Assinale a opção CORRETA que apresenta o potencial de equilíbrio do eletrodo Al3+ / Al, em volt, na escala do eletrodo de referência de cobre-sulfato de cobre, à temperatura de 25 °C, calculado para uma concentração do íon alumínio de 10-3mol L-1 Dados: Potenciais de eletrodo padrão do cobre-sulfato de cobre (E°CuSO4/Cu) e do alumínio (E°Al3+/Al), na escala do eletrodo de hidrogênio, nas condições-padrão:
E°CuSO4/Cu= 0,310 V E°Al3+/Al= − 1,67 V
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.08 Figuras de Linguagem
Texto 1
Pessoas habitadas
[1] Estava conversando com uma amiga, dia
desses. Ela comentava sobre uma terceira
pessoa, que eu não conhecia. Descreveu-a
como sendo boa gente, esforçada, ótimo
[5] caráter. "Só tem um probleminha: não é
habitada". Rimos. Uma expressão coloquial na
França - habité‚ - mas nunca tinha escutado
por estas paragens e com este sentido.
Lembrei-me de uma outra amiga que, de forma
[10] parecida, também costuma dizer "aquela ali
tem gente em casa" quando se refere a
pessoas que fazem diferença.
Uma pessoa pode ser altamente confiável,
gentil, carinhosa, simpática, mas, se não é
[15] habitada, rapidinho coloca os outros pra
dormir. Uma pessoa habitada é uma pessoa
possuída, não necessariamente pelo demo,
ainda que satanás esteja longe de ser má
referência. Clarice Lispector certa vez escreveu
[20] uma carta a Fernando Sabino dizendo que
faltava demônio em Berna, onde morava na
ocasião. A Suíça, de fato, é um país de contos
de fada onde tudo funciona, onde todos são
belos, onde a vida parece uma pintura, um
[25] rótulo de chocolate. Mas falta uma ebulição que
a salve do marasmo.
Retornando ao assunto: pessoas habitadas
são aquelas possuídas por si mesmas, em
diversas versões. Os habitados estão
[30] preenchidos de indagações, angústias,
incertezas, mas não são menos felizes por
causa disso. Não transformam suas
"inadequações" em doença, mas em força e
curiosidade. Não recuam diante de
[35] encruzilhadas, não se amedrontam com
transgressões, não adotam as opiniões dos
outros para facilitar o diálogo. São pessoas que
surpreendem com um gesto ou uma fala fora
do script, sem nenhuma disposição para serem
[40] bonecos de ventríloquos. Ao contrário,
encantam pela verdade pessoal que defendem.
Além disso, mantêm com a solidão uma relação
mais do que cordial.
Então são as criaturas mais incríveis do
[45] universo? Não necessariamente. Entre os
habitados há de tudo, gente fenomenal e
também assassinos, pervertidos e demais
malucos que não merecem abrandamento de
pena pelo fato de serem, em certos aspectos,
[50] bastante interessantes. Interessam, mas
assustam. Interessam, mas causam dano. Eu
não gostaria de repartir a mesa de um
restaurante com Hannibal Lecter, "The
Cannibal", ainda que eu não tenha dúvida de
[55] que o personagem imortalizado por Anthony
Hopkins renderia um papo mais estimulante do
que uma conversa com, sei lá, Britney Spears,
que só tem gente em casa porque está grávida.
Que tenhamos a sorte de esbarrar com
[60] seres habitados e ao mesmo tempo
inofensivos, cujo único mal que possam fazer
seja nos fascinar e nos manter acordados uma
madrugada inteira. Ou a vida inteira, o que é
melhor ainda.
MEDEIROS, Martha. In: Org. e Int. SANTOS, Joaquim Ferreira dos. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva, 324-325.
Atente para o conceito de “pessoas possuídas” que é veiculado no texto. Considerando esse conceito, assinale a afirmação FALSA.
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
O consumismo e a felicidade
A mídia nos bombardeia noite e dia com propagandas de produtos maravilhosos que prometem facilitar as nossas vidas, a sociedade nos cobra que sejamos bem-sucedidos, que tenhamos bastante dinheiro na conta e embute em nossas mentes que esse é o caminho para a felicidade. Mas, nas últimas décadas, o nível de insatisfação cresceu exponencialmente, revelando-nos que consumir não resolve nossas mais profundas necessidades.
As pessoas na década de 50, por exemplo, consideravam-se mais felizes e satisfeitas com suas vidas do que a população atual que vive a "cultura consumista" do século XXI. Hoje temos mais variedade, mais tecnologia, mais acesso à informação, mais agilidade, porém, não temos mais felicidade do que nossos antepassados.
Um grande filósofo grego chamado Epicurus já havia refletido sobre esta questão em tempos remotos. Há mais ou menos 360 AC, ele já havia detectado que as pessoas procuravam a felicidade nos lugares errados. De acordo com Epicurus, o que realmente fazia o homem feliz eram suas relações fraternais (amigos), a liberdade e o tempo livre para reflexão.
Um estudo atual feito por psicólogos e outros especialistas, e divulgado na Universidade da Califórnia, confirmou uma das afirmações de Epicurus revelando que as pessoas mais felizes não são aquelas que têm mais dinheiro, status ou bens e, sim, aquelas que possuem mais relações interpessoais e íntimas, ou seja, o ser humano encontra felicidade através do contato humano, da sensação de pertencer a um grupo.
