As florestas fornecem bens diretos, como frutos, óleos, madeiras e fibras, que resultam em alimento e matéria prima para as indústrias farmacêuticas, de construção e de cosméticos. A respeito desses bens fornecidos pelas florestas, é correto afirmar que:
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Leia o artigo a seguir para responder à questão. Há cerca de 20 anos, era moderno dizer que se tinha “endereço eletrônico” ou trocar essa informação com amigos, namoradas, etc. Isto, hoje, em face do progresso, é coisa superada, em face das inovações tecnológicas que a cada dia nos surpreendem com avanços antes impensáveis. [...] Antes eram os celulares. Quando surgiram, eram um xodó! Hoje, o que menos se usa é o telefone, pois a gama de ofertas tecnológicas (inclusive como máquina de fotografia digital) faz com que as pessoas, a partir de crianças de pouca idade, passem o dia inteiro com ele nas mãos, descobrindo coisas. Tive uma empregada que tinha dois aparelhos, com quatro chips e atendia em média umas 10 ligações por dia. Ela fazia faxina com uma mão e segurava o celular com a outra. O fato é que o celular e a Internet se tornaram hoje um apêndice das pessoas, especialmente dos jovens. É raro quem não os tenha. É indiscutível que os celulares modernos, de última geração, são objetos de utilidade, mas em muitos casos se tornaram motivo de ostentação e estão virando uma paranoia.
Vi, em um consultório médico, enquanto a senhora fazia a ficha com a atendente, que as duas filhas digitavam seus aparelhinhos, buscando aquela “comunicação com o mundo” que o fabricante apregoa. Quatro rapazes estavam na praia, sentados em suas cadeirinhas, com os celulares na mão, fones ao ouvido: davam mais atenção ao que passava na tela do que à paisagem e às meninas que desfilavam pela orla.
É comum ver, em lugares públicos, pessoas conectadas através de celulares, laptops e tablets. Há dificuldades na comunicação com amigos e parentes, mas ela ocorre com os parceiros da web. Os professores têm dificuldade em fazer com que os jovens troquem seus celulares pelo conteúdo das matérias. Há pais que se queixam de que a garotada não abre mão dessa tecnologia nem na hora das refeições. No Brasil, há 2,5 celulares por pessoa. Isso proporciona uma comunicação incrível com o mundo virtual. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br>. Acesso em: 19. out. 2013.
Que ideia o autor defende em relação aos celulares e à Internet?
- Física | F. Circuitos Elétricos
No território brasileiro, existem períodos do ano que apresentam queda na umidade do ar, fazendo com que o ar fique bastante seco. Nessa época, é comum observar que as pessoas, ao saírem do carro e tocarem a maçaneta da porta, levam pequenos choques elétricos. Além disso, pessoas que ficam muito tempo em contato com aparelhos eletrodomésticos, ou que dormem com roupas feitas de determinados materiais, como a seda, ao tocarem objetos metálicos, também sentem as descargas elétricas, ou seja, levam um choque elétrico.
O corpo humano sofre com esse fenômeno de descarga elétrica, comportando-se como um condutor, pois
- Língua Portuguesa | E. Crase
(AFA) TEXTO:
Quarto de Despejo
“O grito da favela que tocou a consciência do mundo inteiro”
2 de MAIO de 1958. Eu não sou indolente. Há tempos que eu pretendia fazer o meu diario. Mas eu pensava que não tinha valor e achei que era perder tempo.
...Eu fiz uma reforma para mim. Quero tratar as pessoas que eu conheço com mais atenção. Quero enviar sorriso amavel as crianças e aos operarios.
...Recebi intimação para comparecer as 8 horas da noite na Delegacia do 12. Passei o dia catando papel. A noite os meus pés doiam tanto que eu não podia andar.
Começou chover. Eu ia na Delegacia, ia levar o José Carlos. A intimação era para ele. O José Carlos tem 9 anos.
