Leia o texto a seguir para responder.
O gênero textual apresentado, de acordo com a sua organização, com as partes que o compõem, o conteúdo, a finalidade e a linguagem, classifica-se como
Questões relacionadas
- Física | 2.3 Trabalho, Potência e Energia
Para irrigar sua plantação, um produtor rural construiu um reservatório a 20 metros de altura a partir da barragem de onde será bombeada a água. Para alimentar o motor elétrico das bombas, ele instalou um painel fotovoltaico. A potência do painel varia de acordo com a incidência solar, chegando a um valor de pico de 80 W ao meio-dia. Porém, entre as 11 horas e 30 minutos e as 12 horas e 30 minutos, disponibiliza uma potência média de 50 W. Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2 e uma eficiência de transferência energética de 100%.
Qual é o volume de água, em litros, bombeado para o reservatório no intervalo de tempo citado?
- Biologia | 4.3 Metabolismo Energético
(UNIT) A equação geral de um importante processo bioenergético está representada na ilustração a seguir.
A partir dos conhecimentos atuais a respeito desse tipo de processo de conversão de energia, é correto afirmar:
- Língua Portuguesa | 1. Interpretação de Textos
Leia o trecho do conto "Pai contra mãe", de Machado de Assis (1839-1908), para responder à(s) questão(ões).
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: "gratificar-se-á generosamente" – ou "receberá uma boa gratificação". Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.
Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.
(Contos: uma antologia, 1998.)
No último parágrafo, "pôr ordem à desordem" significa o:
- Física | 4.4 Lentes e Visão
(FUVEST) Uma pessoa observa uma vela através de uma lente de vidro biconvexa, como representado na figura.
Considere que a vela está posicionada entre a lente e o seu ponto focal f. Nesta condição, a imagem observada pela pessoa é
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Elegância 1, racismo 0
O paradoxo costuma rondar sistemas democráticos. Até que ponto se pode tolerar a intolerância, ser liberal com quem pretende demolir as liberdades, assegurar os direitos dos que não os reconhecem?
Em alguns casos, a dúvida se resolve facilmente. Criminaliza-se a tentativa de derrubar pela força um governo legítimo. Atentados terroristas recebem sanções severas, não importando a fundamentação política que possam ter.
Nos chamados crimes de opinião, todavia, o debate se toma mais complexo. Poucas coisas são mais repugnantes e estúpidas do que o preconceito racial, e têm sido frequentes manifestações desse tipo nos estádios de futebol.
Do Reino Unido ao Peru, do Japão ao Brasil, registram-se atos de insulto a jogadores afrodescendentes por parte de alguns (ou muitos) torcedores que estão prontos a aplaudir o jogador negro ou mulato quando estes fazem gols para seus times de dileção.
Várias iniciativas se tomam para punir os responsáveis. Uma equipe peruana foi condenada a pagar multa (meros US$ 12 mil) depois de seus torcedores terem emitido gritos de "macaco" para agredir o jogador Tinga, do Cruzeiro. No Brasil, um time gaúcho perdeu nove pontos e foi rebaixado pelo fato de seus fãs terem atirado bananas contra um árbitro.
A questão é saber se punições como essas cumprem um papel determinante, pedagógico e civilizatório, no sentido de modificar a mentalidade do torcedor racista.
A repressão a um sentimento, por mais odioso que seja, não o desarma. Pode-se desencorajar, pela lei, certos comportamentos que o manifestem de forma explícita. Seu fundo de ressentimento e destrutividade permanece e pode até fermentar, depois de recalcado.
Não poderia ser mais educativa — no que teve de superioridade, humor e indiferença — a reação do brasileiro Daniel Alves, que soberanamente comeu a banana que lhe fora atirada.
Uma agência publicitária tomou daí a inspiração, a pedido do atacante Neymar, também hostilizado nos campos espanhóis, para campanha contra o racismo.
“Somos todos macacos”, diz o slogan, obtendo a adesão de inúmeras celebridades. Torna- -se moda, nas redes sociais, divulgar fotos com a fruta em mãos; o insulto se neutraliza, o agressor se desconcerta, o símbolo inverte o sentido.
É no campo das formas de expressão que o embate se leva a efeito. Gesto contra gesto, solidariedade contra particularismo, ironia contra estupidez: ainda que essa luta jamais tenha fim, é bom que seu lado mais inteligente tenha, também, as armas mais inteligentes a seu dispor.
Folha de S.Paulo. Opinião. 1º maio 2014, p. A2.
Assinale a alternativa que resume o tema central do editorial.