528 g de uma amostra de substância orgânica volátil forneceu por combustão: 1.584 g de CO2 e 864 g de H2O.
Sabendo que na amostra só contém carbono e hidrogênio, e que todo carbono gerou CO2 e todo hidrogênio gerou H2O, é correto afirmar que esta amostra é o gás
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Em um município foi realizado um levantamento relativo ao número de médicos, obtendo-se os dados:
Tendo em vista a crescente demanda por atendimento médico na rede de saúde pública, pretende-se promover a expansão, a longo prazo, do número de médicos desse município, seguindo o comportamento de crescimento linear no período observado no quadro.
Qual a previsão do número de médicos nesse município para o ano 2040?
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A indústria eletrônica busca produzir e aperfeiçoar dispositivos com propriedades elétricas adequadas para as mais diversas aplicações. O gráfico abaixo ilustra o comportamento elétrico de três dispositivos eletrônicos quando submetidos a uma tensão de operação V entre seus terminais, de modo que por eles circula uma corrente i.
Com base na figura acima, assinale a alternativa correta. - Ciências - Fundamental | 05. A Constituição dos Seres Vivos
Leia o texto a seguir, sobre os diferentes bicos de aves, e, em seguida, veja as figuras.
Desta forma, observa-se uma grande variedade de formatos de bicos, cada um deles relacionado a determinado hábito alimentar. Aves granívoras (que se alimentam de grãos) possuem o bico cônico, onde as bordas cortantes descascam as sementes. Este é o tipo de bico encontrado, por exemplo, no canário doméstico. Outras aves, como os patos e flamingos, possuem o bico revestido internamente com numerosas lamelas córneas, que servem como filtro, separando as partículas alimentares da água. Os papagaios possuem o bico bastante curvado e forte, típico de aves que quebram frutos e sementes duras como as do coco. Os beija-flores são notáveis pelo bico longo, que penetra na corola das flores em busca do néctar.
Disponível em: <www.ib.usp.br/~lfsilveira/pdf/d_2012_ornitologiabasica.pdf>. Acesso em: 18 out. 2017.
A partir das descrições dos bicos das aves fornecidas no texto, é possível afirmar que
- Língua Portuguesa | 1.03 Capacidade de Análise
Texto 1
Felicidade clandestina
[1] Ela era gorda, baixa, sardenta e de
cabelos crespos, meio arruivados. Tinha
um busto enorme, enquanto nós todas
ainda éramos achatadas. Como se não
[5] bastasse, enchia os dois bolsos da blusa,
por cima do busto, com balas. Mas possuía
o que qualquer criança devoradora de
histórias gostaria de ter: um pai dono de
livraria.
[10] Pouco aproveitava. E nós menos ainda.
Mas que talento tinha para a crueldade.
Ela toda era pura vingança, chupando
balas com barulho. Como essa menina
devia nos odiar, nós que éramos
[15] imperdoavelmente bonitinhas, esguias,
altinhas, de cabelos livres. Comigo
exerceu com calma ferocidade o seu
sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem
notava as humilhações a que ela me
[20] submetia: continuava a implorar-lhe
emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de
começar a exercer sobre mim uma tortura
chinesa. Como casualmente, informou-me
[25] que possuía As reinações de Narizinho, de
Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um
livro para se ficar vivendo com ele,
comendo-o, dormindo-o. E completamente
[30] acima de minhas posses. Disse-me que eu
passasse pela sua casa no dia seguinte e
que ela o emprestaria.
No dia seguinte, fui à sua casa
literalmente correndo. Não me mandou
[35] entrar. Olhando bem para meus olhos,
disse-me que havia emprestado o livro a
outra menina, e que eu voltasse no outro
dia para buscá-lo.
Mas não ficou simplesmente nisso. O
[40] plano secreto da filha do dono da livraria
era tranquilo e diabólico. No dia seguinte
lá estava eu à porta de sua casa, com um
sorriso e o coração batendo. Para ouvir a
resposta calma: o livro ainda não estava
[45] em seu poder, que eu voltasse no dia
seguinte.
