Para a advogada [Silvia Gandelman], que já atuou em diversos processos da área musical, essa discussão é "filosófica" e não deve ter lugar em um tribunal. "Zeca fez uma análise sociológica, e as pessoas entenderam como se ele estivesse diminuindo o valor do rapaz. A discussão sobre o que é música de qualidade existe desde que o mundo é mundo. [...] Mas, do meu ponto de vista, não foi calúnia, ofensa ou desonra o que Zeca falou", completou.
Texto II:
O jornalista Zuza Homem de Mello, um dos mais respeitados críticos de música do Brasil, não acha que Zeca tenha difamado Cristiano Araújo. "É semelhante com o que aconteceu quando quiseram proibir as biografias. O biografado tem o direito de protestar e de entrar na Justiça, mas se o jornalista criticou a obra, sua opinião também tem que ser respeitada", explicou.
Texto III:
Já o crítico de música Arthur Dapieve contou que processar um jornalista por conta da opinião dele em relação a uma obra é não entender a função do crítico e tomar o texto dele como algo pessoal. "O crítico tem que ser fiel ao seu background, ao seu sentimento. O crítico não está aí para gostar de tudo. Mesmo dentro do segmento do sertanejo universitário, existem bandas que são boas e ruins", disse.
Disponível em: <http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2015/07/23/criticos-comentam-processo-de-pai-de-cristiano-araujo-contra-zeca-camargo.htm>. Acesso em: 17 out. 2015.
Os textos anteriores são trechos de entrevistas de dois renomados críticos musicais brasileiros e de uma advogada. Eles opinavam a respeito do processo judicial que sofreu o jornalista Zeca Camargo, devido a um pronunciamento feito por ocasião da morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo.
As opiniões dos entrevistados apresentam convergência, pois eles