A igualdade, a universalidade e o caráter natural dos direitos humanos ganharam uma expressão política direta pela primeira vez na Declaração da Independência americana de 1776 e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. Embora se referisse aos “antigos direitos e liberdades” estabelecidos pela lei inglesa e derivados da história inglesa, a Bill of Rights inglesa de 1689 não declarava a igualdade, a universalidade ou o caráter natural dos direitos. Os direitos são humanos não apenas por se oporem a direitos divinos ou de animais, mas por serem os direitos de humanos em relação uns aos outros.
(Adaptado de Lynn Hunt, A invenção dos direitos humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 19.)
Assinale a alternativa correta.
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.09 Recursos Expressivos e Recursos Estilísticos
TEXTO I
O texto I desta prova é um excerto da parte 2, capítulo III, da obra Bandeirantes e pioneiros: paralelo entre duas culturas, de Vianna Moog — gaúcho de São Leopoldo (*1906 — f1988). Nesse capítulo, Moog faz um estudo comparativo entre a colonização dos EUA e a do Brasil, um paralelo entre as fundações da América inglesa e da América portuguesa
[1] Há desde logo uma fundamental diferença
de motivos no povoamento dos dois países: um
sentido inicialmente espiritual, orgânico e
construtivo na formação norte-americana, e um
[5] sentido predatório, extrativista e quase só
secundariamente religioso na formação
brasileira.
Os primeiros povoadores das colônias
inglesas da América, principalmente os
[10] puritanos do Mayflower, não vieram para o
Novo Mundo só ou predominantemente em
busca de minas de ouro e de prata e de riqueza
fácil. Vieram, isto sim, acossados pela
perseguição na pátria de origem, em busca de
[15] terra onde pudessem cultuar seu Deus, ler e
interpretar a sua Bíblia, trabalhar, ajudarem-se
uns aos outros e celebrar o ritual do seu culto,
à sua maneira. Ao embarcarem, trazendo
consigo todos os haveres, mulheres e filhos,
[20] deram as costas à Europa, para fundar deste
lado do Atlântico, uma nova pátria, a pátria
teocrática dos calvinistas. Não pensavam no
regresso; para eles só havia um modo de ser
agradável a Deus: ler a Bíblia e trabalhar,
[25] trabalhar e prosperar, prosperar e acumular
riquezas. Eram colonizadores, não
conquistadores. Houve depois, é certo, os que
desgarraram para o Oeste, à procura de minas
de ouro e fortuna fácil, mas, quando isso
[30] aconteceu, o sentido, o ritmo da história norteamericana
já estava estabelecido e
definitivamente estabelecido, construtivo,
moral, orgânico.
No Brasil, infelizmente, ocorreu em quase
[35] tudo precisamente o contrário. Os portugueses
que vieram ter primeiro às terras de Santa Cruz
eram todos fiéis vassalos de El-Rei de Portugal.
Se, por um lado, desejavam ampliar os
domínios da cristandade, “a Fé e o Império”,
[40] traziam já os olhos demasiadamente dilatados
pela cobiça. Eram inicialmente conquistadores,
não colonizadores, como seriam mais tarde
bandeirantes e não pioneiros. Como El-Rei,
como toda a Corte, após a descoberta do
[45] caminho das Índias, queriam despojos e
riquezas. E ninguém embarcava com o
pensamento de não mais voltar à pátria
lusitana. E ninguém trazia o propósito de
enriquecer pela constância no trabalho.
[50] Deixavam atrás a pátria, os amigos, a família,
as ocupações normais, na esperança do
Eldourado.
Vianna Moog. Bandeirantes e pioneiros: Paralelo entre duas culturas. Capítulo III: Conquista e colonização. p. 103-104. Texto adaptado.
Considere a seguinte passagem do texto: “em busca de minas de ouro e de prata e de riqueza fácil” (linhas 11-13) e o que se diz dela.
I. O segundo “e” do excerto não tem justificativa gramatical, mas estilística.
II. Enquanto o primeiro “e” coordena a expressão ”de minas de ouro” com a expressão “de (minas) de prata”, o segundo “e” coordena a expressão “de minas de ouro e de (minas) de prata” com a expressão “de riqueza fácil”.
III. As três locuções adjetivas — “de minas de ouro”, “de (minas) de prata” e “de riqueza fácil” — completam o sentido do substantivo “busca”.
Está correto o que se diz apenas em
- Biologia | 8.3 Monera e Bacterioses
(UFPR) Existem diferentes modos de transmissão das doenças infecciosas humanas. A figura abaixo apresenta três deles.
Dengue e tuberculose têm seus principais modos de transmissão representados, respectivamente, em:
- Espanhol - Fundamental | 3.03 Verbos Poner, Poder, Decir, Dar y Contar (Verbos Definir, Poder, Dizer, Dar e Contar)
Mi papá _____________ en orden las cosas.
- Matemática | 1.7 Razão, Proporção e Regra de Três
(ENEM 2014 1º APLICAÇÃO)
Boliche é um jogo em que se arremessa uma bola sobre uma pista para atingir dez pinos, dispostos em uma formação de base triangular, buscando derrubar o maior número de pinos. A razão entre o total de vezes em que o jogador derruba todos os pinos e o número de jogadas determina seu desempenho.
Em uma disputa entre cinco jogadores, foram obtidos os seguintes resultados:Jogador I – Derrubou todos os pinos 50 vezes em 85 jogadas.
Jogador II – Derrubou todos os pinos 40 vezes em 65 jogadas.
Jogador III – Derrubou todos os pinos 20 vezes em 65 jogadas.
Jogador IV – Derrubou todos os pinos 30 vezes em 40 jogadas.
Jogador V – Derrubou todos os pinos 48 vezes em 90 jogadas.Qual desses jogadores apresentou maior desempenho?
- Língua Espanhola | 1.3 Modelo de Questão: ENEM X Tradicional
T E X T O
“LOS TEÓLOGOS ACTUALIZADOS NO CREEMOS EN MILAGROS”
El teólogo Andrés Torres Queiruga (Ribeira, A
Coruña, 1940) ya estaba avisado. En 2009, la
Comisión Episcopal para la Doctrina de la Fe
—el antiguo Santo Oficio— había filtrado que
[5] iba a condenar la obra del pensador gallego.
Tardó tres años, pero lo hizo a conciencia en
un documento publicado el pasado 30 de
marzo. “Fue una pena que la Conferencia
Episcopal diese un paso tan innecesario y sin
fundamento objetivo”, declara a este
[10] periódico vía correo electrónico. Exige
conversar por escrito para que nadie
"malinterprete un tema tan delicado".
Pregunta. Entre las críticas que la
[15] Conferencia Episcopal dedica a su trabajo,
¿hay alguna que merezca la pena refutar?
Respuesta. Puede parecer orgullo, pero creo
que ninguna. Todas esas críticas están hechas
sin entrar de verdad en el dinamismo vivo de
[20] mi propuesta y se limita a una lectura
limitada de mis obras, con mentalidad más
bien escolástica. Hermenéuticamente, el
documento es un pequeño desastre. Creo que
una lectura atenta y perspicaz del texto, con
[25] las citas literales de mi obra, constituye la
mejor defensa. P. ¿Qué cree que quieren
decir los obispos cuando afirman que usted
reduce la fe cristiana "a las categorías de la
cultura dominante"? R. Ese sería el caso si se
[30] interpreta "actualizar" como "reducir". Pero
una de mis preocupaciones fundamentales es
siempre la de un cuidado exquisito en la
diferenciación de los planos de pensamiento.
Lo indican los títulos de mis obras: repensar
[35] los conceptos desde la cultura actual para
recuperar la experiencia originaria y fundante.
“Los que me acusan deberían salir a la luz del diálogo
público.” P. ¿El cristianismo ha perdido esa
experiencia originaria y fundante? R. No se ha
[40] perdido. Pero la experiencia solo se tiene
como ya siempre interpretada. Mantener la
misma interpretación cuando cambia la
cultura tiende a hacer incomprensible la
experiencia y matar su vitalidad. Por ejemplo,
[45]Jesús habló en arameo y desde la cultura
bíblica, pero los evangelios los tenemos en
griego y desde la cultura helénica. Sin esta
reinterpretación, sería ininteligible para aquel
mundo y ni siquiera llegaría a nosotros. Pues
[50] bien, nosotros vivimos después de la
modernidad y si no logramos repensar la
experiencia originaria en ese nuevo
paradigma cultural, corre el riesgo de no ser
verdaderamente comprendida. P. La jerarquía
[55] católica ataca su idea del “pluralismo
asimétrico” de religiones. El catolicismo
¿niega la diversidad de religiones? R. La
teología todavía no dispone de categorías
adecuadas para enfrentarse al diálogo de
[60] religiones, que se presenta con una
trascendencia impensable antes de la
globalización. Yo intenté buscar alguna
categoría y “pluralismo asimétrico”, junto a
otras, me parece la más acertada. Tanto la
[65] teología actualizada como la realidad viva de
muchísimos hombres y mujeres creyentes
fraterna convivencia.
La condena a la obra de Andrés Torres, de acuerdo en el texto,