Um mundo como a Terra Por Ulisses Capozzoli O anúncio um tanto bombástico da identificação de um planeta com características próximas às da Terra na sexta-feira passada (18/04/14), orbitando uma estrela anã vermelha a 490 anos-luz do Sistema Solar, é compreensível quanto à possibilidade de que mundos como o nosso possam ser abundantes no corpo da Galáxia, a Via Láctea e em outros “universos-ilha”, para usar a expressão de Kant, espalhados por todo o Universo. Mas, considerada por outros aspectos, soa algo literalmente inalcançável, uma espécie de “paraíso perdido”, agora para tomar de empréstimo o título de uma obra do poeta inglês John Milton. Kepler 186f, uma espécie de primo distante da Terra, foi identificado pelo telescópio espacial Kepler, atualmente fora de operação por um defeito em seu delicado sistema de apontamento. Astrônomos planetários identificaram o planeta analisando os dados coletados pelo Kepler pelo processo de trânsito planetário. Imagine o farol de seu carro numa noite escura e que subitamente um inseto do porte de uma pulga cruze na frente dele. Você, obviamente, não se dará conta disso. Mas um sistema sofisticado de detecção na variação na quantidade de luz emitida pelo farol de seu veículo (nesta analogia o Sol que abriga um planeta em sua órbita) seria capaz de identificar as dimensões do corpo da pulga, ainda que fosse incapaz de determinar sua massa. Ao menos desde 1992, quando foi identificado o primeiro planeta extrassolar, ou seja, o primeiro planeta fora do reino do Sol, astrônomos planetários buscam um mundo do porte e características da Terra, na esperança de responder uma pergunta ancestral: se somos a única inteligência do Cosmos. Evidentemente que a última frase do parágrafo anterior pressupõe vida, e vida inteligente, como concebemos à imagem de nossa própria existência, e esse já é um reducionismo capaz de arruinar completamente um raciocínio mais amplo e complexo. De qualquer maneira, de alguma forma procuramos nossa própria imagem em outros mundos e, na essência, sonhamos com a possibilidade de indagar a prováveis outras criaturas sobre questões que nos são fundamentais e para as quais ainda não obtivemos respostas satisfatórias. Disponível em: http://blogdasciam.blog.uol.com.br. Acesso em 05/03/2018 (adaptado)
Enunciado:
Sabe-se que a transitividade do verbo é que indica a classificação do objeto, e não o contrário. Assinale a alternativa em que o termo destacado é classificado como objeto direto preposicionado.