Explicaê

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Ritmo vem do grego Rhytmos e designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado. O ritmo está inserido em tudo na nossa vida.

 

Nas artes, como na vida, o ritmo está presente. Vemos isso na música e no poema. Temos a nos reger vários ritmos biológicos que estão sujeitas a evoluções rítmicas como o dos batimentos cardíacos, da respiração, do sono e vigília etc. Até no andar temos um ritmo próprio. [1]

 

 

Conceito

     

  Ritmo é o   tempo que demora a repetir-se um qualquer fenômeno repetitivo, mas a palavra é normalmente usada para falar do ritmo quando associado onde designa a   variação (explícita ou implícita) da   duração de   sons com o tempo. Quando se rege por regras, chama-se   métrica. O estudo do ritmo,   entoação e   intensidade do   discurso chama-se   prosódia e é um tópico pertencente à   linguística. Na música, todos os instrumentistas lidam com o ritmo, mas é frequentemente encarado como o domínio principal dos   bateristas e   percussionistas.  

   

Segundo alguns autores, os conceitos de ritmo podem variar.  

• Para Berge BERGE, PIERRE. Dos ritmos ao caos. São Paulo: UNESP, 1996. o ritmo é uma lei universal a que tudo submete.  

• Dalcroze Método Dalcroze o caracteriza como princípio vital e movimento.  

• Platão [http://musicanasesferas.blogspot.com/2006/04/pensamento-musical-ii-os-poderes_07.html]

Referências a Platão sistematiza o ritmo, colocando-o como definição de movimento ordenado.  

 

A rítmica é uma ciência do ritmo que objetiva desenvolver e harmonizar as funções motoras e regrar os movimentos corporais no tempo e no espaço, aprimorando o ritmo.  

Embasando-se nestes conceitos, fica clara a importância que o ritmo tem na nossa vida, tanto através de influências tanto externas quanto internas. O desenvolvimento e aperfeiçoamento do mesmo torna-se muito importante, pois o ser humano é dependente do ritmo para todas as atividades que for realizar, como na vida diária, profissional, desportiva e de lazer.  

Na educação infantil (alfabetização), é uma habilidade importante, pois dá à criança a noção de duração e sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas.  

O ritmo é de grande importância para os professores de Educação Física, pois ele se reflete diretamente na formação básica e técnica, na criatividade e na educação de movimento.[2]  

O ritmo pode ser individual (ritmo próprio), grupal (caracterizado muito bem pela dança, o nado sincronizado e por uma série de atividades de equipe), mecânico (uniforme, que não varia), disciplinado (condicionamento de um ritmo predeterminado), natural (ritmo biológico), espontâneo (realizado livremente) e refletido (reflexão sobre a temática realizada). Todas estas variações de ritmo podem ser trabalhadas na escola com diferentes atividades.      

O ritmo é a pulsação da música. Sem ritmo não há música.  

   

   

Música

     

O ritmo musical é um acontecimento sonoro, tenha ele altura definida ou não, que acontece numa certa regularidade temporal. É a ordenação dos sons de acordo com padrões musicais estabelecidos. É a variação da duração e acentuação de uma série de sons ou eventos. Na   música ocidental, os ritmos estão em geral relacionados com uma   fórmula de compasso e seu   andamento, que implica uma   métrica. O valor do   pulso subjacente, chamada   batida, é o   tempo. A duração da   métrica divide-se quase exclusivamente em duas ou três batidas, chamando-se assim   métrica dupla ou   métrica tripla, respectivamente. Se cada batida for dividida a seguir em duas, chama-se   métrica simples, se se dividir em três, chama-se   métrica composta.  

Músicos fazem ritmos com seus instrumentos musicais. Uma das funções do músico é a perceber e medir o tempo. A gente conscientemente sente, forma, divide e compõem o tempo para transmitir um sentimento. Todos os músicos, compositores, regentes, instrumentistas e vocalistas trabalham com o ritmo, mas na música moderna uma   seção rítmica geralmente consiste de   instrumentos de percussão, um baixo (não necessariamente o instrumento de cordas) e possivelmente de   instrumentos de cordas (por exemplo, a   guitarra ou o   banjo) e   instrumentos de teclas, como o   piano.  

   

O uso que os   gêneros musicais fazem do ritmo varia. A maior parte da música ocidental baseia-se num   ritmo divisivo, ao passo que a música não-ocidental usa mais   ritmos aditivos. A   música africana faz um uso intenso de   polirritmos, e a   música indiana usa   ciclos complexos, como 7 ou 13, enquanto que a   música balinesa usa frequentemente   ritmos entrecruzados. Comparativamente, muita da   música clássica ocidental é bastante simples no que diz respeito ao ritmo: não sai de uma métrica simples, como ritmo duplo simples, 2/4; triplo simples, 3/4; duplo composto 6/8; e triplo composto 9/8, em base; e usa pouco a   sincopação. No   século XX, compositores como   Igor Stravinsky,   Philip Glass, e   Steve Reich escreveram música de maior complexidade rítmica, usando   métricas estranhas e técnicas como o   faseamento ou o   ritmo aditivo. Ao mesmo tempo, modernistas como   Olivier Messiaen e os seus seguidores usaram um aumento na complexidade para quebrar a sensação de uma batida regular, o que levou ao uso generalizado de   ritmos irracionais na   Nova Complexidade.   LaMonte Young também escreveu música na qual a sensação de uma batida regular está ausente, porque a sua música consiste apenas de longos tons sustentados (   drone).  

   

A   clave (ritmo) é um ritmo subjacente comum na   música africana,   cubana e   brasileira.  

   

  http://pt.wikipedia.org/wiki/Ritmo  

   

Converse com a turma sobre a música e peça que pesquisem sobre o ritmo na música em livros, revistas, sites. Abra uma roda de discussão para compartilharem as descobertas pesquisadas e promova uma audição de ritmos diferentes de forma que possam perceber as diferenças de composição de batidas dentro de cada ritmo ouvido.   

 Proponha aos alunos que confeccionem alguns instrumentos de percussão bem simples com materiais aproveitados como tampinhas, garrafa pet, caixa de fósforo, latinha, etc., até mesmo um balde de plástico pode servir de tambor.  

   

  Imagem  

Depois organize os alunos para experimentarem diversos ritmos diferentes com os instrumentos construídos, aproveite para assistir aos vídeos no youtube:  

   

  http://www.youtube.com/watch?v=CV7KknrJuSs  

  http://www.youtube.com/watch?v=CAKIgELU-zY&feature=related  

   

Através dos vídeos, os alunos poderão ver como é possível fazer instrumentos com objetos simples como um potinho de bala Tic-tac.  

   

Organize com a turma ensaios com os instrumentos para exemplificar diversos ritmos.