia ser a
[75] descoberta horrorizada da filha que tinha.
Ela nos espiava em silêncio: a potência de
perversidade de sua filha desconhecida e a
menina loura em pé à porta, exausta, ao
vento das ruas de Recife. Foi então que,
[80] finalmente se refazendo, disse firme e
calma para a filha: você vai emprestar o
livro agora mesmo. E para mim: “E você
fica com o livro por quanto tempo quiser”.
Entendem? Valia mais do que me dar o
[85] livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo
o que uma pessoa, grande ou pequena,
pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu
estava estonteada, e assim recebi o livro
[90] na mão. Acho que eu não disse nada.
Peguei o livro. Não, não saí pulando como
sempre. Saí andando bem devagar. Sei
que segurava o livro grosso com as duas
mãos, comprimindo-o contra o peito.
[95] Quanto tempo levei até chegar em casa,
também pouco importa. Meu peito estava
quente. Meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler.
Fingia que não o tinha, só para depois ter
[100] o susto de o ter. Horas depois abri-o, li
algumas linhas maravilhosas, fechei-o de
novo, fui passear pela casa, adiei ainda
mais indo comer pão com manteiga, fingi
que não sabia onde guardara o livro,
[105] achava-o, abria-o por alguns instantes.
Criava as mais falsas dificuldades para
aquela coisa clandestina que era a
felicidade. A felicidade sempre iria ser
clandestina para mim. Parece que eu já
[110] pressentia. Como demorei! Eu vivia no
ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu
era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede,
balançando-me com o livro aberto no colo,
[115] sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um
livro: era uma mulher com o seu amante.
(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)
Ao longo do texto, distribuem-se expressões que, reunidas, apontam para o título. Marque a opção que mostra uma ou mais dessas expressões.
- Matemática - Fundamental | 07. Grandezas e Medidas
Leia o texto a seguir sobre o autódromo de Interlagos em São Paulo. O circuito de corrida do Autódromo de Interlagos “José Carlos Pace” possui atualmente 4 309 metros de extensão. Originalmente, a pista contava com 7 823 metros de tamanho, mas foi completamente redesenhada em 1990, quando o Autódromo completou 50 anos. Desde então, trechos como a Curva do S, Bico do Pato, Mergulho e a Curva do Sol passaram a fazer parte do trajeto. Disponível em: < http://www.autodromodeinterlagos.com.br/wp1/conheca-interlagos/circuito/> Acesso em: 01 de mar. 2015
A prova inteira de Fórmula 1, que é disputada nesse circuito atualmente, possui 71 voltas. Quantos hectômetros são percorridos por um piloto que completar toda a corrida?
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Leia o fragmento do editorial para responder à questão. Trabalho infantil A sociedade brasileira tem de encarar, sem subterfúgios, o grave problema representado pelos 2,7 milhões de crianças e jovens, entre 5 e 17 anos, inseridos no mercado de trabalho de forma irregular. No Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil, o país nada teve a festejar, notadamente quando se constata que a mentalidade da população sobre a questão não evoluiu. A realidade é que a exploração do trabalho infantil se tornou sério problema social que pode ser facilmente comprovado nas ruas: vendedores ambulantes, guardadores de carros, malabaristas em sinais luminosos. Parcela significativa dos brasileiros acha vantajoso começar a exercer atividade produtiva o quanto antes. É melhor, dizem eles, trabalhar do que ir para o crime. Postura equivocada. De acordo com especialistas, não há relação direta entre as duas ações. Se isso fosse verdade, 85% dos presos do Carandiru não teriam começado a trabalhar na infância, como mostra tese do desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Paraná. Ao contrário da crença de parte da sociedade, o trabalho de menores contribui para que número expressivo de jovens deixe a escola ou relaxe nos estudos, o que também contribui para a entrada na criminalidade. A baixa escolaridade constitui traço comum entre a maioria dos presos no Brasil. [...] Editorial: Trabalho infantil. Diário de Pernambuco, 16 jun. 2017. Disponível em: <www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/
opiniao/46,97,43,74/2017/06/16/interna_opiniao,170312/trabalho-infantil.shtml>. Acesso em: 26 fev. 2018.
Enunciado:
Um argumento contrário à tese defendida no fragmento mostra-se em:
“É melhor, dizem eles, trabalhar do que ir para o crime.”. b) “Se isso fosse verdade, 85% dos presos do Carandiru não teriam começado a trabalhar na infância [...]”.
- Química | B. Equilíbrio Iônico
A ionização do ácido cianídrico é representada pela equação química abaixo:
HCN (aq) ↔ H+ (aq) + CN– (aq) Um experimento sobre esse equilíbrio químico, realizado a temperatura constante, analisou quatro parâmetros, apresentados na tabela:
Ao ser estabelecido o equilíbrio químico da ionização, foi adicionada certa quantidade de NaCN(s). Após a dissolução e dissociação completa desse composto, houve deslocamento do equilíbrio de ionização.
O parâmetro que sofreu redução, após a adição do composto, é representado pelo seguinte símbolo: