Hoje poderíamos acrescentar a última e talvez a mais formidável forma de tal dominação: a burocracia, ou o domínio de um intrincado sistema de departamentos, no qual homem algum pode ser tido como responsável, e que poderia ser chamado com muita propriedade o domínio de Ninguém. (Se, de acordo com o pensamento político, identificarmos a tirania como um tipo de governo que não responde por seus próprios atos, o domínio de Ninguém é claramente o mais tirânico de todos, uma vez que não existe alguém a quem se possa solicitar que preste conta por aquilo que está sendo feito. É esse estado de coisas que torna impossível a localização da responsabilidade e a identificação do inimigo, que figura entre as mais potentes causas da inquietação rebelde que reina em todo o mundo, de sua natureza caótica, e de sua perigosa tendência a descontrolar-se.) Hannah Arendt. Sobre a violência.
Hannah Arendt. Sobre a violência.
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana (...)
Constituição Federal de 1988, Capítulo V.
A natureza caótica e a perigosa tendência ao descontrole da multidão exigem leis severas e legitimam a adoção do estado de exceção para enfrentar essas dificuldades, de acordo com a Constituição Federal de 1988.