Questões relacionadas
- Língua Portuguesa - Fundamental | 01. Variação linguística
Texto base: Texto para a questão. Muito cedo para decidir Rubem Alves Gandhi se casou menino. Foi casado menino. O contrato, foram os grandes que assinaram. Os dois nem sabiam direito o que estava acontecendo, ainda não haviam completado 10 anos de idade, estavam interessados em brincar. Ninguém era culpado: todo mundo estava sendo levado de roldão pelas engrenagens dessa máquina chamada sociedade, que tudo ignora sobre a felicidade e vai moendo as pessoas nos seus dentes. Os dois passaram o resto da vida se arrastando, pesos enormes, cada um fazendo a infelicidade do outro. Antigamente, quando se queria dizer que uma decisão não era grave e podia ser desfeita, dizia-se: “isso não é casamento!”. Naquele tempo, casamento era decisão irremediável, para sempre, até que a morte os separasse, eterna comunhão de bens e comunhão de males. Mas agora os casamentos fazem-se e desfazem-se até mesmo contra a vontade do Papa, e os dois ficam livres para começar tudo de novo... Pois dentro de poucos dias vai acontecer com nossos adolescentes coisa igual ou pior do que aconteceu com o Gandhi e a mulher dele, e ninguém se horroriza, ninguém grita, os pais até ajudam, concordam, empurram, fazem pressão, o filho não quer tomar a decisão, refuga, está com medo. Está chegando para muitos o momento terrível do vestibular, quando vão ser obrigados por uma máquina, do mesmo jeito como o foram Gandhi e Casturbai (era esse o nome da menina), a escrever num espaço em branco o nome da profissão que vão ter. Casar e descasar são coisas que se resolvem rápido. Mas na profissão, além de amar tem de saber. E o saber leva tempo pra crescer. A dor que os adolescentes enfrentam agora é que, na verdade, eles não têm condições de saber o que é que eles amam. Mas a máquina os obriga a tomar uma decisão para o resto da vida, mesmo sem saber. Se você disser que a decisão não é tão séria assim, que o que está em jogo é só o aprendizado de um ofício para se ganhar a vida e, possivelmente, ficar rico, eu posso até dizer: “Tudo bem! Só que fico com dó de você! Pois não existe coisa mais chata que trabalhar só para ganhar dinheiro”. Um conselho aos pais e aos adolescentes: não levem muito a sério esse ato de colocar a profissão naquele lugar terrível. Aceitem que é muito cedo para uma decisão tão grave. Considerem que é possível que vocês, daqui a um ou dois anos, mudem de ideia. Eu mudei de ideia várias vezes, o que me fez muito bem. Se for necessário, comecem de novo. Não há pressa. Que diferença faz receber o diploma um ano antes ou um ano depois? Texto adaptado do livro “Estórias de quem gosta de ensinar —
O fim dos Vestibulares”, editora Ars Poetica — São Paulo, 1995, pág. 31.
Enunciado:
O argumento de que “Não há pressa” é consequência da seguinte ideia:
- Inglês - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Read the poem.
Right after taking a bath you need to
- Ciências - Fundamental | 2.2 Ciclo da Vida das Plantas
Assinale a alternativa que apresenta informações corretas sobre o desenvolvimento da planta de feijão.
- Inglês - Fundamental | 03. Prepositions Of Time (Preposições de Tempo)
Choose the correct preposition.
“I was born ____ 1998”
- Língua Portuguesa - Fundamental | 02.1. Pronomes (pessoais, demonstrativos e possessivos)
Texto base:
Cadê o docinho que estava aqui?
Vovó já estava saindo quando se lembrou de avisar às crianças que tinha deixado um docinho na mesa da cozinha. Na mesma hora, elas pararam de brincar e foram correndo para a cozinha. Só que não viram nenhum docinho em cima da mesa. Chamaram a vovó. Aí... — Cadê o docinho que estava aqui? — O gato comeu! Saiu todo mundo correndo atrás do gato. Mas... de que gato? O Gato de Botas? O gato da vizinha? Julinho Gatinho? Ou o “gato” namorado da Sofia?... — Cadê o gato? — Foi pro mato! Que mato? O mato sem cachorro? Mato Grosso? Ou o mato onde mora a Cuca? Que mato, meu Deus? — Cadê o mato? — O fogo queimou! O fogo do fogão? O fogo do cachimbo do Saci? O fogo-apagou? Ou o fogo da queimada? Que fogo? — Cadê o fogo? — A água apagou! A água da torneira? A água da chuva? Do rio? Do mar? A água de cheiro? A água da Fonte do Tororó? — Cadê a água? — O boi bebeu! Que boi? O boi da cara preta? O boi zebu? O boi da linha? O boi Zinho? Ou o boi do pai do seu vizinho? — Cadê o boi? — Foi levar o milho! Milho? Que milho? Será... o milho de pipoca?? Essa não! Esse ele não pode levar! Mas levou... — Cadê o milho? — A galinha comeu! Que galinha? A Galinha Ruiva ou a dos Ovos de Ouro? A galinha choca ou a galinha chata? Eu não sei. E você, sabe? — Cadê a galinha? — Foi botar ovo! Ovo de Páscoa? Ovo de Ouro? Ou o ovo de Colombo?... Claro que não! Ovo de galinha, é claro! Mas... — Cadê o ovo? — Foi batido, foi mexido, remexido e misturado e entrou no... docinho! — Que docinho? — O docinho que a vovó deixou em cima da mesa... Maria Angela Resende. Cadê o docinho que estava aqui? 1. ed. São Paulo: Formato, 2016.
No trecho “ Essa, não! Esse ele não pode levar!” a palavra em destaque refere-se ao