Os ambientes são formados por componentes vivos e componentes não vivos.
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.08 Figuras de Linguagem
(ESCOLA NAVAL) Laivos de memória
“... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
ao fim dessa primeira etapa,
mais ainda se convencerão de que
abraçaram uma carreira difícil,
árdua, cheia de sacrifícios,
mas útil, nobre e, sobretudo bela.
(NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964)
Há quase 50 anos, experimentei um misto de angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração de adolescente soube suportar com bravura.
Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de infância e da família e deixava para trás bucólica cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras era, naquele momento, suficientemente forte para respaldar a decisão tomada de dar novos rumos à minha vida. Meu mundo de então se tornara pequeno demais para as minhas aspirações. Meus desejos e sonhos projetavam horizontes que iam muito além das montanhas que circundam minha terra natal.
Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida no mar desperta nos corações dos jovens?
Havia, portanto, uma convicção: aquelas despedidas, ainda que dolorosas – e despedidas são sempre dolorosas – não seriam certamente em vão. Não tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu coração pouco a pouco iriam se converter em realidade.
Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval, como integrantes de mais uma Turma desse tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil.
Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval, não posso negar que a tristeza, que antes havia ocupado espaço em nossos corações, era naquele momento substituída pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E o sentimento de perda, experimentado por ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às nossas caras famílias de origem agregava-se uma nova, a Família Naval, composta pelos recém-chegados companheiros; e às respectivas cidades de nascimento, como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a bela e graciosa enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria à histórica Villegagnon em meio à sublime baía de Guanabara.
Ao todo foram seis anos de companheirismo e feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola Naval. Seis anos de aprendizagem científica, humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos entremeados de aulas, festivais de provas, práticas esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, marinharia, ordem-unida, atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas indeléveis.
Estes e tantos outros símbolos, objetos e acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e inexoravelmente distantes, em meio a saudosos devaneios.
Ainda como alunos do Colégio Naval, os contatos preliminares com a vida de bordo e as primeiras idas para o mar – a razão de ser da carreira naval.
Como Aspirantes, derrotas mais longas e as primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e Fortaleza!
Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta Circum-navegação da Marinha Brasileira.
Após o regresso, as platinas de Segundo-Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro início da vida profissional – no meu caso, a bordo do cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a inevitável separação da Turma do CN-62/63 e da EM-64/67.
Novamente um misto de satisfação e ansiedade tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao se apresentar para servir a bordo de um navio de nossa Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos estágios de instrução como Aspirante e Guarda-Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a compromissos curriculares, as platinas de Oficial começariam, finalmente, a pesar forte em nossos ombros. Sobre essa transição do status de Guarda-Marinha para Tenente, o notável escritor-marinheiro Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: “... é a fase inesquecível de nosso ofício. Coincide exatamente com a adolescência, primavera da vida. Tudo são flores e ilusões... Depois começam a despontar as responsabilidades, as agruras de novos cargos, o acúmulo de deveres novos”.
E esses novos cargos e deveres novos, que foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos navios, deixariam agradáveis e duradouras lembranças em nossa memória. Com o passar dos tempos, inúmeros Conveses e Praça d’ Armas, hoje saudosas, foram se incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada um dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967.
Ah! Como é gratificante, ainda que melancólico, repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos, tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão intensamente vividos a bordo de inesquecíveis e saudosos navios...
E as viagens foram se multiplicando ao longo de bem aproveitados anos de embarque, de centenas de dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto mar, singrando as extensas massas líquidas que formam os grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras que banham os recortados litorais, com passagens, visitas e arribadas em um sem-número de enseadas, baías, barras, angras, estreitos, furos e canais espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos nem sempre com mares bonançosos e ventos tranquilos e favoráveis.
Inúmeros foram também os portos e cidades visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que sempre nos proporciona inestimáveis e valiosos conhecimentos, principalmente graças ao contato com povos diferentes e até mesmo de culturas exóticas e hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como os ribeirinhos amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Sri Lanka.
