Leia a matéria do Ciência Hoje das Crianças ( CHC), que apresenta algumas etapas do método científico.
Papo de girafa
O cachorro late, o gato mia, o cavalo relincha. E a girafa? Os cientistas ainda não sabem muito sobre o barulho que elas emitem e qual seria a sua função. Para descobrir um pouco mais a respeito, a bióloga Angela Storger, da Universidade de Viena, na Áustria, instalou microfones e gravadores no recinto das girafas em três zoológicos da Europa e gravou por 947 horas.
A partir desse material, ela notou que, durante a noite, as girafas emitem sons com harmonia e frequência variadas – o que será que estão querendo dizer? Ainda não é possível tirar conclusões, mas este foi o primeiro registro de sons complexos emitidos pelas girafas, o que já empolga os cientistas para realizar mais estudos.
Mesmo sem dados capazes de desvendar o mistério sobre a comunicação das girafas, os resultados da pesquisa são importantes. O biólogo Sérgio Moraes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, destaca que até então os barulhos emitidos pelas girafas eram descritos como gemidos, grunhidos ou gritos. Já o estudo de Angela registrou sons mais complexos, que se aproximam daqueles usados para a comunicação de outros mamíferos.
“As girafas são animais que vivem em grupos, mas usam uma linguagem mais corporal do que vocal. Elas possuem uma boa visão, o que favorece a comunicação visual e ajuda a manter o traço de união do grupo”, afirma Sérgio. Essa característica pode ser uma pista para entender por que o barulho só foi registrado à noite: sem luz, a visão é prejudicada, então o uso de sons ajudaria o grupo a permanecer unido.
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Disponível em: http://chc.org.br/papo-de-girafa/. Acesso em: 22 dez. 2018.
O trecho que cita a criação de uma hipótese é: