Materiais:

• Imagens apresentadas no item 05 do Desenvolvimento ampliadas, coloridas em fotocópias no tamanho A4 e montadas sobre colorset preto com margem de 7 cm
• Papel sulfite branco ou papel canson ou cartolina no tamanho A4 - um para cada aluno
• Canetinhas e lápis de cor coloridos
• Lápis de desenho HB e borracha
• Cola e tesoura
• Imagens da página 21 do Livro de Arte fotocopiadas e ampliadas para o tamanho A4 - uma fotocópia para cada aluno

  Desenvolvimento:  

  1 - Para início de conversa, é preciso compreender que já não seria, na Contemporaneidade, adequado classificar com distinção a Arte Africana da Arte Ocidental. Em tempos de comunicação e tecnologia, bem como numa investigação rápida sobre a Arte Contemporânea no continente africano, veremos que o que existe hoje por lá é arte Contemporânea como em qualquer outro lugar do mundo. Quando pensamos, então, na Arte Africana, temos que ter em mente o caráter histórico, temporal. No caso do livro de Arte, temos exemplos claros da Arte Africana pré-colonialista, ou seja, aquela produzida antes do século XIX. Considero esclarecedor o texto contido no seguinte endereço eletrônico no qual diferentes autores comentam sobre as questões relacionadas à Arte Africana: http://www.forumpermanente.org/event_pres/encontros/i-encontro-afro-atlantico/relatos/mesa-redonda-arte-africana-e-o-conceito-de-arte. Acesso em: set. 2013.  

  2 - Este posicionamento teórico terá grande influência sobre os alunos, pois é preciso trazer a África para o "mundo real" e deslocá-la de seu sentido puramente etnocêntrico. É claro que a tradição cultural de um povo influencia a configuração de sua arte, mas é preciso ter cuidado para, sob este único prisma, não incorrer no rótulo - o que restringe muito a percepção do que as coisas realmente são.  

  3 - O que acontecerá no modernismo em relação à África é o que acontece quando passamos a conhecer melhor alguém sobre quem ouvíamos apenas falar. Após a falência do tráfico negreiro, assistimos a um neocolonialismo do continente africano pelos europeus e que só chegará ao fim em meados do século XX. É em meio a este cenário de exploração e intensos estudos sociológicos e culturais que os artefatos africanos chegarão aos países europeus, revestidos de exotismo e espanto.  

  4 - Os artistas modernistas sentirão forte atração por este novo modelo estético, completamente diferenciado daqueles cuja herança edificou a arte europeia. Picasso, assim como outros artistas no período, tem grande interesse por colecionar objetos africanos, sobretudo máscaras, e compreender o que eles têm a dizer para sua própria produção artística. Se quiser, leia mais em: AJZENBERG, Elza; MUNANG, Kabengele. Arte Moderna e o Impulso criador da Arte Africana. Disponível em:  http://www.pesquisaemdebate.net/docs/pesquisaEmDebate_9/artigo_4.pdf. Acesso em: set. 2013.  

  5 - Veja alguns estudos de Picasso:  

  Disponível em: http://aartemoderna.blogspot.com.br/2006/04/arte-africana.html. Acesso em: set. 2013.  

    Disponível em: http://artescolapublica.blogspot.com.br/2013/03/pablo-picasso.html. Acesso em: set. 2013.  

  Disponível em: https://plus.google.com/102925180288953856069/posts. Acesso em: set. 2013.  

  6 - Na página 21 do Livro de Arte, vocês encontram várias imagens relacionadas à cultura Africana.  

  7 - Após apresentar aos alunos os conceitos e as imagens disponibilizados nesta atividade, convide-os a realizar desenhos a partir das imagens da página 21. Para isso, entregue a cada um a fotocópia ampliada das mesmas.  

  8 - Divida a turma em grupos de, no máximo, quatro alunos. O trabalho criativo do grupo poderá ser inspirador individualmente.  

  9 - Colorir, trabalhar a contra-forma (fundo) e realizar uma bela exposição dos trabalhos montados sobre cartolina branca com margem de 7 cm.  

 10 - Se for considerado interessante, pode-se subdividir o papel a ser desenhado em dois, criando a mesma relação que existe nos exemplos aqui apresentados dos esboços de Picasso: de um lado a referência africana e, do outro, a imagem criada pelo aluno.