Explicaê

01

Considere o fragmento do texto do escritor e biólogo Mia Couto para responder:

A pergunta que nos leva a esse encontro é simples: O que nos leva à errância quando bem podíamos ficar quietos? Essa pergunta suscita outras perguntas. Algumas delas são próximas da minha área de saber [a Biologia]: Está o desejo da viagem inscrito nos nossos genes? Faz parte da nossa natureza?

Acredito que a essência do homem é não ter essência. Por isso, quando nos interrogamos sobre o gosto de deambular, as respostas devem ser encontradas na história. É nesse terreno que entenderemos a origem e o percurso desse gosto. Nesse terreno entenderemos o nosso tão antigo apetite pela viagem.

A nossa espécie foi nômade durante centenas de milhares de anos. [...]

Durante toda a infância e adolescência da nossa espécie, a nossa primordial vocação foi a caça. [...]

A caça não se resume ao ato de emboscada e captura. Implica ler sinais da paisagem, escutar silêncios, dominar linguagens e partilhar códigos. Implica aprender brincando como fazem os felinos, [...] implica o domínio da arte da surpresa e do jogo do faz de conta. Nós produzimos a caça, mas foi, sobretudo, a caça que nos fabricou como espécie criativa e imaginativa. Durante milênios apuramos uma cultura da exploração do ambiente, uma relação inquisitiva com o espaço. Durante milênios, a nossa casa foi um mundo sem moradia.

[...]

COUTO, Mia. “O incendiador de caminhos”. In: E se Obama fosse africano? São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

Na quinta linha, a locução conjuntiva “Por isso” estabelece uma relação de

Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.