“O Sinhô foi açoitar
sozinho a negra Fulô.
A negra tirou a saia
e tirou o cabeção,
de dentro dêle pulou
nuinha a negra Fulô.
Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!
Ó Fulô! Ó Fulô!
Cadê, cadê teu Sinhô
que Nosso Senhor me mandou?
Ah! Foi você que roubou,
foi você, negra Fulô?
Essa negra Fulô!”
(Jorge de Lima, Poesias Completas, v.1. Rio de Janeiro/Brasília: J.Aguilar e INL, 1974, p. 121.)
“A Sinhá mandou arrebentar-lhe os dentes:
Fute, Cafute, Pé-de-pato, Não-sei-que-diga,
avança na branca e me vinga.
Exu escangalha ela, amofina ela,
amuxila ela que eu não tenho defesa de homem,
sou só uma mulher perdida neste mundão.
Neste mundão.
Louvado seja Oxalá.
Para sempre seja louvado.”
(Idem, p.164.)
Essas duas cenas de ciúmes concluem dois textos diferentes de Jorge de Lima. A primeira pertence ao conhecido poema modernista “Essa negra Fulô”; a segunda, ao poema “História”, de Poemas Negros (1947). Em relação a “Essa negra Fulô”, o poema “História”, especificamente, representa
Questões relacionadas
- Arte - Fundamental | 01.4. Máscaras
Materiais necessários
- Papel com gramatura alta. Uma folha A4 para cada criança.
- Cola colorida – várias cores.
- Tesoura.
- Gominha ou elástico para prender a máscara ao rosto.
- Furador de papéis.
- Esponjas para pintura.
- Bandejas de isopor usadas. Limpas e secas.
- Panos para limpeza.
- Canetas para retroprojetor – pretas.
Procedimentos
1 º. Proponha uma análise de imagens de máscaras de vários tipos e para várias finalidades. Os alunos devem compreender a utilização das máscaras em diferentes culturas, como a grega, a africana, a japonesa, dentre outras.
2 º.Entregue o material e ensine como usar as mãos para fazer o contorno de uma máscara muito legal. Auxilie-os no desenho e recorte da máscara.
3 º.Os alunos utilizarão a cola colorida para pintar a máscara. Esse trabalho deverá ser feito usando os dedos e/ou as esponjas, fazendo a técnica do batique.
4 º.Terminado o trabalho de pintura e após a secagem da tinta. Eles podem usar as canetas de retroprojetor para criarem formas e desenhos que complementarão o trabalho de decoração das máscaras.
5 º.Coloquem o elástico nas extremidades e deixe que brinquem e encenem usando as máscaras.
Disponíveis em: <http://blogs.estadao.com.br/estadinho/2011/03/>. Acesso em: 16 dez. 2015.
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Leia o poema a seguir e responda à questão.
Poesia Matemática
Millôr Fernandes
A folhas tantas do livro matemático,
Um quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a, do ápice à base,
uma figura ímpar,
olhos romboides,
boca trapezoide,
corpo retangular,
seios esferoides.
Fez de sua vida
paralela à dela
até que se encontraram
no Infinito.
“Quem és tu?”
indagou ele
em ânsia radical.
“Sou a soma
dos quadrados
dos catetos.
Mas pode
me chamar de
Hipotenusa.”
E de falarem descobriram que eram
(o que a aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz,
numa sexta potenciação,
traçando,
ao sabor do momento
e da paixão,
retas, curvas, círculos
e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das
fórmulas euclidianas
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções
newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar,
construir um lar.
Mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
sonhando com um felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram
uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo, afinal, vira
monotonia.
Foi então que surgiu
o Máximo Divisor Comum,
frequentador de círculos
concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta.
E reduzia-a a um denominador
comum.
Ele, quociente, percebeu
que com ela não formava mais
um todo,
uma unidade.
Era um triângulo,
tanto chamado
amoroso.
Desse problema ela
era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein
Descobriu
a Relatividade.
E = mc²
E tudo que era espúrio
passou a ser
moralidade.
Como, aliás, em qualquer sociedade.
(FERNANDES, Millôr. Poesia Matemática. Rio de Janeiro: Desiderata, 2009)
Identifique os valores semânticos das conjunções destacadas.
a) Quando o Quociente percebeu que não formavam mais um todo, ficou inconformado com a Hipotenusa.
b) À medida que o tempo passava, tudo virava monotonia.
c) O Quociente fez de tudo para que a Hipotenusa fosse feliz.
d) A mágoa do Quociente era tamanha que demorou a cicatrizar.
- Ciências - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
A figura apresentada a seguir apresenta a dentição humana. A dentição é muito importante para o processo de mastigação uma das etapas da nossa digestão.
Disponível em: <http://baudemenino.com.br/nascimento-dos-dentes/>. Acesso em: 11 jan. 2019.
Sobre a mastigação e a dentição responda:
A) Indique as formas adequadas para uma mastigação saudável.
B) Quais são as principais funções dos dentes na mastigação. Indique.
C) qual dente é responsável por cada um desses processos. Como a cárie acontece?
- Língua Portuguesa - Fundamental
Quem é o criminoso?
"Outro dia, durante uma conversa despretensiosa, um dos líderes da Central Única de Favela (Cufa), entidade surgida no Rio de Janeiro para representar os favelados do país, descrevia uma cena que presenciou durante anos a fio em sua vida: 'É o bacana da Zona Sul estacionar seu Mitsubishi no pé do morro e comprar cocaína de um garotinho de 12 anos'. Em seguida, fez uma pergunta perturbadora: 'Quem é o criminoso? O bacana da Zona Sul ou o garoto de 12 anos?'. E deu a resposta: 'Para vocês, o garoto de 12 anos tem de ser preso porque ele é um traficante de drogas. Para nós, tem de prender o bacana da Zona Sul porque ele está aliciando menores para o crime'. Não resta dúvida de que a situação retrata um dilema poderoso: de um lado, tem-se uma vítima do vício induzida ao crime de comprar drogas e, de outro, tem-se uma vítima da pobreza e da desigualdade 5induzida ao crime de vendê-las. Na cegueira legal em que vivemos, a solução é simples: prendem-se vendedor e comprador.
(...)
Começa agora a surgir uma alternativa mais realista com a intenção do governo federal de implantar a chamada 1'política de redução de danos'. Ou seja: em vez de punir os 3usuários, tratando-os como criminosos, passa-se a encará-los como doentes e atendê-los de modo a reduzir os riscos a que estão 4expostos - como a overdose, aids, hepatite e outras doenças. É mais realista porque 6a repressão do uso de drogas é uma política bem-intencionada, na qual se pretende a purificação pela via da punição, mas que tem se mostrado sistematicamente falha. A ideia brasileira - já em uso em outros países, e não apenas na Holanda - é um pedaço de bom senso e humildade. 2Encarar um viciado como doente é um enfoque justo e generoso."
André Petry. Revista VEJA, 24 de novembro de 2004, p. 50.
Como "expostos" (ref. 4), escrevem-se com "x":
- Inglês - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Texto base: Script a ser lido pelo professor:
Enunciado:
Listen and match with number.
(1) Where is my dad? He’s in the garden.
(2) Where is my mom? She is in the bedroom.
(3) Where’s is my sister? She’s in the bathroom.
(4) Where is my brother? He is in the kitchen.
(5) Where is my dog? It’s in the living room.