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As transformações no tempo e no espaço são responsáveis também pela ressignificação de conceitos, de modo que a pobreza urbana de hoje não é a mesma que a de décadas atrás [...].
O imperativo das finanças permitiu a renovação dos padrões d
e consumo das camadas mais pobres das cidades, que experimentam, ao mesmo tempo, a precariedade em seu cotidiano. Dessa maneira, pobreza urbana é nova porque possui os conteúdos do atual período da história, e é velha porque ocorre em copresença da falta de serviços e infraestruturas básicas.
(Kauê Lopes dos Santos. Uma nova pobreza urbana: financeirização do consumo e novos espaços da periferia de São Paulo, 2017.)
O excerto identifica