Explicaê

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Texto base:   Furto de flor   Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor.   Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.   Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.   Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.   Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:   – Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!   ANDRADE, Carlos Drummond. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Best Seller, 2009. p. 88.   Narrador é aquele que conta a história, atuando como um mediador entre a história e o leitor/ouvinte.


Enunciado:


a) Como é classificado o narrador do conto?

b) Comprove a resposta anterior com um trecho do texto.