Texto para a questão G, o delegado, foi quem procurou Dupin no início da tarde do dia 13 de julho. Mostrou-nos alguns jornais com reportagens sobre o crime e nos contou sobre os esforços da polícia e o quanto estava aborrecido por não conseguir solucionar o caso. Sua reputação e sua carreira como policial já estavam em jogo, de modo que se via obrigado a pedir ajuda a Dupin e sua talentosa mente para desvendar mistérios do mundo do crime. O delegado fez um acordo com Dupin e este aceitou a proposta de ajudar a polícia. Na manhã seguinte fui até a delegacia e obtive um relatório completo com as declarações feitas até o momento e percorri várias redações de jornais em busca dos números retroativos ao início da cobertura da imprensa a partir do momento em que o corpo de Marie Rogêt apareceu boiando no Sena. Se retirássemos todas as informações que necessitavam de provas, todos aqueles relatos se resumiriam aos seguintes fatos: Marie Rogêt saiu da casa de sua mãe, na Rua Pavée Saint-Andrée às nove horas da manhã de domingo, dia 22 de junho. Ao sair, informou ao senhor Jacques Saint-Eustache, e somente a ele, que era seu noivo, que pretendia passar o domingo na casa de uma tia que morava na Rua des Drômes, uma rua estreita e agitada, a cerca de três quilômetros da pensão de Madame Rogêt. [...] POE, Edgar Allan. O mistério de Marie Rogêt. São Paulo: Rideel, 2009.
Considerando a função do detetive em narrativas policiais, o personagem que parece assumir essa função no fragmento é