Como foi fascinante e delicioso navegar por todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada nova enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia Câmara Cascudo, “o mar não guarda os vestígios das quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a ilusão cordial do descobrimento”.
(CÉSAR, CMG (RM1) William Carmo. Laivos de memória. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, nº 4, 2009. p. 42-50. Texto adaptado)
No trecho “Há quase 50 anos, experimentei um misto de angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração de adolescente soube suportar com bravura” (1º parágrafo), o autor usou uma figura de linguagem denominada:
- Ciências - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
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Enunciado:
Explique o que os contatos e atritos entre duas placas podem provocar.
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(UNESP) O desmonte do muro que dividia a cidade de Berlim e o acordo sobre a reunificação alemã são fatores relevantes para a construção de uma nova Europa. No entanto, a fundação do Estado moderno alemão remonta ao século XIX e se relaciona com a:
- Geografia - Fundamental | 2.03 Fusos Horários
Analise este planisfério que está dividido em fusos horários.
Em 30 de junho de 2002, ocorreu a decisão da Copa do Mundo, no Japão, entre Brasil e Alemanha. Sabendo-se que a partida foi realizada às 8 horas (horário de Brasília), a que horas as populações da Cidade do México e de Calcutá assistiram, respectivamente, a essa partida de futebol?
- Arte - Fundamental | 05. Processo de Criação
- A utilização de imagens, especialmente as fotográficas, é cada vez mais presente no
cotidiano. Mas será que paramos para realmente olhar as imagens que nos cercam?
- A proposta para esta aula será mostrar para os alunos a linguagem fotográfica , os ângulos
na fotografia e sua história, além de possibilitar o trabalho com novas mídias; por exemplo, o telefone celular.... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/planos-de-%20%20%20aula/fundamental/artes-fotografia.htm?cmpid=copiaecola
- O professor vai passar um texto para os alunos, para ser utilizado como ponto de partida para
esta aula/atividade.
Textos:
"Fotografia - 1"
Disponível: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/fotografia-1-como-a-tecnica-foi-inventada.htm
"Fotografia - 2"
Disponível: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/fotografia-2-tecnologia-e-arte.htm
- O professor vai ler o texto junto com turma. Tirar as dúvidas que irão surgir durante a leitura.
- O professor deve levar para a sala de aula várias imagens fotográficas, de diferentes fontes, e
apresentá-las aos alunos, de maneira que eles percebam suas diferenças.
Disponível: Google imagens – Fotografias variadas
- O professor pode pedir aos alunos para trazerem suas fotografias pessoais para a sala de aula
para serem apreciadas.
- Em duplas ou trios, partindo de um tema proposto pelo professor, os alunos deverão fazer
fotografias com câmeras ou celulares, dando destaque nos ângulos dos objetos que vão ser
fotografados.
-O professor deverá explicar para a turma que o ângulo é basicamente a altura, a posição da
câmera em relação ao objeto a ser fotografado. Ele interfere na interpretação das imagens.
-Sugestões de possíveis temas para o trabalho:
. A escola vista por um ângulo que você nunca viu.
. O bairro: o que ele tem de mais antigo? E de mais moderno?
. A cidade que a gente mora.
- Se possível, estimular a utilização de máquinas diferentes (digital e mecânica) e fazer fotos
coloridas e em preto e branco.
- Os componentes do grupo selecionarão as fotos que considerarem mais expressivas e que
tiverem melhor ângulo, para serem reveladas.
- Revelar as fotografias.
OBS: Cada grupo deve selecionar e revelar 05 fotografias no tamanho de 10x15 cm.
- Os grupos vão apresentar suas fotos para a turma e junto com a classe, discutirem sobre o
processo de registro fotográfico, a escolha dos ângulos fotografados e sobre os motivos que
determinaram as escolhas do grupo.
- Organizar uma exposição das fotos.
- Vai ser uma atividade muito divertida!
Fonte: https://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/fundamental/artes-fotografia.htm