Até chegar a uma larga difusão, a língua portuguesa percorreu um longo caminho. Viu-se, nas décadas iniciais do século XVI, quase esquecida devido à indianização do colonizador português e, ao mesmo tempo, ameaçada pela presença frequente de outros falares europeus. Depois, curvou-se, com diferenças no tempo e no espaço, às “línguas gerais” de origem tupi-guarani; além disso, na parte meridional do país (no Extremo Sul e no Oeste do Paraná, territórios então jurisdiciados à Espanha, e também em São Paulo na época da União Ibérica), sofreu a concorrência do espanhol. Implacável com as línguas africanas, enfrentou o francês, quando das incursões fugazes na baía de Guanabara, entre 1555 e 1560, e no Maranhão, entre 1611 e 1615, no Nordeste, entre 1630 e 1654.
VILLALTA, L. C. O que se fala e o que se lê: Língua, instrução e leitura. História da Vida Privada no
Brasil. Org. SOUZA, Laura de Mello e. SP: Companhia das Letras, 1997. No processo de difusão da língua portuguesa no Brasil, há sinais de que o idioma predominante entre os brasileiros na atualidade conseguiu