3 de MAIO. ...Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar qualquer coisa. Ganhei bastante verdura. Mas ficou sem efeito, porque eu não tenho gordura. Os meninos estão nervosos por não ter o que comer.
6 de MAIO. De manhã não fui buscar agua. Mandei o João carregar. Eu estava contente. Recebi outra intimação. Eu estava inspirada e os versos eram bonitos e eu esqueci de ir na Delegacia. Era 11 horas quando eu recordei do convite do ilustre tenente da 12ª Delegacia.
...o que eu aviso aos pretendentes a política, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la.
Estão construindo um circo aqui na Rua Araguaia, Circo Theatro Nilo.
9 de MAIO. Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que estou sonhando.
10 de MAIO. Fui na Delegacia e falei com o Tenente. Que homem amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu teria ido na Delegacia na primeira intimação.
(...) O Tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país. Pensei: se ele sabe disso, porque não faz um relatorio e envia para os politicos? O Senhor Janio Quadros, o Kubstchek, e o Dr Adhemar de Barros? Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as minhas dificuldades.(...) O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome tambem é professora. Quem passa fome aprende a pensar no proximo e nas crianças.
11 de MAIO. Dia das mães. O céu está azul e branco. Parece que até a natureza quer homenagear as mães que atualmente se sentem infeliz por não realizar os desejos de seus filhos. (...) O sol vai galgando. Hoje não vai chover. Hoje é o nosso dia. (...) A D. Teresinha veio visitar-me. Ela deu-me 15 cruzeiros. Disse-me que era para a Vera ir no circo. Mas eu vou deixar o dinheiro para comprar pão amanhã, porque eu só tenho 4 cruzeiros.(...) Ontem eu ganhei metade da cabeça de um porco no frigorifico. Comemos a carne e guardei os ossos para ferver. E com o caldo fiz as batatas. Os meus filhos estão sempre com fome. Quando eles passam muita fome eles não são exigentes no paladar. (...) Surgiu a noite. As estrelas estão ocultas. O barraco está cheio de pernilongos. Eu vou acender uma folha de jornal e passar pelas paredes. É assim que os favelados matam mosquitos.
13 de MAIO. Hoje amanheceu chovendo. É um dia simpatico para mim. É o dia da Abolição. Dia que comemoramos a libertação dos escravos. Nas prisões os negros eram os bodes expiatorios. Mas os brancos agora são mais cultos. E não nos trata com desprezo.
Que Deus ilumine os brancos para que os pretos sejam feliz. (...) Continua chovendo. E eu tenho só feijão e sal. A chuva está forte. Mesmo assim, mandei os meninos para a escola. Estou escrevendo até passar a chuva para mim ir lá no Senhor Manuel vender os ferros. Com o dinheiro dos ferros vou comprar arroz e linguiça. A chuva passou um pouco. Vou sair. (...) Eu tenho dó dos meus filhos. Quando eles vê as coisas de comer eles brada: Viva a mamãe!. A manifestação agrada-me. Mas eu já perdi o habito de sorrir. Dez minutos depois eles querem mais comida. Eu mandei o João pedir um pouquinho de gordura a Dona Ida. Mandei-lhe um bilhete assim:
“Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouquinho de gordura, para eu fazer sopa para os meninos. Hoje choveu e não pude catar papel. Agradeço. Carolina”
(...) Choveu, esfriou. É o inverno que chega. E no inverno a gente come mais. A Vera começou a pedir comida. E eu não tinha. Era a reprise do espetaculo. Eu estava com dois cruzeiros. Pretendia comprar um pouco de farinha para fazer um virado. Fui pedir um pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha e arroz. Era 9 horas da noite quando comemos.
E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual – a fome!
(DE JESUS, Carolina Maria. Quarto de Despejo.)
Quanto ao uso da crase, percebe-se pela escrita de Carolina Maria de Jesus, que, nos trechos destacados abaixo, ela não foi utilizada, infringindo, dessa forma, a regra gramatical. Assinale a opção em que a crase NÃO deveria ocorrer obrigatoriamente: