mundo, para recuperar os solos degradados pelo cultivo, melhorar aqueles que são naturalmente pobres ou conservar os que já são produtivos. Consiste no plantio de espécies de plantas, como as leguminosas (soja, feijão, alfafa) tanto em conjunto com outras plantas (plantações consorciadas), como em períodos alternados (rotações de culturas).
As leguminosas são muito utilizadas como adubo verde, pois suas raízes são capazes de se associar a bactérias, que fixam o gás nitrogênio diretamente do ar presente no solo e com ele produzem compostos nitrogenados que, incorporados ao solo, atuam na sua adubação natural. Além disso, esses compostos nitrogenados são compartilhados com as plantas leguminosas, contribuindo assim para um melhor desenvolvimento desses vegetais que, em troca, fornecem compostos orgânicos às bactérias.
A figura ilustra o sistema radicular de uma planta de soja com bactérias fixadoras de nitrogênio. As bactérias estão nas “bolinhas” que aparecem na raiz.
Sobre a adubação verde, é correto afirmar que
Questões relacionadas
- Matemática - Fundamental | 03. Números Racionais
Semanalmente, a revista Muito Interessante, publica desafios matemáticos para que seus leitores respondam e enviem as respostas. Em uma dessas semanas, o desafio foi:
Joel, leitor ativo da revista, acertou o desafio e mandou para a redação da revista. Qual a resposta enviada por Joel?
- Geografia - Fundamental | 7.03 Principais Atividades Econômicas da Região Norte
“A floresta precisa ter valor em pé”, isto é, só gera emprego e renda por muitos anos se for preservada, defendia a geógrafa brasileira Bertha Becker, falecida em 2013.
Para Bertha era preciso pensar o desenvolvimento da floresta, não apenas sua preservação.
Levando em consideração o pensamento de Bertha Becker e o que você aprendeu sobre a economia da região Norte, assinale a alternativa correta.
- Biologia | 11.3 Sistema Circulatório
A cada ano, 300 mil pessoas morrem de doenças cardiovasculares no Brasil. A causa de metade dessas mortes é a hipertensão ou pressão alta. O mais grave é que cerca de 15 milhões de adultos hipertensos e 3,5 milhões de crianças e adolescentes não sabem que estão com a doença. Analise as seguintes afirmações a respeito de doenças cardiovasculares:
I. Um dos fatores que levam um indivíduo a desenvolver doenças cardiovasculares é a obesidade que está relacionada tanto à hereditariedade quanto a aspectos socioculturais.
II. Para diminuir o risco de acidentes cardiovasculares é importante estimular-se o consumo de fibras vegetais, de queijos amarelos e de carnes vermelhas magras nas refeições diárias e a prática de atividades físicas, mesmo de maneira irregular.
III. Os vasos sanguíneos de crianças obesas são mais rígidos do que o normal e estão mais propensos a doenças cardiovasculares típicas de pessoas mais velhas.
É correto o que se afirma em
- Arte - Fundamental | 06. Artes Visuais: Renascimento
5. Dimensão
A representação da dimensão em formatos visuais bidimensionais também depende da ilusão. A dimensão existe no mundo real. Não só podemos senti-la, mas também vê-Ia, com o auxílio de nossa visão estereóptica e binocular. Mas em nenhuma das representações bidimensionais da realidade, como o desenho, a pintura, a fotografia, o cinema e a televisão, existe uma dimensão real; ela é apenas implícita. A ilusão pode ser reforçada de muitas maneiras, mas o principal artifício para simulá-la é a convenção técnica da perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem ser intensificados pela manipulação tonal, através do claro-escuro, a dramática.
A perspectiva tem fórmulas exatas, com regras múltiplas e complexas. Recorre à linha para criar efeitos, mas sua intenção final é produzir uma sensação de realidade. Há algumas regras e métodos bastante fáceis de demonstrar. Mostrar de que modo dois planos de um cubo aparecem aos nossos olhos depende, em primeiro lugar (como se vê na figura 3.39), de que se estabeleça o nível do olho. Só há um ponto de fuga no qual um plano desaparece.
O cubo de cima é visto do ponto de vista de uma minhoca, e o inferior, do ponto de vista do olho de um pássaro.
Na figura 3.40, dois pontos de fuga precisam ser usados para expressar a perspectiva de um cubo com três faces à mostra. Esses dois exemplos são demonstrações extremamente simples de como funciona a perspectiva. Apresentá-la adequadamente exigiria uma quantidade enorme de explicações.
O artista por certo não usa cegamente a perspectiva; ele a usa e a conhece. Em termos ideais, os aspectos técnicos da perspectiva estão presentes em sua mente graças a um estudo cuidadoso, e podem ser usados com grande liberdade.
A perspectiva predomina na fotografia. A lente compartilha com o olho algumas das propriedades deste, e simular a dimensão é uma de suas capacidades principais. Mas existem outras diferenças cruciais. O olho tem uma ampla visão periférica (fig. 3.41), algo que a câmera é incapaz de reproduzir.
