Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão.
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio.
São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37)
A escravidão, com características diferenciadas, também existiu na Roma Antiga, onde, a partir do século IV a.C., houve a
Questões relacionadas
- Biologia | 12.2 Cadeia e Teias Alimentares, Pirâmides e Energia
(UEMG) “Pois viver deveria ser — até o último pensamento e derradeiro olhar — transformar-se.” (Lya Luft)
Interpretada no sentido biológico, a autora pode estar
- Língua Portuguesa | B. Pontuação
(IMED) Adiante seguiu a Justiça
Maria Berenice Dias
Durante séculos, ninguém 1titubeava em responder: família, só tem uma – a 2constituída pelos sagrados laços do matrimônio. Aos noivos era imposta a obrigação de se multiplicarem até a morte, mesmo na tristeza, na pobreza e na doença. Tanto que se falava em débito conjugal.
Esse modelito se manteve, ao menos na 3aparência, 4_____ expensas da integridade física e psíquica das mulheres, que se mantinham dentro de casamentos 5esfacelados, pois assim exigia a sociedade. Tanto que o casamento era indissolúvel. As pessoas até podiam se desquitar6, mas não podiam se casar de novo. Caso encontrassem um par, 7tornavam-se 8concubinos e alvos de punições.
As mudanças foram muitas: vagarosas, mas significativas. As causas9, incontáveis. No entanto, o resultado foi um 10só. O conceito de família mudou, se esgarçou. O casamento perdeu a sacralidade e permanecer dentro dele deixou de ser uma imposição social e uma obrigação legal.
Veio o 11divórcio. Antes, porém, o 12purgatório da separação, que exigia que se identificassem causas, 13punindo-se os culpados. A liberdade total de casar e descasar chegou somente no ano de 2006.
A lei regulamentava exclusivamente o casamento. Punia com o silêncio toda e qualquer modalidade de estruturas familiares que se afastasse do modelo “oficial”.
E foi assumindo a responsabilidade de julgar que os 14juízes começaram a alargar o conceito de família. As mudanças chegaram 15_____ Constituição Federal, que enlaçou no conceito de família, outorgando-lhes especial proteção, outras estruturas de convívio. Além do casamento, trouxe, de forma exemplificativa, a união estável entre um homem e uma mulher e a chamada família parental: um dos pais e seus filhos.
Adiante ainda seguiu a Justiça. Reconheceu que o rol constitucional não é exaustivo, e continuou a reconhecer como família outras estruturas familiares. Assim as famílias anaparentais, constituídas somente pelos filhos, sem a presença dos pais; as famílias parentais, decorrentes do convívio de pessoas com vínculo de parentesco; bem como as famílias homoafetivas, que são as formadas por pessoas do mesmo sexo.
O reconhecimento da homoafetividade como união estável foi levado 16_____ efeito pelo Supremo Tribunal Federal no ano de 2011, em decisão unânime e histórica. Agora esta é a realidade: 17homossexuais casam18, têm filhos19, ou seja20, podem constituir família.
Ativismo judicial? Não, interpretação da Carta Constitucional segundo um punhado de princípios fundamentais. É a Justiça cumprindo o seu papel de fazer justiça, mesmo diante da lacuna legal.
Da inércia, passou o Legislativo21, dominado por autointitulados profetas religiosos22, a reagir.
Não foi outro o intuito do Estatuto da Família, que acaba de ser aprovado pela comissão especial na Câmara dos Deputados (PL 6.583/2013). 23Tentar limitar o conceito de família à união entre um homem e uma mulher, além de 24afrontar todos os princípios fundantes do Estado, impõe um retrocesso social que irá retirar direitos de todos aqueles que não se encaixam neste conceito limitante e limitado.
Mas 25_____ mais. Proceder ao cadastramento das entidades familiares e criar Conselhos da Família é das formas mais perversas de excluir direito à saúde, à assistência psicossocial, à segurança pública, que são asseguradas somente às entidades familiares reconhecidas como tal. Limitar acesso à Defensoria Pública e à tramitação prioritária dos processos à entidade familiar definida na lei, às claras tem caráter punitivo.
O conceito de família mudou. E onde procurar a sua definição atual? Talvez na frase piegas de Saint-Exupéry: na responsabilidade decorrente do afeto.
(Fonte: Zero Hora, Caderno PrOA, 27-09-2015 – Adaptação)
Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao uso de vírgulas no texto.
- Biologia | 13.6 Herança Sanguínea
No lóco referente ao sistema sanguíneo ABO, há três formas, normalmente representadas por IA, IB e i. Da combinação dessas formas há seis genótipos possíveis na população humana.
Com relação a esse sistema sanguíneo foram feitas cinco afirmações. Assinale a única INCORRETA.
- Língua Portuguesa | 1. Interpretação de Textos
(ESCOLA NAVAL) Sobre o mar e o navio
Na guerra naval, existem ainda algumas peculiaridades que merecem ser abordadas.
Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o mar. Diferente, em linhas gerais, dos teatros de operações terrestres, o mar não tem limites, não tem fronteiras definidas, a não ser nas proximidades dos litorais, nos estreitos, nas baías e enseadas.
Em uma batalha em mar aberto, certamente, poderão ser empregadas manobras táticas diversas dos engajamentos efetuados em área marítima restrita. Nelas, as forças navais podem se valer das características geográficas locais, como fez o comandante naval grego Temístocles, em 480 a.C. ao atrair as forças persas para a baía de Salamina, onde pôde proteger os flancos de sua formatura, evitando o envolvimento pela força naval numericamente superior dos invasores persas.
As condições meteorológicas são outros fatores que também afetam, muitas vezes de forma drástica, as operações nos teatros marítimos. O mar grosso, os vendavais, ou mesmo as longas calmarias, especialmente na era da vela, são responsáveis por grandes transtornos ao governo dos navios, dificultando fainas e manobras e, não poucas vezes, interferindo nos resultados das ações navais ou mesmo impedindo o engajamento. É oportuno relembrar que o vento e a força do mar destruíram as esquadras persa (490 a.C.), mongol (1281) e a incrível Armada Espanhola (1588), salvando respectivamente a Grécia, o Japão (que denominou de kamikaze o vento divino salvador) e a Inglaterra daqueles invasores vindos do mar.
O cenário marítimo também é o responsável pela causa mortis da maioria dos tripulantes dos navios afundados nas batalhas navais, cujas baixas por afogamento são certamente mais numerosas do que as causadas pelos ferimentos dos impactos dos projéteis, dos estilhaços e dos abalroamentos. Em maio de 1941, o cruzador de batalha britânico HMS Hood, atingido pelo fogo da artilharia do Bismarck, afundou, em poucos minutos, levando para o fundo cerca de tripulantes, dos quais apenas três sobreviveram.
Aliás, o instante do afundamento de um navio é um momento crucial para a sobrevivência daqueles tripulantes que conseguem saltar ou são jogados ao mar, pois o efeito da sucção pode arrastar para o fundo os tripulantes que estiverem nas proximidades do navio no momento da submersão. Por sua vez, os náufragos podem permanecer dias, semanas, em suas balsas à deriva, em um mar batido pela ação dos ventos, continuamente borrifadas pelas águas salgadas, sofrendo o calor tropical escaldante ou o frio intenso das altas latitudes, como nos mares Ártico, do Norte ou Báltico, cujas baixas temperaturas dos tempos invernais limitam cabalmente o tempo de permanência n’água dos náufragos, tornando fundamental para a sua sobrevivência a rapidez do socorro prestado.
O navio também é um engenho de guerra singular. Ao mesmo tempo morada e local de trabalho do marinheiro, graças à sua mobilidade, tem a capacidade de conduzir homens e armas até o cenário da guerra. Plataforma bélica plena e integral, engaja batalhas, sofre derrotas, naufraga ou conquista vitórias, tornando-se quase sempre objeto inesquecível da história de sua marinha e país.
CESAR, William Carmo. Sobre o mar e o navio. In: __________. Uma história das Guerras Navais:
o desenvolvimento tecnológico das belonaves e o emprego do Poder Naval ao longo dos tempos.
Rio de Janeiro: FEMAR, 2013. p. 396-398
Leia o trecho a seguir:
“[...] como fez o comandante naval Temístocles, em 480 a.C. ao atrair as forças persas para a baía de Salamina [...]” (3º parágrafo)
De acordo com a orientação argumentativa do texto, assinale a opção em que o significado discursivo da palavra destacada acima está correto:
- Matemática | 2.1 Conjuntos
Em uma enquete, com 500 estudantes, sobre a preferência de cada um com três tipos diferentes de sucos (laranja, manga e acerola), chegou-se ao seguinte resultado: 300 estudantes gostam do suco de laranja; 200 gostam do suco de manga; 150 gostam do suco de acerola; 75 gostam dos sucos de laranja e acerola; 100 gostam dos sucos de laranja e manga; 10 gostam dos três sucos e 65 não gostam de nenhum dos três sucos.
O número de alunos que gosta dos sucos de manga e acerola é: