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Questões relacionadas
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.01 Texto narrativo
TROCA DE CARTAS
- Mãe, você vai passar perto de alguma caixa de correio?
- Não sei. Por quê?
- Eu queria que você colocasse essas cartas na caixa.
- Deixa comigo. Quando passar perto de alguma caixa, eu coloco. Pra quem são as cartas?
- Não precisa saber...
- Mistérios... Você diz que odeia escrever...
- Carta pra amigo é diferente...
Até que era mesmo. Renatinho não gostava de escrever e isso era bem verdade, principalmente as tarefas da escola. Era tudo uma grande chatice, segundo ele. Mas escrever cartas para os amigos era coisa de que ele gostava. Principalmente para os amigos de Vila Nova, a cidade onde passava boa parte das férias, na casa de amigos de infância dos seus pais. Escrever para os amigos de Vila Nova permitia que ele fosse lembrando os bons momentos que vivia quando estava lá a passeio e que imaginasse as novas delícias das próximas férias. Então, lá vai carta para o Duda, para o Pé de Ferro, para o Wilsinho, para o Zé Louquinho. Era tudo amigo, amigo homem. Não escrevia para as meninas porque nenhuma delas dava o endereço nem perguntava se ele queria escrever. A única foi a Marília, justo ela, que havia dado o endereço e pedido que ele escrevesse.
As cartas que ele escrevera eram para o Duda e para a Marília.
A carta para a Marília ficara um pouco desajeitada. Ele não tinha costume de escrever para meninas, não sabia direito o que escrever, como puxar assunto, como falar certas coisas. Era a primeira carta que ele escrevia para uma menina. Claro, era para uma menina especial, uma menina que ele guardava no canto dos olhos, no fundo do coração, na ponta da língua. Só o Duda sabia que ele tinha umas coisas diferentes com a Marília. Umas coisas que ele também não sabia direito o que eram, mas que tinha, tinha. Então, escrever para ela fora uma mistura gostosa de saudade, lembranças, esperança. Tudo misturado, e não deu para escrever mais do que umas oito linhas, tipo “oi, tudo bem? Você passou de ano ou ficou de recuperação?”, e nada mais. Engraçado, tanta coisa na vontade de querer falar para ela, e tão pouca coisa no papel.
A carta para o Duda foi mais gorda, mais desengonçada, mais cheia de coisas para contar, perguntar, desejar... Na verdade, como o Duda era o seu amigo mais amigo de Vila Nova, acabava sendo o seu maior escutador. Então, a carta para o Duda foi escrita com as coisas que o Renatinho gostaria de ter escrito para a Marília, pensando em quantas vezes ele tinha visto e conversado com ela, lembrando das pequenas coisas que ela dera para ele, um papel de bala, um palito de sorvete com o nome dela escrito... De vez em quando saía alguma frase pequena para o Duda, como “Você é meu amigão e só você sabe dessas coisas...”, e nada mais que isso. Continuava falando dela, pensando nela, imaginando suas novas férias com ela por perto. Era só Marília, no começo, no meio e no fim. No fim, no meio, no começo. E encerrou a carta pedindo ao amigo que o ajudasse a ficar com ela durante as férias. Depois que ele escreveu a carta para o Duda, releu-a, suspirou e ficou pensando que logo estaria curtindo dias deliciosos.
O tempo passou um pouco mais e apenas dois dias o separavam da viagem para Vila Nova com os pais e as duas irmãs. Já era hora de arrumar as malas e preparar o espírito para o passeio. Arrumou, mexeu, separou, pegou, olhou. Coisa vai, coisa vem, as mãos do Renatinho encontraram no meio das suas coisas uma das cartas que havia escrito e pedido para a mãe colocar na caixa do correio. Era a carta escrita para o Duda.
Reclamou com a mãe.
- Pô, mãe, pedi para você colocar aquelas cartas no correio...
- E eu coloquei...
- Ué... uma carta ainda está aqui...
- Eu coloquei uma carta... não sabia que eram duas...
- Bom... agora também nem adianta mais.
Coisa vai, coisa vem, as mãos do Renatinho abriram o envelope para reler o que havia escrito para o amigo. Surpresa, raiva, susto, indecisão, vergonha. O coração quase saiu pela boca. Um suor frio percorreu seu corpo. Uma sensação de não-sei-o-quê tomou conta do seu pensamento. Tudo porque, inexplicavelmente, ele havia trocado as cartas ao colocá-las nos envelopes. A carta para o Duda, ali na sua mão, era a das poucas coisas banais que ele escrevera para a Marília. Na carta enviada para a Marília, que já devia estar com ela, estava tudo aquilo que ele escrevera sobre ela para o Duda.
Agora não dava para pensar em nada, a não ser sentir-se todo confuso. Dois dias depois, ele estaria chegando a Vila Nova, e então... então as coisas aconteceriam.
(Fonte: GARCIA, Edson Gabriel. Meninos e meninas- as alegrias, os prazeres e as atrapalhações das férias. São Paulo, Edições Loyola, 2001. p.15-18)
As cartas escritas por Renatinho não tiveram o destino que ele queria. Responda, de maneira bem completa:
a) Como ele percebeu que algo tinha dado errado? Em que momento isso ocorreu?
b) Em sua opinião, como e por que aconteceu esse engano? Escreva um parágrafo, contando com muitos detalhes, o momento em que aconteceu a troca das cartas. Escreva como se você fosse o Renatinho
- Matemática | 12.2 Arcos e Ciclos
Simetrias são encontradas, frequentemente, em nosso dia-a-dia. Elas estão nas asas de uma borboleta, nas pétalas de uma flor ou em uma concha do mar. Em linguagem informal, uma figura no plano é simétrica quando for possível dobrá-la em duas partes, de modo que essas partes coincidam completamente.
De acordo com a descrição acima, qual das figuras a seguir é simétrica?
- Geografia | 6.3 Mineração
(MACKENZIE) Observe e analise a imagem a seguir.
A respeito da área mapeada, considere as afirmativas.
I. Corresponde à Bacia de Campos, onde a produção de petróleo e gás natural ocorre desde a década de 1960.
II. Destaca o campo Tupi na Bacia de Santos, onde recentes descobertas ampliaram as estimativas das reservas de petróleo e gás natural do Brasil.
III. O potencial de exploração de hidrocarbonetos das reservas do pré-sal suscitaram discussões e mudanças legais em relação aos royalties para estados produtores, como BA, ES, RJ, SP, PR, SC e RS.
Assinale
- História - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Eu sou Spurius Ligustinus, da Sabina. Meu pai deixou-me um pedaço de campo e a pequena cabana onde nasci. Foi aí que eu cresci e vivo ainda hoje [...]. Fui chamado ao serviço militar [...]. Fui simples soldado durante dois anos e centurião no terceiro ano no exército que lutou na Macedônia; acompanhei Catão à Espanha; combati na Grécia [...], depois novamente na Espanha duas vezes.
Fonte: Citado em ISAAC, I. e ALBA, A. Roma. São Paulo: Mestre Jou, 1964.
Além da expansão territorial, o exército romano também contribuiu para
- Física | D. Capacitores
Os capacitores planos C1 e C2 mostrados na figura têm a mesma distância d e o mesmo dielétrico (ar) entre suas placas. Suas cargas iniciais eram Q1 e Q2 respectivamente, quando a chave CH1 foi fechada. Atingido o equilíbrio eletrostático, observou-se que a tensão V1 mostrada na figura não sofreu nenhuma variação com o fechamento da chave. Podemos afirmar que os dois capacitores possuem: