Perto de uma esquina, um pipoqueiro, P, e um "dogueiro", D, empurram distraidamente seus carrinhos, com a mesma velocidade (em módulo), sendo que o carrinho do "dogueiro" tem o triplo da massa do carrinho do pipoqueiro. Na esquina, eles colidem (em O) e os carrinhos se engancham, em um choque totalmente inelástico.
Uma trajetória possível dos dois carrinhos, após a colisão, é compatível com a indicada por:
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.09 Recursos Expressivos e Recursos Estilísticos
(ENEM 2020 DIGITAL)
Caso pluvioso
A chuva me irritava. Até que um dia
descobri que maria é que chovia.
A chuva era maria. E cada pingo
de maria ensopava o meu domingo.
E meus ossos molhando, me deixava
como terra que a chuva lavra e lava.
E eu era todo barro, sem verdura...
maria, chuvosíssima criatura!
Ela chovia em mim, em cada gesto,
pensamento, desejo, sono, e o resto.
Era chuva fininha e chuva grossa,
Matinal e noturna, ativa... Nossa!
ANDRADE, C. D. Viola de bolso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1952 (fragmento).
Considerando-se a exploração das palavras “maria” e “chuvosíssima” no poema, conclui-se que tal recurso expressivo é um(a)
- Literatura | 5.1 Pré-Modernismo
Recordações do escrivão Isaías Caminha
Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa espécie de animal. O que observei neles, no tempo em que estive na redação do O Globo, foi o bastante para não os amar, nem os imitar. São em geral de uma lastimável limitação de ideias, cheios de fórmulas, de receitas, só capazes de colher fatos detalhados e impotentes para generalizar, curvados aos fortes e às ideias vencedoras, e [5] antigas, adstritos a um infantil fetichismo do estilo e guiados por conceitos obsoletos e um pueril e errôneo critério de beleza. Se me esforço por fazê-lo literário é para que ele possa ser lido, pois quero falar das minhas dores e dos meus sofrimentos ao espírito geral e no seu interesse, com a linguagem acessível a ele. É esse o meu propósito, o meu único propósito. Não nego que para isso tenha procurado modelos e normas. Procurei-os, confesso; e, agora mesmo, ao alcance [10] das mãos, tenho os autores que mais amo. (...) Confesso que os leio, que os estudo, que procuro descobrir nos grandes romancistas o segredo de fazer. Mas não é a ambição literária que me move ao procurar esse dom misterioso para animar e fazer viver estas pálidas Recordações.
Com elas, queria modificar a opinião dos meus concidadãos, obrigá-los a pensar de outro modo, a não se encherem de hostilidade e má vontade quando encontrarem na vida um rapaz como [15] eu e com os desejos que tinha há dez anos passados. Tento mostrar que são legítimos e, se não merecedores de apoio, pelo menos dignos de indiferença.
Entretanto, quantas dores, quantas angústias! Vivo aqui só, isto é, sem relações intelectuais de qualquer ordem. Cercam-me dois ou três bacharéis idiotas e um médico mezinheiro, repletos de orgulho de suas cartas que sabe Deus como tiraram. (...) Entretanto, se eu amanhã lhes fosse [20] falar neste livro - que espanto! que sarcasmo! que crítica desanimadora não fariam. Depois que se foi o doutor Graciliano, excepcionalmente simples e esquecido de sua carta apergaminhada, nada digo das minhas leituras, não falo das minhas lucubrações intelectuais a ninguém, e minha mulher, quando me demoro escrevendo pela noite afora, grita-me do quarto:
- Vem dormir, Isaías! Deixa esse relatório para amanhã!
[25] De forma que não tenho por onde aferir se as minhas Recordações preenchem o fim a que as destino; se a minha inabilidade literária está prejudicando completamente o seu pensamento.
Que tortura! E não é só isso: envergonho-me por esta ou aquela passagem em que me acho, em que me dispo em frente de desconhecidos, como uma mulher pública... Sofro assim de tantos modos, por causa desta obra, que julgo que esse mal-estar, com que às vezes acordo, vem dela, [30] unicamente dela. Quero abandoná-la; mas não posso absolutamente. De manhã, ao almoço, na coletoria, na botica, jantando, banhando-me, só penso nela. À noite, quando todos em casa se vão recolhendo, insensivelmente aproximo-me da mesa e escrevo furiosamente.
Estou no sexto capítulo e ainda não me preocupei em fazê-la pública, anunciar e arranjar um bom recebimento dos detentores da opinião nacional. Que ela tenha a sorte que merecer, mas que possa também, [35] amanhã ou daqui a séculos, despertar um escritor mais hábil que a refaça e que diga o que não pude nem soube dizer.
