(FUVEST) A população indígena brasileira aumentou 150% na década de 1990, passando de 294 mil pessoas para 734 mil, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento médio anual foi de 10,8%, quase seis vezes maior do que o da população brasileira em geral.
http://webradiobrasilindigena.wordpress.com, 21/11/2007.
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- Língua Portuguesa
O Outro Marido
14Era conferente da Alfândega – mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. 9Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.
Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). 3Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. 10Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de Dona Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que Dona Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato, objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.
1Ao aparecerem nele as primeiras dores, Dona Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia 6comprazer-se em estar doente. 11Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a Dona Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral com certo orgulho de estar assim tão afetado.
– Quando você ficar bom...
– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.
Para Dona Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma de Padre Eustáquio, que vela por nós. 2Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito 12quando ele anunciou que ia internar-se no hospital Gaffré e Guinle.
– Você não sentirá falta de nada – assegurou-lhe Santos. – Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro. Hospital não é prisão.
– Vou visitar você todo domingo, quer?
– É melhor não ir. Eu descanso, você descansa, cada qual no seu canto.
Ela também achou melhor, e nunca foi lá. Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. 4Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.
– Pelo rádio – explicou Santos.
Um dia, ela se sentiu tão nova, apesar do tempo e das separações fundamentais, que imaginou uma alteração: por que ele não ficava até o dia seguinte, só essa vez?
– 5É tarde – respondeu Santos. E ela não entendeu se ele se referia à hora ou a toda a vida passada sem compreensão. É certo que vagamente o compreendia agora, e recebia dele mais que a mesada: uma hora de companhia por mês.
Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. 13Dona Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço. Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?
– Sou eu a viúva – disse Dona Laurinha, espantada.
O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, Dona Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na Ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.
E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, 7a outra
realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.
– Desculpe, foi engano. 8A pessoa a que me refiro não é esta – disse Dona Laurinha, despedindo- se.
(Carlos Drummond de Andrade)
Considere as palavras destacadas no período a seguir:
“Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no hospital Gaffré e Guinle...” (ref.2) Elas introduzem, respectivamente, orações:
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
As questões 09 e 10 referem-se a uma piada exposta em uma placa humorística em uma das diversas cidades de todo o Brasil.
Leia-a e observe-o com atenção.
Fonte: http://omortodentro.blogspot.com/2009/05/placas-engracadas.html – 21/11/2010 – adaptado.
Uma Ironia consiste em um tipo de comentário escrito ou oral feito por uma pessoa, designando exatamente o oposto daquilo que realmente se pretendia dizer. A Ironia presente em toda a placa, criticando a provável falta das operadoras de telefone celular em determinada cidade, apresenta-nos também duas frases cujas palavras possuem sentidos completamente distintos, em que o léxico da frase posterior é completamente diferente do léxico da frase anterior, mas destaca o sarcasmo de toda dificuldade lá vivenciada.
Essas frases são
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.06 Propaganda
Analise a propaganda a seguir para responder.
Disponível em: < www.fabulasonline.com.br>. Acesso em 12 nov.2012.
As propagandas fazem um apelo ao consumo sempre usando elementos de persuasão, às vezes utilizam recursos como: ironia, humor, apelo ao senso ético, estético. Que apelo o criador deste anúncio usou?
- Matemática - Fundamental | 3.3 Centena
Texto base: Uma cozinheira foi contratada para fazer docinhos para uma festa. Ela fez a lista com os ingredientes necessários.
Enunciado:
1. Que unidades de medida apareceram na receita?____________________________________
2. Para que usamos o quilograma (kg) ou o grama (g)?__________________________________
- História - Fundamental | 01. A Primeira República no Brasil
Texto base: Observe a imagem a seguir. O presidente Juscelino Kubitschek durante a inauguração da fábrica de automóveis da Volkswagen no Brasil em 19 de novembro de 1959. Disponível em: https://i.pinimg.com/564x/6d/5a/0d/6d5a0d6167f1238f8aadd1ec28e34836.jpg. Acesso em: 12 dez. 2017. (adaptado)
Enunciado:
A imagem simboliza um dos objetivos de governo do presidente JK em seu notório Plano de Metas, notadamente: