Leia o texto extraído do Jornal Virtual Gazeta do Povo.
Para onde vão os 10% do garçom?
Falta de lei faz com que o repasse aos profissionais fique condicionado à boa vontade
do dono do estabelecimento comercial.
Na hora de pagar a conta em um bar ou restaurante, o consumidor geralmente depara com um acréscimo no valor total consumido. É a chamada taxa de serviço, mais conhecida como os 10% do garçom. Teoricamente, esse porcentual deveria ir diretamente para as mãos – ou bolso – dos garçons. Na prática, porém, não há como saber o destino que o dono do estabelecimento dá ao dinheiro. Vários projetos de lei tramitam na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, mas, por enquanto, o Brasil continua sem uma legislação específica sobre o assunto. Enquanto não surge uma determinação legal, resta aos consumidores confiarem na boa-fé dos proprietários, lembrando que o cliente pode se recusar a pagar sempre que se considerar mal atendido.
Uma conta, incluindo os 10% de serviço, ficou em R$ 143,00. Calcule quanto deixaria de receber um garçom se 20 clientes, cada um com uma conta igual a essa, se negassem a pagar a taxa dos 10%.