Materiais:
- Argila ou biscuit
- Tinta guache Acrilex branca, verde e marrom
- Barbante
- Palito (para efetuar desenho sobre a massa)
- Xerox coloridos dos muiraquitãs
Desenvolvimento:
1 - A Lenda do Muiraquitã (amuleto confeccionado em jadeíte, nefrite, ardósia, diorite, estratite ou pedra-cristal), mais de que qualquer outra da região amazônica, se destaca pelo fascínio, pelo mistério e pela controvérsia que envolvem o mineral do qual é comumente feito (jade) e a versão principal de sua origem (da legendária tribo das Amazonas), evocando questionamentos entre arqueólogos, historiadores e colecionadores. O artefato possui formas variadas: cilíndricas, antropomórficas e zoomórficas, sendo os mais afamados os de cor verde (jade) e de forma batraquiana (sapo). Mas o Muiraquitã também pode ser encontrado em cores de azeitona, leitosa ou escura, dependendo do material empregado em sua confecção, todos com atributos mágicos e terapêuticos, atraindo sorte a seus detentores e curando doenças pelo uso do talismã. A fama e o exotismo do amuleto o tornaram cobiçado desde os primórdios da colonização da Amazônia, nos séculos XVII e XVIII, quando foram encontrados pela primeira vez nas proximidades dos rios Nhamundá e Tapajós.


Segundo a lenda mais comum, os verdadeiros Muiraquitãs são filhos da Lua retirados do fundo de um imaginário lago denominado Espelho da Lua, Iaci-uaruá, na proximidade das nascentes do rio Nhamundá, perto do qual habitavam as índias Icamiabas, nação das legendárias mulheres guerreiras que os europeus chamaram de Amazonas (mulheres sem marido). O lago era consagrado à Lua, pelas Icamiabas, onde anualmente realizavam a Festa de Iaci, divindade mãe do Muiraquitã, que lhe oferecia o precioso amuleto retirado do leito lacustre. A festa durava vários dias, durante os quais as mulheres recebiam índios da aldeia dos Guacaris, tribo mais próxima das Icamiabas, com os quais mantinham relações sexuais e procriavam. A lenda também diz que, se dessa união nascessem filhos masculinos, estes seriam sacrificados, deixando sobreviver somente os de sexo feminino. Depois do acasalamento, pouco antes da meia-noite, com as águas serenas e a Lua refletida no lago, as índias nele mergulhavam até o fundo para receber de Iaci os preciosos talismãs, com a configuração que desejavam, recebendo-os ainda moles, petrificando-se em contato com o ar, logo após saírem d’água. Então os presenteavam aos Guacaris com os quais se acasalavam, o que os faria serem bem recebidos onde os exibissem, além de dotar outros poderes mágicos ao amuleto.
2 - Narrar para os alunos a lenda dos Muiraquitãs e anunciar a confecção de um muiraquitã.
3 - Distribuir os materiais para que cada criança modele o seu muiraquitã.
4 – É importante incrustar na massa ainda molhada o barbante que servirá como o colar de sustentação.
5 - Depois de secar a massa, dar uma demão de tinta branca sobre todo o objeto. Deixar secar e só depois pintá-lo de verde acrescentando pequenos detalhes em marrom.
6 - O barbante também poderá ser pintado na mesma cor do muiraquitã ou em cores contrastantes.
Referências:
www.abrasoffa.org.br/folclore/lendas/muiraquita.htm
Observações:
1 - Se julgar conveniente, um desdobramento desta atividade pode oportunizar aos alunos criar um amuleto de forma livre, utilizando os mesmos materiais.