Quinze minutos de privacidade
Quando afirmou, no fim da década de 1960, que, no futuro, todos teriam direito a quinze minutos de fama, Andy Warhol indicou o desejo pela fama como uma tendência da sociedade de massa. Hoje, a internet se faz presente em boa parte das atividades cotidianas: o problema é que a vida virtual muitas vezes elimina a tênue fronteira entre o público e o particular.
O desejo pela exposição e pelo reconhecimento virtual tem levado a perigosos exageros também na vida real. Por trás de perfis em redes sociais e de pseudônimos em chats e blogs , muitas pessoas expõem suas intimidades, com frases ou fotografias comprometedoras profissional e socialmente. Prova disso são os casos de demissão e processos causados pela publicação de conteúdos considerados inapropriados, mesmo que isso tenha sido feito em ambientes tipicamente “pessoais”.
É fundamental buscar caminhos para o estabelecimento de limites entre o público e o privado na grande rede. O primeiro passo deve ser dado pelos governos, com a criação e o aprimoramento de legislações específicas e mecanismos de identificação e punição capazes de inibir crimes relacionados a invasões de privacidade e manifestações preconceituosas. Afinal, o que é socialmente ilegal e imoral na vida real também o é na internet.
(PINNA, Rafel. Quinze minutos de privacidade. Adaptado de: <http://oglobo.globo.com/
vestibular/veja-aqui-exemplo-de-uma-boa-redacao-com-base-no-tema-da-prova-do-enem
-2011-feita-pelo-professor-rafael-pinna-do-colegio-de-az-2897703#ixzz1fVlhWUyz>.
Acesso em: 10 dez. 2011.)
O texto defende a tese de que