Fernanda Luongo. Disponível em: <http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=34592>.Acesso em: abr. 2014. (Fragmento)
A tese do texto é:
- Física
Considere um patinador X que colide elasticamente com a parede P de uma sala. Os diagramas abaixo mostram segmentos orientados indicando as possíveis forças que agem no patinador e na parede, durante e após a colisão. Note que segmento nulo indica força nula.
Supondo desprezível qualquer atrito, o diagrama que melhor representa essas forças é designado por:
- Matemática | 1.06 Razão, Proporção e Regra de Três
Alguns exames médicos requerem uma ingestão de água maior do que a habitual. Por recomendação médica, antes do horário do exame, uma paciente deveria ingerir 1 copo de água de 150 mililitros a cada meia hora, durante as 10 horas que antecederiam um exame. A paciente foi a um supermercado comprar água e verificou que havia garrafas dos seguintes tipos:
• Garrafa I: 0,15 litro
• Garrafa II: 0,30 litro
• Garrafa III: 0,75 litro
• Garrafa IV: 1,50 litro
• Garrafa V: 3,00 litros
A paciente decidiu comprar duas garrafas do mesmo tipo, procurando atender à recomendação médica e, ainda, de modo a consumir todo o líquido das duas garrafas antes do exame.
Qual o tipo de garrafa escolhida pela paciente?
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
OS BONS LADRÕES
Paulo Mendes Campos
Morando sozinha e indo à cidade em um dia de festa, uma senhora de Ipanema teve a sua bolsa roubada, com todas as suas joias dentro. No dia seguinte, desesperada de qualquer eficiência policial, recebeu um telefonema:
-É a senhora de quem roubaram a bolsa ontem?
-Sim.
-Aqui é o ladrão, minha senhora.
-Mas como o... senhor descobriu o meu número?
-Pela carteira de identidade e pela lista.
-Ah, é verdade. E quanto quer para devolver meus objetos?
-Não quero nada, madame. O caso é que sou um homem casado.
-Pelo fato de ser casado, não precisa andar roubando. Onde estão as minhas joias, seu sujeito ordinário?
-Vamos com calma, madame. Quero dizer que só ontem, por descuido meu, minha mulher descobriu quem eu sou realmente. A senhora não imagina o meu drama.
-Escute uma coisa, eu não estou para ouvir graçolas de um ladrão muito descarado...
-Não é graçola, madame. O caso é que adoro minha mulher.
-E por que o senhor está me contando isso? O que me interessa são as joias e a carteira de identidade (dá um trabalho tirar outra), e não tenho nada com a sua vida particular. Quero o que é meu.
-Claro, madame, claro. Estou lhe telefonando por isso. Imagine a senhora que a minha mulher falou que me deixa imediatamente se eu não regenerar...
-Coitada! Ir numa conversa dessas.
-Pois eu prometi nunca mais roubar em minha vida.
-E ela bancou a pateta de acreditar?
-Acho que não. Mas o que prometo, cumpro; sou um homem de palavra.
-Um ladrão de palavra, essa é fina. As minhas joias naturalmente o senhor já vendeu.
-Absolutamente, estão em meu poder.
-E quanto quer por elas? Diga logo.
-Não vendo, madame, quero devolvê-las. Infelizmente, minha mulher disse que só acreditaria em minha regeneração se eu lhe devolvesse as joias. Depois ela vai lhe telefonar para checar.
-Pois fique sabendo que estou gostando muito da sua senhora. Pena uma pessoa de tanto caráter casada com um... homem fora da lei.
-É também o que eu acho. Mas gosto tanto dela que estou disposto a qualquer sacrifício.
-Meus parabéns. O senhor vai trazer-me as joias aqui?
-Isso nunca. A senhora podia fazer uma suja.
-Uma o quê?
-A senhora, com o perdão da palavra, podia chamar a polícia.
-Prometo que não chamo, não por sua causa, por causa de sua senhora.
-Vai me desculpar, madame, mas nessa eu não vou.
-Também sou mulher de palavra.
-O caso, madame, é que nós, os desonestos, não acreditamos na palavra dos honestos.
-Tá. Mas como o senhor pretende fazer, então?
-Estou bolando um jeito de lhe mandar as joias sem perigo para mim e sem que outro ladrão possa roubá-las. A senhora não tem uma ideia?
-O senhor entende mais disso do que eu.
-É verdade. Tenho um plano: eu lhe mando umas flores com as joias dentro dum pequeno embrulho.
-Não seria melhor eu encontrá-lo numa esquina?
-Negativo! Tenho o meu pudor, madame.
-Mas não há perigo de mandar coisa de tanto valor por uma casa de flores?
-Não. Vou seguir o entregador a uma certa distância.
-Então, fico esperando. Não se esqueça da carteira.
-Dentro de vinte minutos está tudo aí.
-Sendo assim, muito agradecida e lembranças a sua senhora.
Dentro do prazo marcado, um menino confirmava que, em certas ocasiões, até os ladrões mandam flores e joias.
(Fonte: Para Gostar de Ler – Editora Ática - volume 1)
Explique as expressões destacadas de acordo com o seu sentido no texto:
a) “A senhora não imagina o meu drama.”
b) “Vai me desculpar, madame, mas nessa eu não vou.”
c) “...sou um homem de palavra.”
d) “A senhora podia fazer uma suja.”