9. Arte que nos cerca
Materiais:
- Objetos do cotidiano;
- Cartolina;
- Canetinhas;
- Revistas para recortar.
Atividade:
O artista mineiro Paulo Nazareth é hoje um dos grandes nomes da arte contemporânea. Ao ser convidado para a maior feira de arte do mundo, em Miami, resolveu criar um percurso diferente: foi a pé e de carona até lá. Chegou aos Estados Unidos pela fronteira do México. Seu trabalho para a feira foi ainda mais curioso, uma Kombi antiga repleta de bananas. Em seu pescoço, um cartaz com o seguinte escrito: "Não se esqueçam de mim quando eu for um nome importante".
Vamos analisar essa obra um pouco:
A Kombi velha, em desuso, enferrujada estava em um dos maiores polos automobilística do mundo. Sua carga, bananas, é o produto que os Estados Unidos mais exploraram nos países vizinhos e é uma de nossas riquezas naturais do Brasil em abundância. Paulo, com seu próprio corpo, descendente de índio e negros, é uma figura por si só interessante. Sua nacionalidade e a ironia na frase apresentada, além dos materiais que utiliza para a obra, são uma crítica à visão que grande parte do mundo tem de nosso país: que somos atrasados, exóticos, primitivos.
Você concorda com essa visão? Como poderíamos levar a imagem de nosso cotidiano para uma feira de arte no exterior?
A turma deve ser organizada em duplas e cada dupla deve responder essas questões, ilustrando como iriam representar o Brasil em uma feira de arte no exterior.
Exponham os cartazes e façam um debate.
Paulo Nazareth. Disponível em: < http://www.40forever.com.br/wp-content/uploads/2011/12/Image-93-1024x768.jpg>. Acesso 04 nov. 2014.