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Empresa preserva meio ambiente e fabrica bonecos diferenciados

A confecção Encanto de La Luna, do Estado do Rio, aproveitou as sobras de tecidos para criar personagens como Kadu, um portador de Síndrome de Down

 4 de Junho de 2009.  

   

Para destacar iniciativas empreendedoras e que respeitam o meio ambiente a Agência Sebrae de Notícias produziu uma série de matérias com histórias de quem gera emprego e renda sem esquecer da sua responsabilidade com o futuro do planeta. As matérias também marcam o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado na sexta-feira (5).  

A empresa Encanto de La Luna, da cidade de   Nova Friburgo (RJ), encontrou uma solução inovadora para não poluir o meio ambiente, ampliar sua renda e ainda discutir a inclusão social e o respeito às diferenças. A Encanto confecciona roupas de dormir e com a sobra dos tecidos usados para fabricar as peças cria bonecos diferentes do padrão do mercado, como Kadu, um portador de Síndrome de Down.  

A Encanto de La Luna começou em 2003, pelas mãos dos empresários Giselle Barroso e Martinho Belo. Localizada em um pólo de roupas íntimas, a empresa confeccionava apenas vestuário para dormir. A Encanto produz uma média de 4 mil peças por mês.  

Os sócios observavam que a fabricação desse tipo de roupa gerava uma perda grande de tecidos, algo em torno de 30%. “Como as roupas são grandes, esse desperdício é inevitável”, explica Giselle Barroso. As perdas e seus efeitos ambientais com a produção excessiva de lixo preocuparam Giselle, originária da área de Administração. Seu sócio, Martinho, é perito ambiental e engenheiro agrônomo.  

Naquele momento, a sócia lembrou-se do passado e teve uma ideia que possibilitou reduzir o impacto ambiental e criar mais uma fonte de renda para o seu negócio: produzir bonecos com as sobras dos tecidos. “Passei uma infância pobre. Minha mãe era costureira e não tinha dinheiro para comprar brinquedos. Ela fazia bonecas para a gente com restos de tecidos”, recorda Giselle.  

No começo, os bonecos não tinham identidade. A partir do contato com uma criança especial, a empresária decidiu personalizar os brinquedos com um perfil diferente do mercado. Entre os personagens da Encanto estão Kadu, que representa um portador de Síndrome de Down. Os lucros da venda de Kadu vão para a Apae de Nova Friburgo.  

Outro personagem da grife é Vivi, que retrata uma menina com obesidade. Barroso anuncia que a empresa já se prepara para lançar novos personagens, que incluem um cadeirante e um idoso.  

   

  Livro para crianças  

Segundo Giselle, bonecos como Kadu e Vivi servem para mostrar às crianças a importância de se aceitar as diferenças entre as pessoas. Com base nisso, ela também lançou o livro “O Diário de Luna”, que conta a história dos bonecos. O enredo começa quando Luna, uma menina paulistana, se muda para Manaus e conhece novos colegas.  

No site Clubinho da Luna (   http://www.clubinhodaluna.com.br), pode-se saber mais sobre cada um dos bonecos. A obra já vendeu mais de duas mil cópias, está em sua segunda edição e foi adotado por escolas de   Nova Friburgo.  

Com a publicação, a escritora vai a escolas do município e aproveita o mote dos personagens para falar de inclusão social e respeito ao meio ambiente. Segundo ela, a receptividade de crianças, professores e dos pais é muito boa. “A garotada gosta muito dos bonecos e do livro. Temos um bom retorno desse trabalho, no qual falo um pouco da minha experiência profissional, de como arranjei uma solução para não poluir”, narra.  

Por conta do trabalho desenvolvido, a Encanto de La Luna já ganhou três vezes o Prêmio Destaque da Moda de Responsabilidade Social do pólo de   Nova Friburgo. O prêmio tem como um dos organizadores o Sebrae no   Rio de Janeiro. “O Sebrae é um grande parceiro. Já fiz cursos lá e eles sempre apoiam o nosso pólo”, elogia Giselle.  

Ao falar sobre a importância da sustentabilidade para os negócios, a empresária fluminense frisa: “Fazemos parte do meio ambiente. Todos temos de respeitá-lo, empresários ou não. Se continuarmos neste ritmo de destruição, não vai sobrar nada para os nossos filhos e netos”.  

E ao falar de ambientalmente correto, Giselle lembra que essa nova perspectiva de trabalho, revigorou sua empresa. “Trabalhar ecologicamente deu novo impulso ao meu negócio", diz Giselle Barroso revela que a empresa encontrava-se em dificuldades e conseguiu se recuperar com a venda dos bonecos.  

   

  http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/ambiente/desenvolvimento-sustentavel/empresa-preserva-meio-ambiente-e-fabrica-bonecos-diferenciados-9605.asp  

   

A partir do texto acima, podemos perceber a crescente preocupação das empresas em relação ao meio ambiente, preocupação que deveria estar presente não somente nas empresas, mas nas escolas, nas instituições em geral, em nossas casas e em todas as nossas ações.  

Converse com a turma a respeito desse assunto e proponha que busquem recolher retalhos de tecidos para a confecção de bonecos. Essa ação pode ser executada buscando esse material em pequenas confecções locais, e até mesmo na mão de profissionais dessa área. Alguns retalhos podem servir de recheio para bonecos de meia e outros para a confecção das roupas.  

Depois do material recolhido, providencie agulha, tesoura e linha, e faça com os alunos alguns moldes de bonecos. Durante essa produção, os alunos deverão criar alguns personagens de histórias que poderão ser inspiradas nas questões ambientais locais.  

Auxilie a turma na montagem de uma peça teatral com os personagens criados e apresente para outras turmas da escola.