Mulheres importantes na Arte
Tarsila do Amaral (01/09/1886 - 17/01/1973)
Considerada um dos nomes mais fortes do movimento modernista brasileiro, Tarsila do Amaral começou a pintar em Barcelona, na Espanha, onde concluiu seus estudos. Depois de ter se separado do marido, começou a estudar escultura em 1916, em São Paulo. Posteriormente, Tarsila estudou também desenho e pintura.
Em 1920, Tarsila embarca para a Europa, com o objetivo de estudar na Académie Julian em Paris. Dois anos depois, regressa ao Brasil para atuar entre o grupo modernista, juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa mesma época, começa o seu romance com o escritor Oswald de Andrade, com quem fica até 1930.
Seus quadros mais famosos são o Abaporu, de 1928, e Operários, de 1933. O Abaporu foi dado de presente de aniversário para Oswald de Andrade. Empolgado com a obra, ele criou o Movimento Antropofágico.
Anita Malfatti (02/12/1889 - 06/11/1964)
Filha de imigrantes (pai italiano e mãe norte-americana), Anita Malfatti foi fortemente influenciada pela mãe, que pintava e desenhava, e provavelmente nem sonhava que a filha se tornaria uma das mais importantes pintoras brasileiras.
Vítima de uma atrofia congênita na mão direita, Anita aprendeu a escrever, desenhar e pintar com a mão esquerda. O primeiro contato com a arte expressionista alemã em 1910, quando foi para Berlim e frequentou a Academia Real de Belas Artes.
A primeira exposição individual aconteceu em 1914, em São Paulo. Uma exposição sua, Primeira Exposição de Arte Moderna no Brasil, 1917-1918, inaugurada em dezembro de 1917, deu início ao Modernismo, que tem o seu ápice na Semana de Arte Moderna de 1922. Nesta exposição, ela conheceu Mário de Andrade, que tornaria seu grande amigo. O primeiro contato, no entanto, não foi dos mais amigáveis, já que o escritor gargalhou diante de obras da artista. O Homem Amarelo, uma das obras que foi alvo da ironia de Mário de Andrade, foi adquirida por ele anos mais tarde.
Tomie Otake
Nascida em Kyoto, no Japão, no ano de 1936, Tomie Otake veio com 23 anos para o Brasil e instalou-se em São Paulo. Em 1968, ela se naturalizou brasileira. Anos antes, em 1952, o desejo de se tornar artista ficou latente quando ela foi visitar a exposição do artista plástico japonês Keisuke Sugano.
A primeira exposição individual aconteceu em 1957, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Os anos 60, no entanto, foram os mais marcantes na sua carreira. Em 1960, ela foi premiada no Salão Nacional de Arte Moderna. No ano seguinte, participou pela primeira vez da Bienal Internacional de São Paulo. No final dos anos 60, Tomie começou a se interessar por serigrafia.
A carreira de Tomie Otake é marcada também pela realização de várias obras públicas, como o painel pintado no Edifício Santa Mônica, na Ladeira da Memória, em São Paulo; a escultura Estrela do Mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro; a escultura em homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa no Brasil, entre outras.
Djanira Motta e Silva (20/06/1914 - 31/05/1979)
Pintora, desenhista, ilustradora e cenógrafa, Djanira Motta e Silva começou a desenhar quando se tratava de uma tuberculose, em São Paulo, nos anos 30. O contato com a arte torna-se mais estreito quando ela se muda para o bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro.
No ano de 1943, Djanira expõe pela primeira vez, na Associação Brasileira de Imprensa. Morando em Nova York de 1945 a 1947, sofre influência de Pieter Brueghel. De volta ao Brasil, pintou o mural Candomblé, na casa do escritor Jorge Amado. No Rio de Janeiro, foi uma das participantes mais engajadas do Movimento pelo Salão Preto e Branco, um protesto de artistas contra os altos preços do material para pintura.
Uma de suas obras públicas mais importantes foi feita em 1963: o painel de azulejos Santa Bárbara, com 160 m2, no túnel Catumbi, Laranjeiras, Rio de Janeiro. Profundamente religiosa, Djanira ingressou a Ordem Terceira Carmelita e foi a primeira artista latino-americana a ter obras no Museu do Vaticano: o quadro Santana de Pé, doada ao acervo do museu, foi pintada com o braço esquerdo, pois ela havia fraturado a clavícula.
Redação Terra
http://diversao.terra.com.br/interna/0,,OI276760-EI1540,00.html
Converse com a turma sobre a mulher artista, peça para pesquisarem sobre esse tema em livros, revistas, jornais e sites, e abra uma roda de discussão para trocarem as informações coletadas, pergunte se descobriram quando dentro da história as mulheres começaram a aparecer no mundo das artes, quem são elas, quem são as artistas brasileiras que ficaram conhecidas. Enfatize no resultado das pesquisas as artistas brasileiras e peça para os alunos aprofundarem a busca de informações sobre essas artistas.
Promova a apreciação e análise das obras dessas artistas brasileiras procurando observar os temas, as formas, as cores, a textura, etc. Depois distribua papel canson tamanho A3, tinta guache e pincéis e proponha que façam uma pintura retratando mulheres.
Organize com a turma uma mostra das pinturas no espaço cultural da escola.