Explicaê

01

“O Sinhô foi açoitar

sozinho a negra Fulô.

A negra tirou a saia

e tirou o cabeção,

de dentro dêle pulou

nuinha a negra Fulô.

 

Essa negra Fulô!

Essa negra Fulô!

 

Ó Fulô! Ó Fulô!

Cadê, cadê teu Sinhô

que Nosso Senhor me mandou?

Ah! Foi você que roubou,

foi você, negra Fulô?

 

Essa negra Fulô!”

(Jorge de Lima, Poesias Completas, v.1. Rio de Janeiro/Brasília: J.Aguilar e INL, 1974, p. 121.)

 

“A Sinhá mandou arrebentar-lhe os dentes:

Fute, Cafute, Pé-de-pato, Não-sei-que-diga,

avança na branca e me vinga.

Exu escangalha ela, amofina ela,

amuxila ela que eu não tenho defesa de homem,

sou só uma mulher perdida neste mundão.

Neste mundão.

Louvado seja Oxalá.

Para sempre seja louvado.”

(Idem, p.164.)

 

Essas duas cenas de ciúmes concluem dois textos diferentes de Jorge de Lima. A primeira pertence ao conhecido poema modernista “Essa negra Fulô”; a segunda, ao poema “História”, de Poemas Negros (1947). Em relação a “Essa negra Fulô”, o poema “História”, especificamente, representa

Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.