A amplitude de campo da câmera é variável, ou seja, o que ela pode ver e registrar é determinado pelo alcance focal de sua lente. Mas ela não pode competir com o olho sem a enorme distorção de uma lente olho-de-peixe. A lente normal (fig. 3.43) não tem absolutamente a amplitude de campo do olho, mas o que ela vê se aproxima muito da perspectiva do olho. A teleobjetiva (fig. 3.42) pode registrar informações visuais de uma forma inacessível ao olho, contraindo o espaço como um acordeão. A grande angular aumenta a amplitude do campo, mas também não é de modo algum capaz de cobrir a área dos olhos (fig. 3.44). Mesmo sabendo que a câmera tem sua perspectiva específica e diferente da do olho humano, uma coisa é certa: a câmera pode reproduzir o ambiente com uma precisão extraordinária e uma grande riqueza de detalhes.
A dimensão real é o elemento dominante no desenho industrial, no artesanato, na escultura e na arquitetura, e em qualquer material visual em que se lida com o volume total e real. Esse é um problema de enorme complexidade, e requer capacidade de pré-visualizar e planejar em tamanho natural. A diferença entre o problema da representação do volume em duas dimensões e a construção de um objeto real em três dimensões pode ser bem ilustrada pela figura 3.45, onde se vê uma escultura como uma silhueta aumentada, com algum detalhamento. Na figura 3.46 temos cinco vistas (superior, frontal, posterior, direita, esquerda) de uma escultura. As cinco vistas representam apenas alguns dos milhares de silhuetas que essa escultura pode apresentar. O corte dessa escultura em pedaços da espessura de uma folha de papel resultaria em um número infinito de silhuetas.
É essa enorme complexidade de visualização dimensional que exige do criador uma imensa capacidade de apreensão do conjunto. Para a boa compreensão de um problema, a concepção e o planejamento de um material visual tridimensional exige sucessivas etapas, ao longo das quais se possa refletir e encontrar as soluções possíveis. Primeiro vem o esboço, geralmente em perspectiva. Pode haver um número infinito de esboços, flexíveis, inquiridores e descompromissados. Depois vêm os desenhos de produção, rígidos e mecânicos.
Os requisitos técnicos e de engenharia necessários à construção ou manufatura exigem que tudo seja feito com riqueza de pormenores. Por último, apesar dos altos custos que acarreta, a elaboração de urna maquete (fig. 3.47) talvez seja a única forma de fazer com que as pessoas de pouca sensibilidade para a visualização possam ver como uma determinada coisa vai ficar em sua forma definitiva.
Apesar de nossa experiência humana total estabelecer-se em um mundo dimensional, tendemos a conceber a visualização em termos de uma criação de marcas, ignorando os problemas especiais da questão visual que nos são colocados pela dimensão.
Retirado do livro: Sintaxe da linguagem visual – Donis A. Dondis.
Como podemos ver no texto retirado do livro de Donis A. Dondis, o volume não é um elemento de linguagem visual isolado, na visão do autor, é importante entender o que vemos e se alfabetizar visualmente, o volume, portanto, aparece inserido na dimensão, a qual outro elemento, a perspectiva também é parte essencial, intensificada pela manipulação tonal, a luz e sombra, o claro e escuro.
Converse com a turma sobre esse conceito de entender o volume de forma abrangente, como parte de um alfabetismo visual. Compartilhe o texto de Donis A. Dondis e discutam a respeito. Proponha aos alunos a adoção de um caderno de croquis. Peça a eles que providenciem um caderno tipo brochura com folhas brancas e sem pauta. Inicie o caderno com um desenho de observação e para tal, monte na sala uma composição com objetos como copos, jarros, flores, vasos, etc, posicione no centro da sala para que todos possam desenhar essa natureza morta cada qual do seu ângulo de visão. Dando continuidade, nesse caderno eles deverão elaborar croquis para exercitarem o olhar observador, marque um dia por mês, ou cada 15 dias, para recolher os cadernos e fazer observações pertinentes em relação à forma como cada aluno está resolvendo a grafia do volume em seus croquis, se está utilizando os recursos de luz e sombra como deveria, e como está utilizando, faça observações também em relação às soluções de perspectiva. Os temas devem ser os observados no cotidiano, alguns cantos da escola e de sua casa e objetos do seu entorno.
Estipule um prazo para o término do trabalho e após fechado esse tempo, e provavelmente todos com seus cadernos completos, abra um espaço para compartilharem a experiência, discutirem o desenvolvimento do trabalho e a evolução da percepção de cada um. Para fechar, leve para a sala de aula a mesma composição de natureza morta que iniciou o caderno e peça para desenharem, depois peça para comentarem sobre a comparação dos dois desenhos com o mesmo tema.
- Língua Portuguesa | 1.3 Voz Autoral, Crítica e Perspectiva do Eu-Lírico
TEXTO 1
Poema de sete faces
[1] Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
[5] que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
[10] Para que tanta perna, meu Deus, pergunta
[meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
[15] é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
[20] se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
[25] Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
[30] botam a gente comovido como o diabo.
Carlos Drummond de Andrade. In Alguma poesia, publicado em 1930.
Obs. O "Poema de sete faces", de Carlos Drummond de Andrade, será usado como subsídio (ou suporte) para a leitura do poema "Com licença poética" (texto 2).
TEXTO 2
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
[35] esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
[40] ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
[45] já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Adélia Prado. Bagagem. 24 ed. Rio de Janeiro/ São Paulo: Editora Record, 2007
Considere os versos seguintes de Adélia Prado (texto 2, linhas 36 e 37): Aceito os subterfúgios que me cabem, / sem precisar mentir. Por esses versos pode-se inferir corretamente que o sujeito lírico