E assim continuou. Quanto tempo? Não
sei. Ela sabia que era tempo indefinido,
enquanto o fel não escorresse todo de seu
[50] corpo grosso. Eu já começara a adivinhar
que ela me escolhera para eu sofrer, às
vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo,
às vezes aceito: como se quem quer me
fazer sofrer esteja precisando
[55] danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua
casa, sem faltar um dia sequer.
Até que um dia, quando eu estava à
porta de sua casa, ouvindo humilde e
[60] silenciosa a sua recusa, apareceu sua
mãe. Ela devia estar estranhando a
aparição muda e diária daquela menina à
porta de sua casa. Pediu explicações a nós
duas. Houve uma confusão silenciosa,
[65] entrecortada de palavras pouco
elucidativas. A senhora achava cada vez
mais estranho o fato de não estar
entendendo. Até que essa mãe boa
entendeu. Voltou-se para a filha e com
[70] enorme surpresa exclamou: mas este livro
nunca saiu daqui de casa e você nem quis
ler!
E o pior para essa mulher não era a
descoberta do que acontecia. Devia ser a
[75] descoberta horrorizada da filha que tinha.
Ela nos espiava em silêncio: a potência de
perversidade de sua filha desconhecida e a
menina loura em pé à porta, exausta, ao
vento das ruas de Recife. Foi então que,
[80] finalmente se refazendo, disse firme e
calma para a filha: você vai emprestar o
livro agora mesmo. E para mim: “E você
fica com o livro por quanto tempo quiser”.
Entendem? Valia mais do que me dar o
[85] livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo
o que uma pessoa, grande ou pequena,
pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu
estava estonteada, e assim recebi o livro
[90] na mão. Acho que eu não disse nada.
Peguei o livro. Não, não saí pulando como
sempre. Saí andando bem devagar. Sei
que segurava o livro grosso com as duas
mãos, comprimindo-o contra o peito.
[95] Quanto tempo levei até chegar em casa,
também pouco importa. Meu peito estava
quente. Meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler.
Fingia que não o tinha, só para depois ter
[100] o susto de o ter. Horas depois abri-o, li
algumas linhas maravilhosas, fechei-o de
novo, fui passear pela casa, adiei ainda
mais indo comer pão com manteiga, fingi
que não sabia onde guardara o livro,
[105] achava-o, abria-o por alguns instantes.
Criava as mais falsas dificuldades para
aquela coisa clandestina que era a
felicidade. A felicidade sempre iria ser
clandestina para mim. Parece que eu já
[110] pressentia. Como demorei! Eu vivia no
ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu
era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede,
balançando-me com o livro aberto no colo,
[115] sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um
livro: era uma mulher com o seu amante.
(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)
Considere o trecho entre as linhas 106 e 109, quando o narrador retoma o título: “Felicidade clandestina”: “Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim”. Em seguida determine o(s) item(ns) que oferece(m) um comentário coerente em relação ao título, tomando o texto como um todo.
I - O clandestino relaciona-se com o proibido, algo que tem poder desestruturador. E esse poder a leitura consegue ter, quando realizada com intensidade.
II - A erotização da leitura – o erótico é sempre visto como ilegal e/ou ilegítimo – que a personagem-narradora promove pode justificar a clandestinidade.
III - O prazer intenso provocado pela leitura envolve não só o cérebro, o intelecto, mas os sentidos, o corpo, a libido, daí a clandestinidade.
São coerentes os comentários feitos
- Ciências - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
51. Analise a imagem a seguir que mostra a taxa de água no corpo humano.
A água é a substância mais abundante no corpo humano. Sendo uma substância abiótica, ela é fonte de vida. A taxa de água no organismo vivo varia de acordo com diversos fatores, dentre eles