Texto base: O asno e o cavalo Um asno, de passo tardo, mal podendo suportar o pesadíssimo fardo que tinha de carregar, pediu ao Cavalo: – Amigo, podes dividir comigo A carga que mal suporto? Se assim continuar, muito em breve estarei morto. O cavalo respondeu: Com isso pouco me importo. Sem demora, o Asno morreu. então o dono dos dois transferiu para o Cavalo todos os sacos de arroz. E foi assim que um esperto Acabou bancando o otário E pagou um alto preço Porque não foi solidário. LA FONTAINE, Jean de. O Cavalo e o Lobo e outras fábulas de La Fontaine; ilustrações Gustave Doré; tradução René Ferri. – São Paulo: Baú de Ideias, 2012. p. 23. Por intermédio da voz do narrador, se conhece o desenrolar da história e as ações das personagens, e por meio da voz das personagens o leitor é apresentado as suas ideias, opiniões e sentimentos. Sendo assim, nesse texto observa-se a presença de três vozes.
Enunciado:
a) De quem são essas vozes?
b) Exemplifique com trechos do texto.
Questões relacionadas
- Sociologia | 6 Sociologia Brasileira
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a seguir.
Responsabilidade pelas diferenças é da sociedade atual
No período colonial e imperial brasileiro, um modelo de escravidão extremamente brutal sobre suas vítimas não deixara de lograr mecanismos de mobilidade social para alguns descendentes de escravizados que se tornaram libertos.
No Brasil do século 19, em algumas regiões, eles poderiam chegar mesmo a do total da população livre; dados semelhantes aos de Cuba. No Sul dos Estados Unidos, por exemplo, o índice era de apenas Alguns destes chegaram – de forma ainda hoje inédita – aos altos escalões da vida cultural e politica do país. A lista não e tão pequena assim: Rebouças, Patrocínio, Caldas Barbosa, Machado de Assis.
Na contramão, há quem afirme que a liberdade conquistada pela alforria, em nossa antiga sociedade, era extremamente precária – em razão da cor, tornando as pessoas libertas de tez mais escura no máximo quase-cidadãos.
De qualquer maneira, se é verdade que nossa realidade colonial e imperial guarda uma complexidade própria, o fato é que ao longo do século 20 a antiga sociedade acabaria abrigando um desconcertante paradoxo. O escravismo não tivera nada de harmonioso, mas o sistema de dominação abria margens para infiltrações.
Para as experiências do pós-emancipação, cor, raça e racismo foram paisagens permanentemente reconfiguradas. Ordem, trabalho, disciplina e progresso dialogaram com as políticas públicas de aparato policial e criminalização dos descendentes dos escravizados e suas formas de manifestação cultural e simbólica.
No projeto de nossas elites desse período vigorou a concepção de que o desenvolvimento socioeconômico era incompatível com nossas origens ancestrais em termos étnicos. Países com maiorias não brancas não atingiram, e jamais alcançariam, o tão desejado progresso. Os perniciosos efeitos do sistema escravista foram associados às suas vitimas, ou seja, os escravizados.
No contexto posterior aos anos 1930, a valorização simbólica da mestiçagem seria um importante combustível ideológico do projeto desenvolvimentista. Dado o momento histórico em que fora forjado, se pode até reconhecer que tal discurso poderia abrigar algum tipo de perspectiva progressista. Por outro lado, ao consagrar como natural a convergência das linhas de classe e cor, tal lógica tentou convencer que diferenças sociais derivadas de aparências físicas (cor da pele, traços faciais), conquanto nítidas e persistentes, inexistiam.
Ou se existiam eram para ser esquecidas, abafadas ou comentadas no íntimo do lar. Como tal, o mito da democracia racial serviu não apenas ao projeto de industrialização do país. Também se associou a um modelo de desenvolvimento que viria a ser assumidamente concentrador de renda e poder político em termos sociorraciais, dado que tais assimetrias passaram a ser incorporadas à paisagem das coisas.
Após o fim do mito da democracia racial, parece que se torna necessário romper com uma segunda lenda. A de que as assimetrias de cor ou raça sejam decorrência direta do escravismo, findado há 120 anos.
Tal compreensão retira da sociedade do presente a responsabilidade pela construção de um quadro social extremamente injusto gerado a cada instante, colocando tal fardo apenas nos ombros do distante passado. Nosso racismo está embebido de uma forte associação entre cor da pele e uma condição social esperada ou desejada. Tal correlação atua nos diversos momentos da vida social, econômica e institucional.
A leitura dos indicadores sociais decompostos pela variável cor ou raça expressa a dimensão de tais práticas sociais inaceitáveis. Se os afrodescendentes se conformam com tal realidade, fica então ratificado o mito. Se não se conformam, dizem os maus presságios: haverá ruptura de nossa paz social.
O racismo e as assimetrias de cor ou raça do presente não são produtos da escravidão, muito embora tenham sido vitais para o seu funcionamento. Em sendo uma herança perpétua e acriticamente atual.
O que fazer para superar este legado? Este é o desafio de todos nós, habitantes deste sexto século brasileiro que há pouco despertou.
(Unimontes) No Brasil, o problema das desigualdades sociais ocupa a agenda de pesquisa e reflexão dos principais cientistas sociais do país. Jessé Souza, um dos mais destacados sociólogos da atualidade, enxerga, na fragmentação do conhecimento e na fragmentação da percepção da realidade, os principais obstáculos para o enfrentamento do problema.
Considerando esse ponto de vista do sociólogo, pode-se afirmar:
- Geografia | 3.3 Solo
(UFJF-PISM) Observe a figura.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 3,3 milhões de pessoas morreram no mundo em consequência de desastres naturais entre 1970 e 2010, com um aumento significativo dos atingidos nas últimas duas décadas. Desde o ano de 1990 até os dias de hoje, foram contabilizados 8,2 mil casos de desastres, nos quais 5,6 bilhões de pessoas foram atingidas.
Os desastres naturais vêm atingindo um contingente populacional cada vez maior em função
- Língua Portuguesa | 1.1 Tipologia e Gênero Textual
Receita
Tome-se um poeta não cansado,
Uma nuvem de sonho e uma flor,
Três gotas de tristeza, um tom dourado,
Uma veia sangrando de pavor.
Quando a massa já ferve e se retorce
Deita-se a luz dum corpo de mulher,
Duma pitada de morte se reforce,
Que um amor de poeta assim requer.
SARAMAGO, J. Os poemas possíveis. Alfragide: Caminho, 1997.
Os gêneros textuais caracterizam-se por serem relativamente estáveis e podem reconfigurar-se em função do propósito comunicativo. Esse texto constitui uma mescla de gêneros, pois
- Filosofia | 2.1 Pré-Socráticos
Texto I
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo reúne.
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).
Texto II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se?
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das
- Biologia | 8.2 Vírus e Viroses
Entre 2014 e 2016, as regiões central e oeste da África sofreram uma grave epidemia de febre hemorrágica causada pelo vírus ebola, que se manifesta em até 21 dias após a infecção e cuja taxa de letalidade (enfermos que vão a óbito) pode chegar a 90%. Em regiões de clima tropical e subtropical, um outro vírus também pode causar febre hemorrágica: o vírus da dengue, que, embora tenha período de incubação menor (até 10 dias), apresenta taxa de letalidade abaixo de 1%.
Disponível em: www.who.int. Acesso em: 1 fev. 2017 (adaptado).
Segundo as informações do texto e aplicando princípios de evolução biológica às relações do tipo patógeno-hospedeiro, qual dos dois vírus infecta seres humanos há mais tempo?