(UNICAMP) Hitler considerava que a propaganda sempre deveria ser popular, dirigida às massas, desenvolvida de modo a levar em conta um nível de compreensão dos mais baixos. (...) O essencial da propaganda era atingir o coração das grandes massas, compreender seu mundo maniqueísta, representar seus sentimentos.
Alcir Lenharo, Nazismo: o triunfo da vontade. São Paulo: Ática, 1986, p. 47-48.
Sobre a propaganda no nazismo, é correto afirmar:
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- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
VITOR E SEU IRMÃO
Luis Fernando Veríssimo Não era prevenção. A professora tinha o cuidado de tratar todos os seus alunos da mesma maneira. Pelo menos, se esforçava para isso. Mas, com o Vitor, ela sempre estava com um pé atrás. O Vitinho era um caso à parte.
— Qual é a população do Brasil?
Um aluno levantou a mão e leu a resposta que estava no livro.
— Cento e vinte milhões.
O Vitor levantou a mão. A professora sentiu um vazio na barriga. Lá vinha ele.
— O que é, Vitinho?
— Cento e vinte e um milhões.
— Por que, Vitinho?
— Minha mãe teve um filho esta semana.
Uma risadinha correu pela sala, mas o Vitor ficou sério. Estava sempre sério.
— Quantos filhos a sua mãe teve, Vitor?
— Até agora?
— Não, desta vez.
— Um. Mas dos grandes.
Outra risadinha, como marola na superfície de um lago.
— Então não são cento e vinte e um milhões. São cento e vinte milhões e um.
E a professora escreveu o número no quadro negro. Depois apontou para o um no fim do número e disse:
— Este aqui é o seu irmãozinho, Vitor.
Depois, antes mesmo de o Vitor falar, ela se deu conta de como aquele um parecia solitário no fim de tantos zeros.
— Coitadinho do meu ermão.
— Irmão, Vitor. E é claro que este número não é exato. Tem gente nascendo e morrendo a todo momento...
— Lá no hospital tava cheio de crianças. Será que já contaram?
— Não sei, Vitor, eu...
— Bota mais uns dois ou três pra acompanhá o meu ermão, tia.
Ela teve que rir junto com os outros.
— Você, hein, Vitinho? Com você eu tenho que ficar sempre com o pé atrás.
— Cuidado pra não cair pra frente, tia.
— Chega, Vitor!
Outro caso era o da Alicinha, que se espantava com tudo. Era só a professora dizer, por exemplo, que a capital do Brasil era Brasília e a Alicinha arregalava os olhos e exclamava:
— Brasília?!
— É, Alice. Por quê?
— Nada.
Depois ficava com aquela cara de que só ela era certa num mundo de loucos, onde se viu a capital do Brasil ser Brasília, mas era melhor deixar para lá.
Um dia, a professora disse que o Brasil tinha 8.000 km de costa marinha e ficou esperando a reação da Alicinha. Nada.
— O Brasil é banhado pelo Oceano Atlântico.
— Atlântico?!
— É, Alice.
— Desde quando?
— Desde sempre, Alice.
— Eu, hein?
“Eu, hein” era mortal. “Eu, hein” era de matar, mas a professora precisava se controlar. Entre o Vitinho e a Alicinha ainda acabaria louca.
Revista Ciência Hoje das Crianças, ano 17, n. 145, abr. 2004.
“Eu, hein” era de matar, mas a professora precisava se controlar.
a) Por que a professora precisava se controlar?
b) O que poderia acontecer se ela perdesse o controle?
- Espanhol - Fundamental | 1. Interpretación de Texto (Interpretação de Texto)
De acuerdo con la historieta, podemos decir que:
- Língua Portuguesa | 1.03 Capacidade de Análise
Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
⎯ E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?
⎯ Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.
⎯ E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
⎯ Macabéa.
⎯ Maca ⎯ o quê?
⎯ Bea, foi ela obrigada a completar.
⎯ Me desculpe mas até parece doença, doença de pele.
⎯ Eu também acho esquisito mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo ⎯ parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor ⎯ pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
⎯ Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
⎯ Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo.
Clarice Lispector, A hora da estrela.
(FUVEST 2006 1ª FASE) Considere as seguintes comparações entre a cena do primeiro encontro de Macabéa e Olímpico, figurada no excerto, e a célebre cena do primeiro encontro de Leonardo e Maria da Hortaliça (Memórias de um sargento de milícias), a bordo do navio:
I – Na primeira cena, utiliza-se o diálogo verbal como meio privilegiado de representação, ao passo que, na segunda, a ausência notória desse diálogo responde, em grande parte, pelo efeito expressivo do texto.
II – Em ambas as cenas, a representação da pobreza vem acompanhada de forte sentimento de culpa que perturba o narrador e o leva a questionar a validade da própria literatura.
III – Ambas as cenas são construídas como paródias de modelos literários consagrados: na primeira, parodiam-se as cenas amorosas do Romantismo; na segunda, são parodiadas as cenas idílicas dos romances do Realismo.
Está correto apenas o que se afirma em
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Texto para responder à questão. Ao chegar em casa, encontrou a porta entreaberta. Ele escorregou para dentro, trancou a porta e se jogou no chão, feliz com sua escapada pelos bosques. Mas a sua felicidade durou pouco tempo, porque logo ele ouviu alguém dizendo: — Cri-cri-cri! — Quem está me chamando? – perguntou Pinóquio, muito assustado. — Sou eu! Pinóquio se virou e viu um enorme grilo rastejando lentamente perto da parede. — Diga-me, grilo, quem é você? — Eu sou o Grilo Falante e tenho vivido neste local há mais de cem anos. — Pode ser, mas hoje este quarto é meu e se você deseja me fazer um favor, saia agora e não volte mais. — Eu me recuso a deixar este lugar até que tenha lhe dito uma grande verdade. — Diga-me então e dê o fora! — Coitados dos meninos que se recusam a obedecer seus pais e fogem de casa! Eles nunca serão felizes neste mundo. Quando forem mais velhos irão se arrepender e a lembrança destes fatos será muito triste para eles. — Fale o que quiser, meu grilo. O que eu sei é que amanhã de madrugada eu deixarei este lugar para sempre. Se eu ficar aqui acontecerá a mim a mesma coisa que acontece a todos os outros meninos e meninas: eles são enviados para a escola, queiram ou não e são obrigados a estudar. Quanto a mim, deixe-me dizer-lhe: eu odeio estudar! É muito mais divertido perseguir borboletas, subir em árvores e roubar ninhos de pássaros. — Pobre marionete irresponsável! Você não sabe que se continuar assim crescerá, se tornará um burro perfeito e será motivo de piada para todos? — Fique quieto, grilo feio! COLLODI, Carlo. As aventuras de Pinóquio. Companhia das Letrinhas, 2002.
Leia as afirmações abaixo.
I. Os diálogos usados demonstram a tentativa do Grilo Falante de convencer Pinóquio a ser um bom menino e a recusa de qualquer conselho por parte do boneco.
II. O Pinóquio e o Grilo Falante, apesar de amigos, estão discutindo por algum motivo que não fica claro para o leitor.
III. O trecho narrado mostra que Pinóquio é criticado por ter desobedecido a seu pai e fugido de casa para passear pelos bosques.
Está(ão) correta(s):
- Ciências - Fundamental | 11. As Ideias Sobre A Origem da Vida
Leia com atenção um trecho da notícia veiculada na Revista Galileu, de 22/01/2015, que comenta a evolução das patas dianteiras de um grupo de dinossauros:
[...] Quando começaram a aparecer dinossauros que andavam sobre duas patas, as patas dianteiras e seus pulsos não precisavam mais aguentar tanto peso e se tornaram mais fracos e ágeis. [...]
Anatomia de pássaros revela que a evolução pode voltar atrás. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Biologia/noticia/2015/01/anatomia-de-passaros-revela-que-evolucao-pode-voltar-atras.html>. Acesso em: 16 mar. 2017.
O trecho contém uma afirmação que está de acordo com: