A obra  Lindonéia – a Gioconda dos subúrbios (1966), do

A obra Lindonéia – a Gioconda dos subúrbios (1966), do artista filiado à Pop Arte brasileira Rubens Gerchman, apresenta o retrato de uma moça chamada Lindonéia, cercado por uma moldura enfeitada e pelos dizeres “Um amor impossível” e “A bela Lindonéia de 18 anos morreu imediatamente”, possivelmente uma referência ao sensacionalismo com que os jornais tratam o feminicídio e a violência de gênero, comuns no país. art_003 GERCHMAN, Rubens. Lindonéia – a Gioconda do subúrbio, 1966. Vidro, colagem e metal sobre madeira. 60 x 60 cm. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://vamosfalar-jornalismocultural.blogspot.com.br/2015/08/lindoneia-ou-o-dia-em-que-um-texto-meu.html> Acesso em: 1 ago. 2018. Inspirados nessa obra, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Rogério Duprat compuseram a canção Lindonéia, cantada por Nara Leão e gravada no álbum-marco do movimento Tropicalista, Tropicália, ou Panis et Circensis, de 1968 . Leia abaixo parte da letra da canção: Na frente do espelho Sem que ninguém a visse Miss Linda, feia Lindonéia desaparecida Despedaçados Atropelados Cachorros mortos nas ruas Policiais vigiando O sol batendo nas frutas Sangrando Oh, meu amor A solidão vai me matar de dor

Com base nos dados supracitados e em seus conhecimentos, podemos afirmar que:

os trechos “Lindonéia desaparecida” e “policiais vigiando” apontam para a repressão política e a violência policial, características da ditadura militar no Brasil.

a canção exalta a próspera vida dos brasileiros de baixa renda durante o período do Milagre Econômico.

a música buscou expressar, de maneira fiel, a pintura “ Lindonéia – a Gioconda do subúrbio”, especialmente ao se organizar conforme as ideias do Renascimento Italiano.

tanto a pintura quanto a música são uma manifestação de negação da violência de gênero porque ambas enfatizam que isso ocorre em casos isolados.

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