• Professor, leia com os alunos o texto a seguir.

DILEMAS MORAIS: O QUE VOCÊ FARIA? [...]  

Agora os dilemas morais estão virando objeto de estudo de cientistas. E, para alguns deles, talvez os filósofos tenham trabalhado em vão ao se esforçar tanto para montar teorias morais. É que, segundo novas pesquisas, raramente usamos a razão para decidir se devemos tomar uma atitude ou não. Analisando o cérebro de pessoas enquanto elas pensavam sobre dilemas, os pesquisadores perceberam que muitas vezes decidimos por facilidade, empatia ou mesmo nojo de alguma atitude. Duvida? [...]  

OS LIMITES DA PROMESSA  

Um amigo quer lhe contar um segredo e pede que você prometa não contar a ninguém. Você dá sua palavra. Ele conta que atropelou um pedestre e, por isso, vai se refugiar na casa de uma prima. Quando a polícia o procura querendo saber do amigo, o que você faz?  

(  ) Conta à polícia  

(  ) Não conta à polícia  

O antropólogo holandês Fonz Trompenaars realizou pesquisas em diversos países com dilemas como esse. O mais interessante é que as respostas variaram de acordo com o povo. A maioria dos russos acusaria o amigo na lata. Outros mentiriam para protegê-lo, dando dicas ambíguas à polícia, como os americanos. Já os brasileiros inventariam histórias malucas para dizer que a culpa não era do amigo, mas do pedestre [...]  

Os gregos antigos já tinham consciência de que cada cultura tem noções diferentes sobre o que é certo ou errado: diziam que havia tantas morais quanto povos no mundo. A princípio, saber que a moral muda de acordo com a cultura é importante para não julgarmos costumes de um povo como se fossem os nossos, descobrindo suas razões particulares. Foi o que propôs o antropólogo Franz Boas (1858-1942), considerado o pai do relativismo cultural – a ideia de que nenhuma cultura é melhor que outra. Mas, quando duas culturas diferentes se chocam, surgem dilemas morais ainda mais difíceis [...]  

Disponível em: <http://super.abril.com.br/cultura/dilemas-morais-o-que-voce-faria/>. Acesso em: 6 fev. 2017.  

• Para este dilema, o holandês Fonz Trompenaars encontrou formas de condutas diferentes, de acordo com uma maioria de pessoas pesquisadas em cada país. Solicite aos alunos:

• a análise sobre o que leram, uma resposta individual para o dilema apresentado no texto e o registro das atividades.

• Estimule o debate e pergunte aos alunos:

• Vocês seguiram uma das tendências de ações detectadas pela pesquisa: dos russos, dos americanos ou dos brasileiros? Qual? Requisite as justificativas para as escolhas.

• A forma de conduta dos brasileiros, apresentada pela pesquisa, reflete a corrupção em nosso país? Requisite as justificativas para as respostas.

• Como a corrupção surge na sociedade?

• Solicite uma análise da charge e a resposta para a pergunta.

• O que a charge lhe comunica?

• Organize a turma em grupos e requisite a criação de dilemas morais fundamentados nas situações do cotidiano escolar.

Disponível em: <https://goo.gl/CT5iHO>. Acesso em: 6 fev. 2017.