Texto base: Leia os textos a seguir. Texto 1 “A independência foi feita pelos grupos dominantes da sociedade, os grandes proprietários rurais e grandes comerciantes. Não houve participação popular decisória no processo. A ideia de realizar a independência com o apoio de príncipe e a exclusão das camadas inferiores da sociedade foi decorrência natural da formação social brasileira. Havia o temor da elite ilustrada, diante da perspectiva de conquistas pelas massas populares. Essas massas [...] constituíam-se de escravos e trabalhadores livres totalmente desamparados. [...]Dessa forma, a absorção do liberalismo no Brasil limitou-se à liquidação dos laços coloniais. A escravidão era intocável. Conciliava-se a ruptura do pacto colonial com a preservação do escravismo”. RIBEIRO JÚNIOR, José. A independência do Brasil. São Paulo: Global, 1983. p. 54 Texto 2 “[...] a ênfase na atuação das elites acabou por dificultar a compreensão [...] das múltiplas facetas da sociedade colonial. Complexa, essa sociedade era constituída não só por proprietários enriquecidos e por escravos, mas também por setores sociais diferenciados, como pequenos e médios produtores rurais, artesãos, comerciantes e um enorme [...] contingente de homens livres vivendo sob condições diversas. É grave imaginar que essas pessoas estavam à margem da política [...]Naquela época, pequenos proprietários e homens livres, pobres ou remediados, foram interlocutores ativos nas lutas políticas que promoveram a criação de um governo no Brasil. Além disso, sua participação foi decisiva na definição do direito de cidadania e no estabelecimento, pela Constituição de 1824, de uma clara separação entre cidadãos e escravos”. OLIVEIRA, Cecilia Helena Salles. A independência e a construção do império. São Paulo: Atual, 1995. p. 2
Enunciado:
Os textos revelam aspectos referentes ao processo histórico que culminou na declaração de independência do Brasil com relação a Portugal em 1822. A comparação das análises dos argumentos dos dois historiadores