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Proposta de Redação

DESAFIOS GERADOS PELO ABANDONO PATERNO

TEXTOS MOTIVADORES

Texto I

Abandono afetivo paterno: pais apenas no papel ou nem isso

Mais de 5 milhões de brasileiros não têm o nome do pai na certidão de nascimento, e mais de 11 milhões de famílias são formadas por mães solo. Elizabete Oliveira dos Santos vive na pele o que é criar um filho sozinha. Ela mora na capital paulista e tem duas filhas: a mais velha tem 28 anos e a caçula, Laila, tem 14. A criação de ambas sempre foi uma tarefa apenas dela, tanto do lado financeiro quanto do afetivo. Cozinheira desempregada no momento, ela tem feito tortas e doces para fechar as contas. Mãe solo, os pais de cada uma delas nunca assumiram a responsabilidade: esse é o abandono afetivo paterno.  “Eu e minha mãe criamos a mais velha, o pai nunca ajudou em nada. Para a filha mais nova, o pai liga quando acha que tem que ligar e não colabora financeiramente, não faz questão de ser presente. Sempre lutei sozinha para criá-las”, afirma Elizabete. Ela se separou do pai de Laila há cerca de oito anos. No início, ele até entrava em contato com frequência, mas, com o passar do tempo, essa atitude se tornou cada vez mais rara. A caçula perguntava bastante pelo pai, mas Elizabete conta que hoje isso diminuiu. Elizabete faz parte da realidade de mais de 11 milhões de mulheres que criam seus filhos sozinhas, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito em 2015. Dados do mesmo levantamento apontam que as famílias compostas por um homem sem cônjuge e com filho representam apenas 3,6%.

Das mães solo que sustentam a casa e que têm filhos menores de 14 anos, 56% delas estão abaixo da linha da pobreza (quando a família vive com até 5,5 dólares por dia, parâmetro adotado pelo Banco Mundial). Já quando a responsável é mulher preta ou parda, o mesmo índice sobe para 64%.[...]

Disponível em: < https://lunetas.com.br/abandono-afetivo-paterno/> Acesso em: 06 maio. 2022 (adaptado).


Texto II

[...] A falta de um abraço, de carinho, de conselhos. A falta de um pai na criação de uma criança. Essa falta, ou abandono paterno, como chamamos, pode acarretar em muitos problemas psicológicos e trazer dificuldades na sociabilização. Dados da Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC) apontam que cerca de 5,5 milhões de brasileiros não possuem registro do pai em sua certidão de nascimento. Não ter esse dado no documento pode ser uma imensa dor e criar um cenário de dúvidas e incertezas na cabeça dessas pessoas. [...]Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 12 milhões de mães comandam suas casas e famílias sem o apoio dos pais de seus filhos. Mais da metade dessas mulheres (57%) vivem em situação financeira alarmante, ou seja, abaixo da linha da pobreza. Quando esse dado é analisado entre as mulheres pretas ou pardas, o número sobe para 64%.[...]Julia (que preferiu não divulgar seu sobrenome), auxiliar de logística, é uma dessas mães que vivem “equilibrando os pratinhos” para conseguir dar uma vida digna aos seus dois filhos. “Não tenho nenhuma ajuda por parte dos pais das crianças, nem no cuidado, muito menos financeiramente. Eles sentem muito a falta do pai no dia a dia, na criação, em momentos de confraternizações nas escolas...” [...] Essa negligência parental pode ser contestada na justiça. Ainda não há uma lei específica que trata o tema, mas as crianças estão respaldadas pelo artigo 229 da Constituição Brasileira e 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O texto diz que “toda criança tem o direito de ser cuidada pelos seus pais”, portanto, o abandono parental pode caracterizar descumprimento desse artigo. Já houve casos em que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a possibilidade de indenização moral, devido a esse tipo de situação.[...]

Disponível em: <https://quindim.com.br/blog/os-impactos-do-abandono-paterno-para-as-criancas/> Acesso em: 06 maio. 2022 (adaptado).

Texto III


Disponível em: Acesso em: 06 maio. 2022.


PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios gerados pelo abandono paterno”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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