(...) Imagino como um escritor hábil não saberia dizer o que eu senti lá dentro. Eu que sofri e pensei não o sei narrar. Já por duas vezes, tentei escrever; mas, relendo a página, achei-a incolor, comum, e, sobretudo, pouco expressiva do que eu de fato tinha sentido.
LIMA BARRETO Recordações do escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2010
Na descrição de sua situação e de seus sentimentos, o narrador utiliza diversos recursos coesivos, dentre eles o da adição.
O fragmento do texto que exemplifica o recurso da adição está em:
- Geografia | 6.5 Indústria
A industrialização do Brasil é fenômeno recente e se processou de maneira bastante diversa daquela verificada nos Estados Unidos e na Inglaterra, sendo notáveis, entre outras características, a concentração industrial em São Paulo e a forte desigualdade de renda mantida ao longo do tempo.
Outra característica da industrialização brasileira foi
- Física | 4.4 Lentes e Visão
Entre os anos de 1028 e 1038, Alhazen (ibn al-Haytham 965-1040 d.C.) escreveu sua principal obra, o Livro da Óptica, que, com base em experimentos, explicava o exemplo, o funcionamento da câmara escura. O livro foi traduzido e incorporado aos conhecimentos científicos ocidentais pelos europeus. Na figura, retirada dessa obra, é representada a imagem invertida de edificações em um tecido utilizado como anteparo.
Se fizermos uma analogia entre a ilustração e o olho humano, o tecido corresponde ao(à)
- Língua Espanhola | 1. Interpretação de Textos
[1] La trascendencia del maíz en la cultura de este país es
destacada en el número 38 de la revista Arqueología Mexicana,
a partir de un extenso recorrido desde la época prehispánica
[4] hasta la fecha, que pasa por su historia, simbolismo, taxonomía,
especies y el arte culinario que de ese producto se deriva.
Según estudios presentes en esta edición, la
[7] composición genética del maíz cultivado proviene de una
especie silvestre conocida como teocinte. De hecho, se sabe
que la domesticación del maíz tuvo lugar en la región del río
[10] Balsas, en Guerrero, aunque no se ha establecido con precisión
cuándo ocurrió ni cuánto tomó ese proceso. Expertos señalan
que los maíces más antiguos han sido localizados en Tehuacán,
[13] Puebla, donde se encuentran especímenes con una antigüedad
de 3000 a.C., lo cual no significa que en ese momento se
descubrió la agricultura. De acuerdo con estas investigaciones,
[16] la domesticación convirtió al maíz en una planta apta para
proporcionar a los grupos humanos cantidades de granos
suficientes para alimentarse adecuadamente. A ello contribuye,
[19] desde luego, el descubrimiento milenario de los diferentes
modos de preparar los granos para sacarle el mayor provecho
a sus bondades nutritivas.
[22] En la época prehispánica, señala, fue tal su
importancia en la dieta que puede considerarse uno de los
factores que propiciaron el tránsito de sociedades nómadas de
[25] cazadores-recolectores a otras de agricultores sedentarios.
De hecho, del maíz derivaron gran parte de las características
económicas, sociales y religiosas de los pueblos
[28] mesoamericanos, apunta en ejemplar. Y es que, desde épocas
muy antiguas, el hombre estableció una íntima conexión con
esta planta, a la que veía como un don divino y con la que llegó
[31] a identificarse de tal manera que se pensaba creado de ese
grano maravilloso que le daba el sustento diario.
El lugar que el maíz ocupó entre las culturas
[34] prehispánicas rebasa el ámbito de la subsistencia, pues se
encontraba inmerso en las concepciones cosmológicas,
marcaba el ritmo de su cultivo y cosecha, la vida ritual y el
[37] desarrollo del resto de las actividades productivas. Además,
determinaba el momento en que habrían de realizarse prácticas
como la guerra o la construcción de monumentos públicos.
[40] Para estos últimos fines, se aprovechaban los tiempos en que
la mayoría de la población no se involucraba en el cultivo y la
cosecha del cereal.
[43] Respecto a la cantidad de platillos que llevan al maíz
como ingrediente hoy en día, resulta difícil dar una cifra
exacta. No obstante, para el destacado antropólogo Eusebio
[46] Dávalos Hurtado, esta cantidad se acerca al menos a 700
maneras en que se le consume en México.
Internet: (con adaptaciones).
Juzgue lo ítem de acuerdo con el texto.
El vocablo “platillos” (l.43) se refiere a piezas pequeñas de vajilla.