Considere o excerto que a historiadora Lilia Schwarcz escreveu sobre a Independência do Brasil em 1822:
A independência brasileira resultou, além do mais, de um projeto muito conservador que pretendia manter, mais do que mudar.
(SCHWARCZ, Lilia. 2022 é aqui e agora. Nexo Jornal, São Paulo, 17 jan. 2022.)
A partir dos conhecimentos sobre o período da Independência do Brasil e do período do Império brasileiro, assinale a alternativa que indica corretamente aspectos que o referido projeto conservador manteve no Brasil após a Independência.
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | A. Acentuação
(UEPB) O padeiro
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
– Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
“Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém...
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”
E assobiava pelas escadas.
BRAGA, Rubem. O padeiro. In: ANDRADE, Carlos Drummond de; SABINO, Fernando; CAMPOS, Paulo Mendes; BRAGA, Rubem.
Para gostar de ler: v. 1. Crônicas. 12ª ed. São Paulo: Ática, 1982. p.63 - 64.
Considere as palavras abaixo, que aparecem acentuadas no texto, e assinale a única alternativa na qual a acentuação da palavra está corretamente justificada:
- Língua Portuguesa | 1.09 Recursos Expressivos e Recursos Estilísticos
(ENEM 2009 2ª APLICAÇÃO) S.O.S. Português
Por que os pronomes oblíquos têm esse nome e quais as regras para utilizá-los?
As expressões “pronome oblíquo” e “pronome reto” são oriundas do latim (casus obliquus e casus rectus). Elas eram usadas para classificar as palavras de acordo com a função sintática. Quando estavam como sujeito, pertenciam ao caso reto. Se exerciam outra função (exceto a de vocativo), eram relacionadas ao caso oblíquo, pois um dos sentidos da palavra oblíquo é “não é direito ou reto”. Os pronomes pessoais da língua portuguesa seguem o mesmo padrão: os que desempenham a função de sujeito (eu, tu, ele, nós, vós e eles) são os pessoais do caso reto; e os que normalmente têm a função de complementos verbais (me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, os, a, as, lhe, lhes, se, si, consigo, nos, conosco, vos e convosco) são os do caso oblíquo.
NOVA ESCOLA. Coluna “Na dúvida”, dez. 2008, p. 20.
Na descrição dos pronomes, estão implícitas regras de utilização adequadas para situações que exigem linguagem formal. A estrutura que está de acordo com as regras apresentadas no texto é:
- Geografia - Fundamental | 01.3. A paisagem rural
Complete as lacunas a seguir usando as palavras que estão no box.
O turismo _________________ tem levado muitos pessoas a ___________________ pequenas propriedades _____________________. Nestes locais, eles podem conhecer o modo de vida no __________________ e garantem uma renda extra para muitas _______________________ rurais.
- História - Fundamental | 01. A Primeira República no Brasil
Texto base: (Fuvest-SP-adaptada) — Sobre a Segunda Guerra Mundial, o primeiro-ministro inglês afirmou: Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior. Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento em 21 de agosto de 1941.
Enunciado:
A afirmativa acima confirma a continuidade de questões originadas na Primeira Guerra, que contribuíram para alimentar os antagonismos e levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Entre esses problemas identificamos:
- Língua Portuguesa | Habilidade 18
Seu nome define seu destino
"O nome pode ter uma força determinante sobre o seu destino", diz James Bruning, professor da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, que passou 20 anos estudando a psicologia dos nomes. "Na maioria das vezes, o impacto vem da expectativa que ele cria nas demais pessoas. É comum julgarmos alguém com base no nome, mesmo que isso seja um bocado injusto." Ele cita um exemplo óbvio: espera-se que alguém com nome oriental seja bom em matemática, por isso é possível que um empregador dê preferência a um nome japonês para uma vaga de programador.
"O nome próprio da pessoa marca a sua identidade e a sua experiência social, e por isso é um dado essencial na sua vida", diz Francisco Martins, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília e autor do livro Nome próprio (editora UnB). "Mas não dá para dizer que ele conduz a um destino específico. É você quem constrói a sua identidade. Existe um processo de elaboração, em que você toma posse do nome que lhe foi dado. Então, ele pesa, mas não é decisivo." De acordo com Martins, essa apropriação do nome se dá em várias fases: na infância, quando se desenvolve a identidade sexual; na adolescência, quando a pessoa começa a assinar o nome; no casamento, quando ela adiciona (ou não) o sobrenome do marido ao seu. "O importante é a pessoa tomar posse do nome, e não ficar brigando com ele."
CHAMARY, J.V.; GIL, M. A. Knowledge, jul. 2010
O título do texto propõe uma discussão em que são evocadas as opiniões de dois especialistas. Há a relativização do valor dado ao nome próprio, a qual se configura na: