Texto base: Texto para à questão. O pau de dois bicos Um morcego estonteado pousou certa vez no ninho da coruja, e ali ficaria de dentro se a coruja ao regressar não investisse contra ele. — Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha casa, sabendo que odeio a família dos ratos? — Achas então que sou rato? Não tenho asas e não voo como tu? Rato, eu? Essa é boa!… A coruja não sabia discutir e, vencida de tais razões, poupou-lhe a pele. Dias depois, o finório morcego planta-se no casebre do gato-do-mato. O gato entra, dá com ele e chia de cólera. — Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha toca, sabendo que detesto as aves? — E quem te disse que sou ave? – retruca o cínico – sou muito bom bicho de pelo, como tu, não vês? — Mas voas!… — Voo de mentira, por fingimento… — Mas tem asas! — Asas? Que tolice! O que faz a asa são as penas e quem já viu penas em morcego? Sou animal de pelo, dos legítimos, e inimigo das aves como tu. Ave, eu? É boa… O gato embasbacou, e o morcego conseguiu retirar-se dali são e salvo. Moral da Estória: O segredo de certos homens está nesta política do morcego. [ _____________________________________________________ ]. LOBATO, Monteiro. Fábulas. In: Obra infantil completa: Edição Centenário – 1882-1982.
São Paulo: Brasiliense, 1992. p. 453 Glossário:
“pau de dois bicos”: expressão que significa “fazer jogo duplo”, defender simultaneamente duas ideias contrárias para não contrariar os debatedores
Enunciado:
“Um morcego estonteado pousou certa vez no ninho da coruja, e ali ficaria de dentro se a coruja ao regressar não investisse contra ele.” O termo que, do mesmo modo que “estonteado”, atribui uma qualidade ao ser nomeado pelo substantivo está grifado na alternativa:
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El ocio de los jóvenes, ¿un riesgo?
Andrea Sánchez Mata
Son las ocho de la tarde, hora punta en el metro. En la parada de Avenida de América, uno de los televisores emite un boletín de noticias del Canal Metro. Muchos de los viajeros fijan su mirada, ya casi perdida después de un largo día, en el monitor. La vocecilla de los informativos comienza a locutar: “Más del 80 por ciento de los jóvenes madrileños entre 15 y 24 años dedican la mayor parte de su tiempo de ocio a salir de fiesta por la noche, según el informe «Ocio y riesgos de los jóvenes madrileños» realizado por la Fundación de Ayuda a la Drogadicción, la Obra Social Caja Madrid y el Instituto de Adicciones del Ayuntamiento de Madrid”.
Un par de señoras, de esas que cargan con bolsas y que han quedado para ir de compras, dicen: “Vamos, estos jóvenes de hoy en día, ya ni van al cine, ni al teatro, ni tan siquiera leen, como hacíamos nosotras, sólo les interesa emborracharse”, y miran de soslayo a un grupillo de jóvenes que tienen cerca. “Hombre claro, durante toda la semana tenemos clase, lo que nos apetece los fines es irnos fiesta, comenta un chaval de unos 18 años.
Continúa la noticia: “La investigación revela que casi el 70 por ciento de los encuestados se emborrachó al menos una vez en 2009. Un 45 por ciento fue en coche de un conductor bebido o drogado. Una tercera parte se peleó. Uno de los chicos dice: “Va, prefiero montar en el coche de alguien bebido que dejarme las pelas en un taxi, pasar frío en la calle o esperar a que abra el metro” Las señoras suspiran con un aire de indignación, “qué inconscientes”, apunta una de ellas.
Ya dentro del vagón una de las señoras dice: “Mi Vero, que ahora dice que quiere estudiar no sé que de teatro, yo ya ni la escucho, sólo dice tonterías”.
El día siguiente, la noticia en el periódico añade: “El estudio indaga sobre las creencias de los padres acerca del ocio de los jóvenes. La mayoría se alarma pero se resigna y acepta las consecuencias de la independencia de sus hijos y confía en que están bien educados y sean algo diferentes”. Buena suerte.
http://www.gazeta20.com/?p=3257 (fragmento)
¿Cuál es el problema de las señoras con los jóvenes que están cerca en la parada de metro?
- História - Fundamental | 05.3. Registros da história: a nossa cultura
Há milhares de anos, os grupos humanos começaram a praticar a agricultura e sentiram a necessidade de medir uma maior unidade de tempo para saber a melhor época de semear e o momento certo de colher.
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- Língua Portuguesa | 1.2 Percepção das Ideias do Texto
TEXTO I
Versos de amorA um poeta eróticoOposto ideal ao meu ideal conservas.Diverso é, pois, o ponto outro de vistaConsoante o qual, observo o amor, do egoístaModo de ver, consoante o qual, o observas.Porque o amor, tal como eu o estou amando,É assim como o ar que a gente pega e cuida,Cuida, entretanto, não o estar pegando!É a transubstanciação de instintos rudes,Imponderabilíssima, e impalpável,Que anda acima da carne miserávelComo anda a garça acima dos açudes!ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996 (fragmento).TEXTO IIArte de amarSe queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.A alma é que estraga o amor.Só em Deus ela pode encontrar satisfação.Não noutra alma.Só em Deus — ou fora do mundo.As almas são incomunicáveis.Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.Porque os corpos se entendem, mas as almas não.BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.Os Textos I e II apresentam diferentes pontos de vista sobre o tema amor. Apesar disso, ambos definem esse sentimento a partir da oposição entre:
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(PUC-CAMPINAS) História da pintura, história do mundo
O homem nunca se contentou em apenas ocupar os espaços do mundo; sentiu logo a necessidade de representá-los, reproduzi-los em imagens, formas, cores, desenhá-los e pintá-los na parede de uma caverna, nos muros, numa peça de pano, de papel, numa tela de monitor. Acompanhar a história da pintura é acompanhar um pouco a história da humanidade. É, ainda, descortinar o espaço íntimo, o espaço da imaginação, onde podemos criar as formas que mais nos interessam, nem sempre disponíveis no mundo natural. Um guia notável para aprender a ler o mundo por meio das formas com que os artistas o conceberam é o livro História da Pintura, de uma arguta irmã religiosa, da ordem de Notre Dame, chamada Wendy Beckett. Ensina-nos a ver em profundidade tudo o que os pintores criaram, e a reconhecer personagens, objetos, fatos e ideias do período que testemunharam.
A autora começa pela Pré-História, pela caverna subterrânea de Altamira, em cujas paredes, entre 15000 e 12000 a.C., toscos pincéis de caniços ou cerdas e pó de ocre e carvão deixaram imagens de bisões e outros animais. E dá um salto para o antigo Egito, para artistas que já obedeciam à chamada “regra de proporção”, pela qual se garantia que as figuras retratadas − como caçadores de aves e mulheres lamentosas no funeral de um faraó − se enquadrassem numa perfeita escala de medidas. Já na Grécia, a pintura de vasos costuma ter uma função narrativa: em alguns notam-se cenas da Ilíada e da Odisseia. A maior preocupação dos artistas helenísticos era a fidelidade com que procuravam representar o mundo real, sobretudo em seus lances mais dramáticos, como os das batalhas.
A arte cristã primitiva e medieval teve altos momentos, desde os consagrados à figuração religiosa nas paredes dos templos, como as imagens da Virgem e do Menino, até as ilustrações de exemplares do Evangelho, as chamadas “iluminuras” artesanais. Na altura do século XII, o estilo gótico se impôs, tanto na arquitetura como na pintura. Nesta, o fascínio dos artistas estava em criar efeitos de perspectiva e a ilusão de espaços que parecem reais. Mas é na Renascença, sobretudo na italiana, que a pintura atinge certa emancipação artística, graças a obras de gênios como Leonardo, Michelangelo, Rafael. É o império da “perspectiva”, considerada por muitos artistas como mais importante do que a própria luz. Para além das representações de caráter religioso, as paisagens rurais e retratos de pessoas, sobretudo das diferentes aristocracias, apresentam-se num auge de realismo.
Em passos assim instrutivos, o livro da irmã Wendy vai nos conduzindo por um roteiro histórico da arte da pintura e dos sucessivos feitos humanos. Desde um jogo de boliche numa estalagem até figuras femininas em atividades domésticas, de um ateliê de ourives até um campo de batalha, 1tudo vai se oferecendo a novas técnicas, como a da “câmara escura”, explorada pelo holandês Vermeer, pela qual se obtinha melhor controle da luminosidade adequada e do ângulo de visão. Entram em cena as novas criações da tecnologia humana: os navios a vapor, os trens, as máquinas e as indústrias podem estar no centro das telas, falando do progresso. Nem faltam, obviamente, os motivos violentos da história: a Revolução Francesa, a sanguinária invasão napoleônica da Espanha (num quadro inesquecível de Goya), escaramuças entre árabes. Em contraste, paisagens bucólicas e jardins harmoniosos desfilam ainda pelo desejo de realismo e fidedignidade na representação da natureza.
2Mas sobrevém uma crise do 3realismo, da 4submissão da pintura às formas dadas do mundo natural. Artistas como Manet, Degas, Monet e Renoir aplicam-se a um novo modo de ver, pelo qual a imagem externa se submete à visão íntima do artista, que a tudo projeta agora de modo sugestivo, numa luz mais ou menos difusa, apanhando uma realidade moldada mais pela impressão da imaginação criativa do que pelas formas nítidas naturais. No Impressionismo, 5uma catedral pode ser pouco mais que 6uma grande massa luminosa, 7cujas formas arquitetônicas mais se 8adivinham do que se traçam. Associada à Belle Époque, a arte do final do século XIX e início do XX guardará ainda certa inocência da vida provinciana, no campo, ou na vida mundana dos cafés, na cidade.
Desfazendo-se quase que inteiramente dos traços dos impressionistas, artistas como Van Gogh e Cézanne, explorando novas liberdades, fazem a arte ganhar novas técnicas e aproximar-se da abstração. A dimensão psicológica do artista transparece em seus quadros: o quarto modestíssimo de Van Gogh sugere um cotidiano angustiado, seus campos de trigo parecem um dourado a saltar da tela. A Primeira Grande Guerra eliminará compreensões mais inocentes do mundo, e o século XX em marcha acentuará as cores dramáticas, convulsionadas, as formas quase irreconhecíveis de uma realidade fraturada. O cubismo, o expressionismo e o abstracionismo (Picasso, Kandinsky e outros) interferem radicalmente na visão “natural” do mundo.
9Por outro lado, 10menos libertário, 11doutrinas totalitaristas, como a stalinista e a nazifascista, pretenderão que os artistas se submetam às suas ideologias. Já Mondrian fará escola com a geometria das formas, Salvador Dalí expandirá o surrealismo dos sonhos, e muitas tendências contemporâneas passam a sofrer certa orientação do mercado da arte, agora especulada como mercadoria.
Em suma, a história da pintura nos 12ensina a entender o que podemos ver do mundo e de nós mesmos. As peças de um museu parecem estar ali 13paralisadas, 14mas basta um pouco da nossa atenção a cada uma delas para que a vida ali contida se manifeste. Com a arte da pintura aprenderam as artes e técnicas visuais do nosso tempo: a fotografia, o cinema, a televisão devem muito ao que o homem aprendeu pela força do olhar. Novos recursos ampliam ou restringem nosso campo de visão: atualmente muitos andam de cabeça baixa, apontando os olhos para a pequena tela de um celular. Ironicamente, alguém pode baixar nessa telinha “A criação do homem”, que Michelangelo produziu para eternizar a beleza do forro da Capela Sistina.
(BATISTA, Domenico, inédito)
... tudo vai se oferecendo a novas técnicas, como a da “câmara escura”, explorada pelo holandês Vermeer, pela qual se obtinha melhor controle da luminosidade adequada e do ângulo de visão. (referência 1)
Outra formulação para o segmento acima destacado, que seja clara, correta e que não prejudique o sentido original, é:
- Biologia | 12.2 Cadeia e Teias Alimentares, Pirâmides e Energia
Em relação ao fluxo de energia na biosfera, considere que
- representa a energia captada pelos produtores;
- representa a energia liberada (perdida) pelos seres vivos;
- representa a energia retida (incorporada) pelos seres vivos.
A relação entre e na biosfera está representada em: