Explicaê

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(UNIFESP)

JUIZ (assentando-se): Sr. Escrivão, leia o outro requerimento.

ESCRIVÃO (lendo): Diz Francisco Antônio, natural de Portugal, porém brasileiro, que tendo ele casado com Rosa de Jesus, trouxe esta por dote uma égua. “Ora, acontecendo ter a égua de minha mulher um filho, o meu vizinho José da Silva diz que é dele, só porque o dito filho da égua de minha mulher saiu malhado como o seu cavalo. Ora, como os filhos pertencem às mães, e a prova disto é que a minha escrava Maria tem um filho que é meu, peço a V. Sa. mande o dito meu vizinho entregar-me o filho da égua que é de minha mulher”.

JUIZ: É verdade que o senhor tem o filho da égua preso?

JOSÉ DA SILVA: É verdade; porém o filho me pertence, pois é meu, que é do cavalo.

JUIZ: Terá a bondade de entregar o filho a seu dono, pois é aqui da mulher do senhor.

JOSÉ DA SILVA: Mas, Sr. Juiz...

JUIZ: Nem mais nem meios mais; entregue o filho, senão, cadeia.

(Martins Pena. Comédias (1833-1844), 2007.)

O emprego das aspas no interior da fala do escrivão indica que tal trecho

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